domingo, 28 de fevereiro de 2010

Quem tem medo de mudar???


Na bolso hoje tem mudanças... assustadoras mudanças. Querendo ou não, nunca é fácil se adaptar a uma nova rotina, o ser humano naturalmente estrutura sua vida em torno delas. E falo isso apesar de acreditar que ninguém deve ficar parado muito tempo.
Estava lendo sobre o assunto, e achei algumas informações sobre o tema em questão. Vamos a elas: a frase ‘Ninguém muda da noite para o dia’, pode ser clichê, mas válida. A idéia então é começar estabelecendo pequenos desafios.
Estava lendo um livro (bobinho, mas ótimo para relaxar e passar o tempo) e lá um psicólogo falava para a protagonista que para melhorar ela devia fazer uma coisa que desse medo por dia. Achei interessante..
A outra dica veio de um site na internet... são coisas simples para se acostumar a mudanças, por exemplo: use roupas com cores ou modelos que você não costuma usar; mude o caminho que utiliza para ir e voltar do trabalho; mude o supermercado.
Outra coisa que todos falam mas que dá um meeeeeeeeedo de colocar na prática: Evoluir o tempo todo é fundamental para quem quer ter sucesso. Infelizmente isso representa um salto no escuro.
Sobre a questão de fazer uma coisa que dê medo, devo dizer que neste mês, fiz uma bem grande. Se foi certo ou não, bom, daqui alguns dias posso voltar e dizer. Por enquanto apenas arrisquei, e como dizia uma frase que encontrei em outro site: todos devem ter coragem de se reinventar o tempo todo. Estou tentando!

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Sobre a minha solidão


Quando eu era pequena sempre dizia que queria morar sozinha, queria ter as minhas coisas, meu carro, minha vida independente.Lutei bastante, o destino deu uma forcinha e hoje...é, e hoje eu não quero mais isso!

A solidão da minha casa me assusta, fico numa felicidade gigantesca quando minha família está aqui, pertinho de mim.
Sinto necessidade de gente, de calor humano, barulho de panelas na cozinha, rádio ligado em meio aos latidos dos cachorros.Saudades do almoço de domingo, da sujeira masculina no banheiro, dos rastros que a vida familiar deixa em meio aos caminhos da casa.
Mesmo tendo uma família totalmente presente em minha vida, a presença física faz muita falta.Tem dias que o desespero chega, as vezes ao acordar e perceber que estou sozinha, as vezes ao anoitecer, quando as luzes parecem não dar conta da escuridão que faz aqui...

Hoje sonho além, sonho com o dia em que tudo vai estar acomodado em meio as paredes da casa de novo, quero gente, família, amor, filhos...
Quero mais, muito mais do que hoje eu tenho aqui...

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

'Você é do tipo de homem que grita com mulher!'



Sim, eu assisto BBB. E assisti, nessa semana, mais um barraco com a protagonização da Lia. Dessa vez com o Eliéser. Apesar de eu torcer pelo Eli, ele não é um dos meus preferidos. Ele é bobo, na minha opinião, e não argumenta muito bem nas discussões. É passional. Mas não é sobre ele, especificamente, que quero falar.
Durante a briga dos dois, a Lia disse para que ele sentasse e 'conversasse que nem homem'. Fato: a Lia gosta de brigar e acha que tem o rei na barriga. É só alguém votar nela para ela ir lá e tirar satisfação. Ninguém tem motivos para votar nela, e ela tem a razão sempre. Agora, querer que o Eli converse, mesmo ele não querendo, e provocando-o, ainda por cima, e dizer que não é homem porque estourou, porque não atendeu às suas expectativas, é demais. Depois vem ela com o 'moleque', que adora chamar os outros.
Não concordo com a atitude do Eli nessa discussão, de começar a gritar para a casa toda. Mas definitivamente, ninguém mais deve suportar a Lia ali dentro.
O que me chama a atenção foi ela dizer, toda cheia de si, que ele era do tipo de homem que grita com mulher. Por que, agora é proibido? Então os homens precisam ouvir todo e qualquer tipo de desaforo quietos, sem reação? Enquanto a mulher se descabela na sua frente, precisam contar até dez, para não perder a razão? Eu não concordo. Acredito, sim, que não se deve bater em mulher. Mesmo ela partindo pra cima, porque dificilmente uma mulher consegue machucar um homem. Agora, um tapinha de um homem pode derrubar uma mulher. E um homem consegue facilmente segurar uma mulher que tente lhe bater. A mulher não. Mesmo assim, não acho que as mulheres devem partir para cima. Porque assim dá brecha para uma agressão maior.
Na minha opinião, o Cadu deu o melhor conselho que o Eliéser podia ter tido: "Se você grita, você perde a razão. A não ser que gritem com você. Se você xingar, você está dando direito de eu gritar".
Porque isso é uma questão de respeito, independente do sexo. Se você grita com alguém, está lhe dando o direito de gritar com você também. Não porque é homem, porque é mulher. Porque é gente. E o respeito por gente tem que estar acima de tudo.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

O que você espera de 2010?

“Espero recuperar os movimentos dos meus braços para voltar a trabalhar, quero paz, menos violência. Saúde.” Foi assim que um dos alunos da minha mãe respondeu a questão “O que você espera de 2010?”. Intrigada, ela foi perguntar o que tinha acontecido com o braço dele. Ele respondeu, sem raiva, normalmente. Com um certo receio contou a causa da cicatriz do seu braço direito: o padrasto.
Aos 14 anos João apanhou do padrasto, que, bêbado, usou o martelo para lhe surrar. As marteladas foram tão intensas que o menino teve que fazer inúmeras cirurgias, colocou pino, perdeu um tanto da sensibilidade nas mãos e um tanto dos seus movimentos braçais. Por causa da surra ele também perdeu o emprego. Mesmo novinho, ele precisa trabalhar. Sofreu durante a surra, depois da surra e hoje tenta se recuperar dela.
Segundo o Ministério da Saúde, as agressões constituem a principal causa de morte de jovens entre 5 e 19 anos. A maior parte dessas agressões são oriundas do ambiente doméstico. A violência doméstica é tão comum que a Unicef estima que, por dia, 18 mil crianças e adolescentes sejam espancados no Brasil. De acordo com os dados, os acidentes e as violências domésticas provocam 64,4% das mortes de crianças e adolescentes no País.
Os dados me chocam. Daí me recordo de João. Penso que ele está na faixa etária dos jovens que morrem por agressão, que ele sofre de violência doméstica, que o padrasto dele pode matá-lo e que ele pode fazer parte dos 64,4% dos mortos por agressão. Me dá medo e sinto um aperto enorme no peito, por, de imediato, não poder fazer nada.
A mãe do João quer voltar com o padrasto, que ficou preso por um tempo por causa da surra que deu no menino. O menino? Continua torcendo para que neste ano os movimentos do braço dele voltem, ele quer trabalhar para sair de casa, antes que seja tarde demais. “Se ele voltar, vai me matar, professora”.
Estou na torcida para que o braço dele fique bom. É isso que eu quero para 2010. Ah, também desejo que mulheres como a mãe de João se conscientizem de que violência não faz parte da rotina. Quero que entendam que a felicidade mora bem longe de tapas, surras e agressões psicológicas. E, você? O que você espera de 2010?



