sábado, 14 de agosto de 2010

E a sexta-feira 13 continua aterrorizante...

Sexta-feira 13. O dia já é conhecido pela má sorte, coisas macabras e histórias absurdas. Mas a que aconteceu aqui, em Campo Mourão, na última sexta-feira 13 foi, no mínimo, bizarro.
O zelador de um colégio daqui, que trabalhava no local há 20 anos, estava sendo investigado há dois pela polícia. Suspeita: pedofilia. Ele descobriu que a investigação estava feita porque foi interrogado. Quando a polícia voltou à sua casa, ele não estava mais lá. Na casa do zelador, de iniciais R. G. S., os policiais encontraram fotos de algumas menores nuas e seminuas. Na carteira de Ivan, nome que o zelador havia adotado há anos, uma carta de uma adolescente, de 16 anos, que estava desaparecida há dois, onde ela se desculpava por ter se afastado dele. D. L. G. V., a adolescente, depois de desaparecer, manteve contato com certa frequência com os amigos pelo celular. Quando eles lhe mandavam mensagens de texto perguntando se estava bem e por que havia sumido, sempre recebiam uma resposta de que tinha ido para São Paulo e estava, sim, bem. Mas não estava.
A menina sequer estava viva. O zelador a havia assassinado e escondido na fossa do colégio onde trabalhava. A polícia passou toda a sexta-feira procurando a menina no lugar indicado. Detalhe: o zelador ligou para o diretor da escola à noite, quando já estava foragido, admitindo o crime e contando o lugar onde havia escondido o corpo. Aí o diretor ligou para a polícia, que escavou até encontrar a ossada. Mas havia osso demais. Aí, mais uma suspeita: talvez o crime não fosse com apenas uma menina. E o zelador continuava foragido.
Mais tarde ele foi encontrado em Sarandi. E preso. Confessou o crime e disse que, sim, tinha assassinado a duas meninas e as enterrado na fossa.
Fiquei chocada com a frieza do zelador. O crime foi quase perfeito. Ele falhou em não ter dado um fim no celular, o que fez com que a polícia acabasse o encontrando. De qualquer forma, o fato me fez pensar em muita coisa. Me fez temer pelos meus primos, meu afilhado, os filhos de minhas amigas e todas as crianças que conheço. O homem era de total confiança do diretor da escola e tinha acesso a tudo. A quem estamos confiando nossos filhos? E como saber que não podemos confiar? Mas, principalmente, isso me fez temer pelos meus filhos. Não, não os tenho, mas tenho muita vontade de tê-los. Será que quando eles vierem ao mundo ele vai ser um lugar melhor? Será que não encontrarão Ivans pelos seus caminhos? Será que vão fazer as escolhas certas e manterem-se sãos?
Eu ia colocar uma foto da menina, mas pensei que talvez fosse melhor não. Em respeito à família. À sua memória. E ao fim trágico que sua história teve.

3 comentários:

  1. Então flor... se vc já achou macabro isso, o pior foi o "modus operandi"dele.
    Ele sedava as meninas e matava a marretadas. Depois enterrava em uma cova ao lado do muro da escola e deixava lá até o corpo decompor. Depois, separava os ossos e jogava na fossa, o resto queimava e jogava as cinzas na horta que abastecia o colégio.

    Ele contou tudo friamente para a Policia. Mas a apresentação oficial dele, só na segunda de manhã...

    Macabro, é pouco!!! E era um sujeito que todos confiavam, dava carona toda semana para um amigo meu...

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  2. O mais macabro disso tudo é que ele vinha em casa quando alguma coisa tinha de ser arrumada, tipo encamento, pintura, essas coisas.
    Sou impressionada com esse tipo de acontecimento, é muita maldade e frieza para seres que se dizem racionais, sobretudo com alma e coração.
    Ainda bem que você não colocou a foto, essas meninas devem ser lembradas como eram antes de estarem mortas, não como as meninas da fossa da escola.
    Que enfim, elas estejam bem.

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  3. Ah, temo pelo meu sobrinho. E gostaria muito que o mundo fosse bom, só bom.

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