Ps: a música é o meu mantra para o João, para ele não esquecer da obrigação de ser feliz. Um pouco de fantasia também, pois ele não deve se permitir voar tanto.



terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Independência

Independência é tão relativa quanto qualquer outro assunto. Costumo dizer que tudo tem três lados. A sua opinião, a opinião contrária e uma exceção às regras.
Quando percebemos que nos tornamos, finalmente, independentes? Há milhares de situações e, cada uma delas, cobertas de entrelinhas.
O quarentão que ainda vive com a mãe e toma sopinha toda noite é dependente dela?
A estudante que tem dois empregos e estuda a noite é independente?
O jovem que não sabe estar sozinho é o quê?
Costumamos enxergar as coisas de acordo com a forma como as situações vão acontecendo em nossa vida e dando abertura para determinados pensamentos. Dizem que a personalidade se constrói com a vivência e experiências adquiridas com os anos de vida.
Eu dependo em 70% do dinheiro dos meus pais, mas me considero independente. Eu nasci pra ser assim. O dia que eu pisei os pés pra fora de casa, não senti medo. O dia que desembarquei num país estranho mal falando a língua local, eu não senti medo. O dia que terminei um namoro, não senti medo. E decido viajar sozinha, cozinho só para mim, faço compras sozinha e almoço sozinha. Isso tudo quando alguém não o quer fazer comigo. Solidão e independência têm uma distância grande.
Até o nosso país, independente, dependeu por algum tempo da cultura externa pra construir a sua própria. Mas essa história também tem três lados.






A foto é de uma viagem. Me sentindo independente.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

To Falando de Amor


Hoje quero falar de amor. Esse assunto parece nunca ter fim e mover muita coisa no mundo, e nem sei se vai sair de moda tão cedo. Não quero falar só de amor gay. Quero falar de amor em todas as suas formas mas principalmente salientar o quanto me surpreendo a cada dia ao ver como e quando ele se manifesta. Falo isso porque tinha acabado de sair de um "romance". Para mim tava tudo certo, sabe? Eu gostava do carinha e ele de mim, mas na besteira ele quis terminar. Na verdade acredito ter sido muito bom para os dois. Não acredito muito nessa história de destino mas as coincidências da vida me intrigam. Um pouco antes do carnaval fiquei sabendo que a criatura com a qual tinha terminado já tinha ficado com outra pessoa. Não fiquei mal com isso, de verdade, mas isso me fez desencanar de vez e resolver viver e partir, talvez, pra outra. Então fui inocentemente pular meu carnaval. Resultado: há uma semana estou ficando com um carinha super mais tudo na minha vida e que também está feliz. Sorte? Não sei... Coincidência? Pode ser... Sei que me impressiono com essas questões do amor. Passei então a acreditar que o amor é super malandro... Ele se manifesta quando você não espera ou quando desencana de tudo... E quando ele vem... arrebenta com a gente. Que bom, to feliz. Beijos Gatas.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

20 e poucos...



A chamam de ‘crise do quarto de vida’. Você começa a se dar conta de que seu círculo de amigos é menor do que há alguns anos. Se dá conta de que é cada vez mais difícil vê-los e organizar horários por diferentes questões: trabalho, estudo, namorado, etc.. E cada vez desfruta mais dessa cervejinha que serve como desculpa para conversar um pouco. As multidões já não são ‘tão divertidas’. .. E as vezes até lhe incomodam. E você estranha o bem-bom da escola, dos grupos, de socializar com as mesmas pessoas de forma constante. Mas começa a se dar conta de que enquanto alguns eram verdadeiros amigos, outros não eram tão especiais depois de tudo. Você começa a perceber que algumas pessoas são egoístas e que, talvez, esses amigos que você acreditava serem próximos não são exatamente as melhores pessoas que conheceu e que o pessoal com quem perdeu contato são os amigos mais importantes para você. Ri com mais vontade, mas chora com menos lágrimas e mais dor. Partem seu coração e você se pergunta como essa pessoa que amou tanto pôde lhe fazer tanto mal. Ou, talvez, a noite você se lembre e se pergunte por que não pode conhecer alguém o suficiente interessante para querer conhecê-lo melhor. Parece que todos que você conhece já estão namorando há anos e alguns começam a se casar. Talvez você também, realmente, ame alguém, mas, simplesmente, não tem certeza se está preparado para se comprometer pelo resto da vida. Os rolês e encontros de uma noite começam a parecer baratos e ficar bêbado e agir como um idiota começa a parecer, realmente, estúpido. Sair três vezes por final de semana lhe deixa esgotado e significa muito dinheiro para seu pequeno salário. Olha para o seu trabalho e, talvez, nao esteja nem perto do que pensava que estaria fazendo. Ou, talvez, esteja procurando algum trabalho e pensa que tem que começar de baixo e isso lhe dá um pouco de medo. Dia a dia, você trata de começar a se entender, sobre o que quer e o que não quer. Suas opiniões se tornam mais fortes. Vê o que os outros estão fazendo e se encontra julgando um pouco mais do que o normal, porque, de repente, você tem certos laços em sua vida e adiciona coisas a sua lista do que é aceitável e do que não é. Às vezes, você se sente genial e invencível, outras… Apenas com medo e confuso.
De repente, você trata de se obstinar ao passado, mas se dá conta de que o passado se distancia mais e que não há outra opção a não ser continuar avançando. Você se preocupa com o futuro, empréstimos, dinheiro… E com construir uma vida para você. E enquanto ganhar a carreira seria grandioso, você não queria estar competindo nela. O que, talvez, você não se dê conta, é que todos que estamos lendo esse textos nos identificamos com ele. Todos nós que temos ‘vinte e tantos’ e gostaríamos de voltar aos 15-16 algumas vezes. Parece ser um lugar instável, um caminho de passagem, uma bagunça na cabeça… Mas TODOS dizem que é a melhor época de nossas vidas e não temos que deixar de aproveitá-la por causa dos nossos medos… Dizem que esses tempos são o cimento do nosso futuro. Parece que foi ontem que tínhamos 16… Então, amanha teremos 30?!?! Assim tão rápido?!? FAÇAMOS VALER NOSSO TEMPO… QUE ELE NÃO PASSE!

Autor desconhecido.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Se beber, não use o celular

Você sai, bebe todas, coloca a mão no bolso e o inevitável acontece: o celular está ali, prontinho para depor contra sua sobriedade. Quem nunca mandou uma mensagem em horas alheias e com um pouquinho mais que o habitual de coragem, atire a primeira pedra.

Pensando nisso e nas histórias bizarras que o álcool e a tecnologia permitem, tem gente até fazendo com que a vergonha alheia renda. O Texts From Last Night está aí, mas como ainda está sem tradução para o português e é de gente que mora tão, tão longe, cabe a nós abrir a bolsinha (no meu caso uma bolsa enorme) e resgatar o celular, ou trazer à tona aquela memória quase apagada à força.

Não tem? Ah! Eu duvido!

A melhor mensagem ganha um prêmio, prometo, na primeira reunião das garotas do blog! Ah! Tá valendo para pagar a vergonha, não?

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

É, existe coisa pior!


Você já viu alguém parado, olhando para o vazio e pensando? Isso nem é assim tão raro de acontecer comigo, esteja onde eu estiver. Sabe aquela situação em que você lê ou ouve alguma coisa que te faz parar e pensar, realmente pensar? Bom, isso aconteceu na segunda-feira, véspera de feriado de Carnaval, grande parte dos brasileiros em casa a tarde, e eu no trabalho.
Surge então o pedido do meu amigo para eu ajuda-lo a entender um e-mail de uma garota africana e responder para ela. Esse meu amigo é produtor musical e tinha recentemente colocado sua música em um site internacional de Djs.
E foi nessa hora que nós dois paramos e até conseguir pensar no que responder demorou um certo tempo. Seja golpe ou não, vamos à história da menina!!
A garota de 22 anos gostou muito da nova música do meu amigo e resolveu contactá-lo. Ela morava no Sudão até recentemente quando os pais morreram em um acidente de avião. O pai era assessor especial do ministro de defesa e estava indo para uma conferencia militar em Maio de 2008.
Com a morte dos pais, e sendo a única herdeira, ela deveria ter direito a herança, mas como estamos falando do Continente Africano, as coisas podem ter sido um pouco diferentes, e segundo ela, foram.
Miss Yak, como assina o e-mail perdeu o direito a todas as propriedades para um tio, pois como é mulher, não precisa de dinheiro. Ao tentar entrar na justiça pelo dinheiro, o tio tentou resolver o conflito da forma mais direta, mandou assassinar a garota.
Para continuar viva, ela mudou para o outro lado do continente e foi morar em um Campo de refulgiados em Dakar, no Senegal (exato este é o local original de término do Rally Paris Dakar).
Até esse momento, já tinha chamado atenção do meu lado feminista o fato da mulher não ter direito ao que era dos pais justamente por ser mulher. Mas o pior, foi quando ela resolveu contar um pouco da rotina do acampamento. Segundo ela lá, leva os estudos muito a sério e adora cozinhar QUE ESTE É O PAPEL DA MULHER.
Tentamos descobrir um pouco mais sobre a história e graças ao Google, descobrimos que realmente um homem ligado a política do Sudão chamado Justin Yak e sua esposa morreram no acidente de avião que realmente aconteceu. Quanto ao campo de refulgiados também existe, mas sobre a filha nada apareceu. Por isso, sendo golpe ou não, não descobrimos, só podemos desconfiar, mas por enquanto ela não pediu nada.
Deixando essa possibilidade de lado, sabemos que existe mulher no mundo sofrendo muito mais do que isso e o pior, achando que deve ser assim mesmo. Nessa hora, como achar que a mulher evoluiu? Papel da mulher é cozinhar? Um homem falando isso nós entenderíamos, mas ela foi prejudicada imensamente pelos costumes machistas e algumas linhas depois faz um comentário validando esses costumes?
Depois desse acontecimento lembrei-me de uma matéria que li em uma revista sobre a mutilação feminina e, curiosamente, hoje quando entrei no CRN, tinham colocado em destaque justamente uma matéria sobre essa mutilação, contando histórias de que quem faz isso com as meninas, são as mulheres que já passaram por isso, sabem o sofrimento que isso representou, conheceram histórias de complicações que acabaram com a vida de diversas pequenas mulheres e submetem as suas meninas, àquelas que como mães tem o dever de proteger, a esse procedimento. Quando mulheres crescem achando que essas são coisas normais, como reclamar do local onde vivemos? Será que se tivéssemos nascido em algum lugar onde essa mentalidade é natural, esse blog teria essa característica? Não sei, só sei que o e-mail da Miss Yak me fez pensar e muito.
Sobre a resposta a ele? Lógico que como eu ajudei a redigir, coloquei várias sugestões de como as mulheres agem e pensam aqui no Brasil (meu amigo acabou concordando comigo depois de uma pequena discussão corriqueira)! Se não for um golpe o e-mail, quem sabe sirva para que a garota pense nisso, e se for um golpe, bom... ensinamos um pouco de feminismo aos golpistas!

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Meu cabelo crespo é assim...


- Paula, por que você não alisa seu cabelo?
- Porque eu gosto dele assim, ué!
Desde sempre ouvi essa pergunta. “Ai, gosto mais quando você passa a prancha”. Azar o seu, beibe, eu aliso quando me dá na telha. Mesmo que seja para ficar em casa, de vez em quando. Verdade seja dita: cabelos cacheados são mais autênticos. Uma pesquisa feita pela Embelleze, empresa carioca que detém 35% do mercado de transformação capilar, aponta que os cachos são sinônimos de personalidade, força e autenticidade. Contudo, agora, com a facilidade em alisar o cabelo – e com procedimentos que deixam os lisos cada vez mais naturais – todo mundo tem cabelos lisos na hora que quiser. Difícil é assumir os cachos como eles vêm ao mundo. Não, queridas, é claro que a gente precisa de um creminho, porque senão... não há frizz que aguente!
Mas veja a Taís Araújo. Vemos estampado na capa de revistas o rosto da atriz, lindíssima, com seu novo visual. Ao lado a habitual manchete afirmando que Taís resolveu assumir seu lado natural. Todos nós sabemos que o cabelo da atriz não é assim, ao natural. Que ela deve fazer mil tipos de tratamentos com os cabeleireiros da Globo e chegar naquele look lindo. Mesmo assim, a imagem da atriz veio para trazer os cachos de volta à tona. Para mostrar que, sim, são lindos. Tanto quanto os lisos.
Vi numa Revista Nova de algum tempo atrás que 65% do mercado mundial tem cabelos ondulados, cacheados, crespos ou ‘fora de controle’. Mais: no Brasil, o índice sobe para 72,6%. O ideal de cabelo liso, a facilidade de lidar com as madeixas escorridas ou até mesmo o arrumado constante que o cabelo liso traz ao visual fazem com que muitas mulheres esqueçam que os cachos podem valorizar – assim como destruir, se mal cuidados – qualquer visual.
O combate ao império do liso é tão ou quase tão forte quanto a briga contra protótipos de beleza e tamanho. Cada um é bonito como é, aceitando e respeitando seu biotipo. Assim como com cabelos. É preciso aprender a cuidar – e valorizar – o seu. E quem sabe tentar rever nossos pré-conceitos. Porque não é uma coisa agradável você ser morena, com cabelos cacheados e ir a um salão fazer luzes e, ao final, com a escova, a cabeleireira te dizer: “Que sonho. Loira e lisa”.

domingo, 14 de fevereiro de 2010

2x0 para o Brasil*

Passeando pelo site da TPM, deparei-me com o seguinte título "Morar na Argentina às vezes não é tão bacana". Pensei: como não poderia ser tão bacana assim? O real vale o dobro, e agora um pouquinho mais que o dobro, do peso (moeda argentina). Buenos Aires é sedutora, não tem como não ser. A arquitetura é linda, os cafés são ótimos, a comida boa (apesar de não ter gostado das carnes) e os portenhos muito agradáveis. Aliás, tenho que confessar, daqueles que conhecemos e por onde passamos, fomos muito bem recebidas, fora um caso ou outro. Em suma, são apaixonados pelo Brasil, esforçam-se para falar o português e dão vivas ao presidente Lula. Então, por que seria ruim morar na terra dos hermanos?
Fui ler o artigo. Um jornalista desceu a lenha nos brasileiros, apontando-nos inúmeros defeitos, como se nós não soubéssemos de nossas peculiaridades. Não conhecia o tal do Washington Cucurto, também não faço questão de conhecer, já que foi ele o autor de um artigo preconceituosíssimo. Só faltou dizer: "A Argentina para os argentinos". Por fim, entendi o porquê do título de Ana Manfrinnato .

Sobre o artigo de Washington Cucurto

A generalização é uma m. E ele nos atacou moralmente. Como de praxe, fomos acusados de oferecer um sexo grátis e fácil demais: "amam Buenos Aires assim como amamos suas praias e seu sexo fácil. É que Buenos Aires não pode ser comparada com o inferno que é São Paulo. Buenos Aires é cordial, tranquila e até mesmo afetuosa e melancólica”. Que ódio. Preconceito puro, nascido do esterótipo que o próprio Brasil vende. Culpa do carnaval, do menor biquíni do mundo e das novelas que passam por lá (ou não).
Sobre a cordialidade argentina, discordo, nem sempre é assim, principalmente quando se diz respeito ao estrangeiro. Como já disse, fomos muito bem tratadas, na maioria das vezes, contudo, se abordávamos alguém na rua para pedir informação, adeus à cordialidade. Os nativos, pelo que percebemos, detestavam ser vistos como bússola. Divertiam-se com a nossa falta de senso de direção e informação. “Las ticas fáceis perdidas”, era o que deviam pensar.
Também registro aqui o péssimo atendimento dos vendedores, garçons e afins. Aqui fica a dica: Argentinos venham fazer curso de atendimento ao público no Brasil. SP pode ser um inferno, de fato, mas em terras paulistanas você encontra atendentes de qualidade, profissionais preparados para atender ao público, independente de ser estrangeiro ou não.
O jornalista aí de cima também caçou do espanhol, o portunhol, que muitos brasileiros se arriscam a falar (não posso reclamar dos argentinos que tentavam falar o português, achei super simpático, uma forma deles respeitarem a nossa cultura e de quererem nos agradar, mas enfim... ). Deveríamos ser que nem os australianos, americanos e europeus que passam por lá. Falam a língua deles, se os argentinos entenderem, tudo bem, se não entendem, que falem sozinhos. Daí o prejuízo, porque esses gringos aí são forte consumidores, se os argentinos não entendem suas línguas, azar. Não compram não, eu vi isso acontecer numa loja. Bem feito, pontinhos a menos na economia argentina!
A respeito do ego dos hermanos. Sim, os argentinos não são nenhum pouco humildes. Tudo bem, eu deixo eles se acharem um tanto, já que por lá, o consumo cultural é intenso. Música, cinema, teatro e livros são apreciados no meio da rua, no metrô, no ônibus, num passeio pelo parque ou no café da manhã. Faz bem aos olhos, à alma. Nesse quesito perdemos. Eles estão a uns mil anos luz de nós, à frente, óbvio.
Todavia, eles são tão soberbos que não deixaram dúvidas sobre aqueles que poderiam nos assaltar. Cuidado, advertiram-nos. Cuidado com os peruanos, bolivianos e paraguaios. “São eles que roubam”, afirmou um portenho. Aí, mais uma vez o preconceito inflamado deles, menosprezando os demais vizinhos. Boludos!
A minha vingança é que argentinos como o Washington Cucurto continuarão vendo milhões de pernas (e as bundas que tanto ele exalta) brasileiras por lá. Estamos bem economicamente. Se comparados a eles, na verdade, estamos bem demais. Então, continuaremos injetando reais na economia hermana. Ah, outra coisa, este ano tem Copa do Mundo. Nem preciso dizer nada...Vingança duplicada! O próprio Washington afirma: “Íntimamente los envidiamos”. Certeza.

*Fugindo de temas carnavalescos. Me curando de uma dor de garganta. Pensando na Copa.

sábado, 13 de fevereiro de 2010

E então, trois é demais?


Sexo, carnaval e axé. Como a folia típica de fevereiro começou e o sexo fica ainda mais evidente, lá vai...
Esta semana encontrei uma reportagem sobre uma mulher que resolveu dar ao marido o presente que todo homem gostaria de ganhar. Um ménage à trois.
Eu nunca conheci um homem que não tivesse essa pira. Nunca mesmo! E gostaria muito de encontrar um.
Não é algo que me incomode nos meus amigos homens. Mas, na insegurança que nos persegue, eu não gostaria de ter um marido que, no seu aniversário, me pedisse um presente desses. Se eu tivesse a certeza de que, uma vez saciada a curiosidade e vontade de que essa fantasia aconteça, ele fosse sossegar e continuar satisfeito comigo, pode ser que até pensaria no caso. Não vou ser conservadora. Pensaria mesmo.
Mas o medo de perder, de ter que conviver com os pensamentos lunáticos dele depois disso, não me deixariam confortável e eu acho que acabaria aí. As vezes queremos controlar até os pensamentos.
Estou longe de ser aquele tipo que põe cabresto no bofe enquanto anda na rua. Pelo contrário, tomo cerveja e comento das mulheres bonitas junto dele. E faço isso porque não me incomoda que ele admire outras mulheres. E não me incomodo porque sei que admiro outros homens além do meu. Admiração é afeição, observação com respeito.
A diferença está no que fica como sentimento e até desejo. Se ele não conhece, vai apenas desejar.
Eu prefiro quando as pessoas pensam holisticamente. É do desejo e dos sentimentos pela pessoa que se criam os vínculos. E o que anda me incomodando é a superficialidade com que os relacionamentos andam de construindo - e se destruindo tão em seguida.
Mas aí vai dos desejos de cada um. Relacionamentos a três já não são novidade. E um relacionamento a dois com esporádicos casos a três? Funciona? A expectativa, quando de uma parte, para o próximo caso não atrapalha?
Ah, tá na moda, né? Até Britney já diria: "one, two, three, not only you and me".

A reportagem é bacana. O humor da entrevistada quebra um pouco o gelo. E, feliz ou infelizmente, ela conclui que no aniversário dela, ela preferirá um rolex.

http://www.marieclaire.com/sex-love/relationship-issues/articles/threesome-sex-menage-a-trois-planning

Parafraseando Luys Airão: Eu pediria um marido meu, não vou em bola dividida. Mas vai ver isso sou só eu.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010


Escuto muitas pessoas dizendo que nossa sociedade atual já não tem mais preconceitos e que isso é coisa do passado mas tem gente que insiste em medir as pessoas porque são gays. Maior prova disso é o caso dos militares que foram expulsos das Forças Armadas por serem homossexuais. Ao ser indagado pelo motivo da expulsão o general tão-homem-seguro-de-si declarou: "A maior parte dos exércitos, no mundo inteiro, não admite esse tipo de orientação. Até porque isso coloca dificuldades para a tropa obedecer um indivíduo com esses atributos”. Muito interessante ele dizer "com esses atributos". Legal mesmo é ver que ele e preocupa com a tropa, não? Como será uma tropa comandada por um gay? Soldados de bota rosa e cuecão de couro? É triste mesmo. Por isso vemos muitos homossexuais que sempre aperfeiçoam-se naquilo que, em geral, está destinado a eles: ser cabelereiro. Acho muito digno, e tenho vários amigos na profissão mas conheço alguns que sentem forte preconceito quando buscam alguma outra profissão. Não são só os gays que sofrem preconceito em emprego. Vocês mulheres são prova disso. É claro que hoje temos um mercado de trabalho no qual as mulheres têm o seu espaço, mas que é muito mais complicado pra elas é. Quanto ao preconceito acredito que sempre vai existir resquícios dessa mentalidade imatura criada pela própria sociedade. Eu procuro mostrar na minha vida que sou muito mais que a minha sexualidade. Minha sexualidade não me define. Tenho nome, tenho atributos, tenho defeitos, tenho família, amigos, tenho tudo o que um ser humano pode ter. Só me falta as vezes ser tratado como alguém que tenha tudo isso. O mais importante para mim hoje e acredito que para a maioria dos gays é sentir-se bem por aquilo tudo que é sem importar o fator da sexualidade. Grandes pessoas, nomes da história mundial eram gays, nem por isso deixaram de ser aquilo que foram. Para a ignorância dos cidadãos preconceituosos mostramos tudo aquilo que somos. E não precisamos deles, não mesmo, para nos construirmos. Felicidade a todos, em qualquer emprego com qualquer sexo. Liberdade, por favor.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Com amor, paixão ou só sexo mesmo



Use camisinha, recomenda o Ministério da Saúde. Não pondere as decisões para ir para cama, sugere o slogan, desde que seja acompanhada de proteção. Isso mesmo: libere-se.

Sim, é carnaval, tudo pode, mas a banalização do sexo tem me incomodado há um tempo, independente da campanha da camisinha. Nesta semana, enquanto esperava em uma clínica folheei a Cláudia e li um artigo da Danuza Leão (que eu achava fútil quando pesquisava sobre Samuel Wainer, seu marido, mas aprendi a respeitar pela sinceridade com que se revela) que falava justamente sobre isso: a falta do algo mais para ir para cama com um homem, “uma razão forte, mesmo que fantasiada”, como ela defendeu, ou uma confusão entre “atração física, amor ou ideologia”, tanto fazia.

Fiquei pensando nisso até assistir à campanha do Ministério, ontem à noite, enquanto cozinhava. Não deveria, mas fiquei chocada e sei que vou receber o rótulo de careta, inevitavelmente. Mas eu estou cansada de ver tanta coisa, com gente tão nova, e ter de diminuir as expectativas a cada dia quando penso em um relacionamento.

Ir para a cama (para o chão, o banco do carro ou algum canto escondido da boate, como preferir) hoje me parece ser uma questão fútil, quase a regra, independente dos jogadores. É mecânico. Ocorre uma vez, duas, até que se tornam o padrão, não à exceção pontuada por adrenalina. A distância entre conhecer alguém e dividir os mesmos lençóis, acredito, diminuiu muito e deu poder sexual às mulheres, o que é bom. Talvez não tanto.

Sexo é bom, não disse o contrário. Poder escolher é fantástico, principalmente quando há a opção por não ter de fazer tudo igual e sobra um pouco de encanto, mesmo que fantasiado, como bem disse a Danuza. Triste é ver todo mundo fazendo a mesma coisa, as meninas cada vez mais novas se entregando a parceiros tão jovens quanto, igualmente sem uma pontinha de qualquer que seja do algo mais, sem nem uma porçãozinha de pudor. Sem romance, sem encanto, sem poder dizer não sem ser taxada de careta ou frígida.

Faça sexo, desde que seja com camisinha, não importa com quem, me diz o slogan. Não olhe mais nos olhos á distância, não suspire porque sua mão foi segurada de leve no cinema, não espere por um maço de flores com um bilhete, não seja tola de querer mais que uma noite, mesmo depois do carnaval - o ritmo cadenciado das implicações martela meus pensamentos.

Eu não gostei e não sou puritana. Na minha singela opinião, as pessoas devem ser livres para fazer suas escolhas, em qualquer âmbito, o que implica em não criar comportamentos coletivos e sugestioná-las a associá-los às decisões, tomadas com caipirinha ou não. Teria a mesma opinião, caso a liberdade extrapolasse na outra ponta.

Vá para cama com alguém neste carnaval ou em qualquer época do ano, somente se quiser, e aí sim, impreterivelmente, use camisinha. Se preferir, escolha com um algo mais. Serei eu a última romântica, apesar dos pesares?

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Confiança!!!


Existem algumas palavras que já foram tão usadas que muitas vezes não pensamos direito no que ela representa. Uma delas é a confiança.

Longe de ser um problema puramente etmológico, a confiança é um problema da modernidade! Quando comecei a escrever esse texto, resolvi dar uma olhada no amigo Google (confesso que não sei viver sem o google, seja para me localizar ou descobrir o que uma palavra significa) e ver o que aparecia quando se digitava ‘confiança’.
Deixando de lado as entradas usuais de mensagens para e-mails e de auto-ajuda, me concentrei nas notícias. E classifiquei três temas onde a palavra aparece com mais freqüência: Política, Economia e Esporte, a razão de isso acontecer, deixo para vocês tentarem descobrir!

Alguns exemplos:
Lula dobra criação de cargos de confiança no 2º mandato
Confiança da indústria começa ano em alta e é a maior em 18 meses
Confiança de Silas anima lateral-esquerdo Lúcio

Lendo a primeira, “cargos de confiança”, tirei mais algumas conclusões. Hoje, o confiança deixou de ser adjetivo que qualificava o cargo. Não se pensa mais que aquela pessoa escolhida para ocupar este cargo deveria ser de confiança e honesta acima de tudo. Com a política você aprende que cargo de confiança, é uma boa forma de agradar aliados para a próxima eleição.

Mas o que eu queria discutir mesmo é a confiança nos outros, amigos, colegas de trabalho e mesmo a família. Hoje, as pessoas pensam que confiar em alguém é acreditar cegamente. E é nisso que discordo. Costumo confiar muito nas pessoas, tenho uma amiga que vive brigando comigo por isso!

Quando você confia em alguém, não quer dizer que aquela pessoa passou por uma prova e não vai te magoar. Pelo contrário, geralmente aqueles que você confia são os únicos que podem te decepcionar, porque você deu a eles este direito. Confiar em alguém significa que você escolheu aquela pessoa para fazer parte da sua vida. E se ela te decepcionar, que bom, uma pessoa a menos para você se enganar no futuro!

domingo, 7 de fevereiro de 2010

La Musica



 

Com 17 anos tive a oportunidade de morar um ano no Perú, e chegando lá percebi que há um muro entre os que “hablan” espanhol e nós que falamos o tão amado português.

Fazia duas semanas que eu estava lá, andando pela praia eu escutei uma musica de longe, muito familiar “Aquel amor, de musica ligera, nada mas quita, nada mas queda” e logo pensei, alguém copiou a musica do Capital Inicial, “e aquela amor a sua maneira perdendo meu tempo a noite inteira”. Fiquei chocada e logo fui defender meu idioma, dizendo que aquela banda havia copiado a “nossa” musica, passaram alguns dias, passou na TV um especial sobre a banda, que se chama Soda Stereo, são mais ou menos os Titãs da Argentina, e escreveram essa musica na época que o Capital Inicial estava dando os primeiros passos, e depois fiz uma descoberta que me deixou mais chocada ainda, que o Capital Inicial pajeia ou compra direitos de muitas músicas em espanhol, bem como os cantores sertanejos.

Outro fato que ocorreu, foi um dia na casa da nossa amiga Paulinha, e ela tinha recentemente chego da Argentina e havia ganhado um CD do Jorge Drexler, e que no plástico que envolvia o CD estava colada uma etiqueta vermelha escrito “Prohibido La venta em Brasil”. Eu a Lari e Paula ficamos completamente indignadas, um cantor tão bom, uma musica super gostosa, ficarmos privados do acesso as obras originais, depois que agente pega tudo da internet falam que é pirataria. Hahaha

De verdade não sei qual o problema da musica latina, e o porque de não chegar aqui, que por sinal é muito boa, quando estava fora, tive contato com musica de boa qualidade, como Miguel Bose, Fito Paes, El cuarteto de nos, Paulina Rubio, Juanes, Alejandro Sanz, Ricardo Arjona, David Bisbal, e outros cantores maravilhosos. Gente Shakira só faz sucesso porque canta em inglês, Rick Martin também. Fico triste por estarmos isolados do resto do continente, que produz coisas muitas boas. No Chile por exemplo, tem o festival de Viña Del Mar, que só se apresentam cantores em espanhol, é maravilhoso, alguém já viu passar isso na TV por aqui? Quando este festival acontece, ele é transmitido por quase todas as emissoras latinas, e aqui ninguém fica sabendo disso. Que falta me faz minha TV à cabo com a MTV- Latin America.

 

Fica a dica de algumas musicas que gosto muito "en español"

Como un lobo – Miguel Bose

Color esperanza – Diego Torres

Ya no se que hacer conmigo -  El Cuarteto de nos

La tortura – Alejando Sanz y Shakira

Mala Gente - Juanes

Los Fabulosos Cadillacs - Padre Nuestro

Aterciopelados - Bolero Falaz

Soda Stereo - De musica ligera

Gustavo Cerati - Cosas imposibles

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Mulherão!


Essa semana no programa Mais Você da rede globo assisti a uma entrevista que tinha como tema a ditadura da beleza e a imposição de padrões estéticos.Na entrevista mulheres do Blog MULHERÃO falavam sobre beleza, moda e como da pra viver feliz fora do "padrão" de beleza atual, também comemoravam um desfile no FWPS, o primeiro desfile voltado para o público GG no Brasil, é realmente uma coisa rara de acontecer no cenário de magreza das passarelas, como a poucos dias nossa amiga Graci comentou aqui mesmo nesse blog.

Logo no início da entrevista já me interessei pelo assunto.Na verdade, sempre fui ligada a isso e vou explicar porque:
Nunca consegui me enquadrar nesse temido padrão.Tenho pernas grossas, quadril largo e pé grande.
Desde cedo era um sofrimento para comprar roupas, a minha cintura é manequim 42 e o meu quadril 44.Quem usa ou já usou manequim 44 ou maior, deve saber que é muito difícil encontrar qualquer coisa que seja moderna, na maioria das vezes as indústrias não investem em modinha pra esse público e a gente fica sem opção.
Quando o assunto é sapato então, aí é que a coisa complica, aqueles tênis brancos e cor de rosa lindos e totalmente femininos não são fabricados no número 40!Puff.. isso sem falar nas sandálias da estação cheias de cores e detalhes.

Mas reclamações a parte, isso tem melhorado bastante como a própria entrevista das meninas do blog comentava, de uns 3 anos pra cá percebo que há mais opções para esse público que é mais normal do que parece.

É claro que nos dias de tpm surge aquela nóia da vontade entrar num manequim 38, mas logo depois passa e me contento com a vontade de entrar num 40 mesmo!hehehe.. mas a loucura de emagrecer a qualquer preço a base de remédios, dietas variadas e horas e horas de exercícios físicos já passou, estou mais conciente da diferença estrutural de cada um, sem deixar de lado a minha vaidade.O meu corpo é assim..e há quem goste!
Eu gosto!

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Sobre a mentira - e mentirosos



Calma, rapazes. Não estou me referindo aos homens com o 'mentirosos' do título, mas a todos nós, seres humanos. Porque a mentira é algo tão banal no nosso dia a dia que, vez ou outra, ela é aceita. E dada como verdade.
Li, nessa semana, no blog do Ivan Martins, um dos meus colunistas preferidos da Revista Época, a afirmação "sem exagerar e sem generalizar, algumas mulheres são excelentes mentirosas". E é a mais pura verdade. Mulheres mentem com mais naturalidade. Entretanto, a gravidade da mentira da mulher costuma (e vejam bem, eu disse costuma!) ser muito menor. Especialmente quando o assunto é relacionamento. Porque, no quesito economia, as mulheres mentem muito - e gastam muito.
Contudo, uma estudo, divulgado em setembro do ano passado, que ouviu 2 mil britânicos avalia que os homens mentem duas vezes mais que as mulheres. Acredito que isso se aplique, também, ao Brasil. Ou esse número seria ainda maior.
Não, as mulheres não são santas, também traem e inventam desculpas para lograrem seus parceiros. E, quando fazem isso, costumam se sair melhores que os homens.
Mas os homens, não. Expoem suas parceiras ao ridículo e se divertem com a mentira de cada dia.
E são unidos na arte de mentir. Se o namorado de alguém some, é só ligar para os 10 melhores amigos dele. É bem provável que todos, ou a maioria, afirme que esteve ali ou que ainda está. Agora ligue para as dez melhores amigas da namorada sumida. Elas vão entrar em desespero com o sumiço da amiga e ajudar o namorado a descobrir o paradeiro. Ou a mentira.
Porque as nossas mentiras geralmente são mais bobinhas mesmo...

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Ajuda do governo sim, e por que não?

Por esses dias recebi uma mensagem curiosa no twitter que dizia: “Feministas querem que governo incentive divisão de tarefas domésticas entre homem e mulher”. Na hora cliquei para ver a matéria na integra. Gostei.
Fui ver do que tratava, e, mais uma vez, adorei. Eu acho justo que os homens ajudem nas atividades domésticas. Oras bolas, por que eu tenho que trabalhar fora e em casa, e ele apenas fora? Sim senhor, se as mulheres possuem uma jornada tripla (trabalho+casa+filho – quando se tem), que os homens também possuam. Ajuda é fundamental e a divisão do serviço não mataria ninguém, apenas otimizaria o tempo dele e dela. Depois de tudo limpo, arrumado e bem cuidado, sobraria tempo para ele e para ela, para um livro, uma pelada, uma caminhada, um filme, um cochilo a dois. Simples.
Comentei sobre a matéria com umas três pessoas. Elas acharam extremamente estranho e desnecessário as mulheres pedirem ajuda ao governo para que os homens participassem mais da vida doméstica, para que o estado incentivasse a sociedade a repensar o papel do homem nas famílias brasileiras. Se o mundo está se transformando, se a mulher agora exerce outras funções que não só a de mãe e dona de casa, por que os homens não podem assumir outras responsabilidades? Sem guerra do sexo, sem sexismo. Não precisamos disso.
Pedir ajudar do governo não é o cúmulo, como alguns afirmaram. O governo é o meio pelo qual são lançadas campanhas contra o preconceito, estimulando a boa convivência entre os gêneros, entre o branco e o afrodescente, entre o que não possui necessidade especial e aquele que a tem. Então, por que não estimular a boa convivência entre as mulheres e os homens modernos? Por que, nós, todos, não repensarmos nos nossos papéis sociais?
Eu acho que é como a camisinha. Antes não se tinha propaganda, não se falava sobre métodos preventivos e nem se usava. Com a realidade modificada, aparecimento do HIV, discussões sobre a camisinha se tornaram necessárias. Daí as campanhas “sexo com camisinha” e o seu uso no nosso cotidiano. Talvez, com os homens, o procedimento seja o mesmo. Depois das campanhas, ele e ela estarão trabalhando juntos. Ela lavando a louça e ele trocando a fralda. Pode ser o contrário também. Vai demorar, a conquista será em longo prazo, porém, agora é a hora de começar. Prontos?

Obs: Minha avó com seus 68 anos de idade está cansada. Reclamou de uma propaganda de refil para patente de banheiro. Uma que o cara grita: “Querida, precisa trocar o refil”, daí a mulher chega com roupa de mergulho para trocar o bendito. Não lembro a marca. Mas, enfim, achei engraçado a minha avó reclamar da propaganda, intitulando-a de machista. “Por que sempre a mulher que tem que limpar o banheiro? Eu acho que ele tinha que dizer: Querida vou trocar o refil”, disse a minha vó. Bati palmas para ela, ao mesmo tempo que constatei o quanto ela se incomoda de ser, apenas, a dona de casa. Ah, que fique claro, meu avô, 72 anos, além de trabalhar fora, lava a louça e limpa a calçada. Lindo, assim.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Dica de filme

Pra variar um pouco, posto aqui uma pequena e simples crítica do longa Bonequinha de Luxo. Simplesmente MARAVILHOSO! Então pode se jogar na pipoca com coca-cola ou, no meu caso e de um amigo meu, na salada de fruta com granola rsrs...

Nas primeiras horas do dia, um táxi estaciona em uma rua deserta de Nova York. De dentro dele uma mulher sai e pára, tomando seu café da manhã, em frente à vitrine da famosa relojoaria Tiffany`s. Assim começa o longa norte-americano, originalmente batizado com o nome de Breakfast at Tiffany`s (ao pé da letra traduzido como Café da Manhã na Tiffany`s, daí a primeira cena). Por sua vez, a mulher em questão é a atriz Audrey Hepburn, ou melhor, Holly Golightly, menina do interior que ganha a vida de maneira "duvidosa" e sonha casar-se com um homem rico. Sua vida muda quando o destino (aquela velha invariável presente em todo filme de romance que se preze), no entanto, a aproxima de seu vizinho, Paul Varjak (interpretado pelo ator George Peppard, um Robert Pattison da época), frustrado escritor sustentado pela amante mais velha. Nesse momento, você já deve estar pensando, mesmo inconscientemente, "eu já vi essa história antes" e, provavelmente, já deve ter visto. Entretanto, darling (expressão que significa querido e é constantemente utilizada por Holly para referir-se a outra pessoa), não se deixe enganar pela sinopse à la água com açúcar. Bonequinha de Luxo é mais que isso. É uma obra cinematográfica (com doses, na medida certa, de drama, romance e comédia) sobre uma mulher que luta para subir na vida nos Estados Unidos da década de 1960. Seu roteiro é simples e nos dá a sensação de que realmente o enredo poderia ser verdadeiro.
Baseado no romance do escritor e jornalista Truman Capote, o mesmo autor de A Sangue Frio e uma das maiores referências do gênero conhecido hoje como jornalismo literário, Bonequinha de Luxo, enquanto livro, tem um final totalmente diferente do filme (calma, eu não vou contar). Na adaptação o humor ácido, tão típico de Capote, infelizmente também se perde um pouco. Bonequinha de Luxo quase teve como estrela a atriz Marilyn Monroe, amiga íntima de Capote. Contudo, o filme, na época, era produzido pela Paramount e Marilyn era de exclusividade da Fox, duas produtoras que viviam em pé de guerra. Assim, Hepburn acabou sendo escalada para o papel e conseguiu transformar uma personagem que poderia facilmente ser odiada pelo público em uma menina-mulher doce, sonhadora, ingênua, elegante. Holly nos faz sorrir, torcer por suas conquistas.
A obra também é lembrada até hoje devido ao seu figurino, assinado por ninguém menos que o estilista Givenchy. Entre os clássicos consagrados pela personagem de Hepburn estão os vestidos pretos, os óculos de sol Ray-Ban Wayfarer (que eu simplesmente adoro!), sapatilhas e calças capri. Um look simples, com formas limpas que, ainda hoje, mais de quarenta anos depois, continua sendo um símbolo de sofisticação.
A parte cômica também aparece e fica a cargo, por exemplo, do Sr. Yunioshi (excelente atuação de Mickey Rooney), o excêntrico fotógrafo com óculos fundo de garrafa e dente de coelho, morador do último andar do prédio. Diariamente, Sr. Yunioshi é acordado para abrir a porta para Holly que perdera as chaves há mais de dois meses ou pelas festas que, conta a lenda, serem uma reprodução das organizadas por Capote ao longo de sua vida. Em cada uma dessas vezes, a expressão que aparece em seu rosto e a voz, com sotaque, do fotógrafo faz a gente rir na poltrona.
A obra arrebatou duas estatuetas do Oscar, a de melhor trilha sonora e de melhor canção original, com Moon River, de Johnny Mercer e Henry Mancini. Aliás, uma das cenas mais inesquecíveis do filme é de Holly, cantando essa música, sentada na janela, aos olhos de um Paul todo bobo. E assim, ao término do filme, lá vai você procurar o nome da música nos créditos ou na internet porque ela não sai da sua cabeça, assim como o filme.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Seja homem, homem.


O meu mau humor passou! Aê! Mulher tem dessas coisas, vocês sabem... o problema é que irritadinha e geniozinha me definem tão bem quanto animada e extrovertida. Por isso, hoje serei pacífica e elogiarei, dentro das minhas condições, claro, uma manifestação masculina. Segue:

Dá meio dia e é a hora do almoço. Chegando no restaurante que, religiosamente, nos serve o prato do dia (quarta-feira é meu dia preferido: bife à rolê), deparo-me com uma novidade. Ali no balcão do restaurante/bar cuja decoração remete aos ares cariocas numa época em que o samba era intelecto, encontro uma pilha de revistas.
Numa fonte impactante, de caixa alta e tamanho de destaque estava escrito "SEJA HOMEM!", e como entretítulo: "leia essa revista". (Eu acho que "esta revista" seria o correto, mas também não vem ao caso).
Pareço José de Alencar com seus tantos detalhes para descrever este pequeno fato, não?
A questão é a seguinte. Como a própria revista descreve no rodapé de sua capa, esta é a "MELHOR (e única) Revista masculina de CURITIBA". Num mercado atolado de Criativas, Tititis, Caprichos, Glosses e Claudias, os caras tiveram a puta sacada de criar uma publicação cromossomo XY. É a Marie Claire dos machos. Seja Homem! está na sua primeira edição datada em Janeiro de 2010. E sua distribuição é gratuita.
Ok, Playboy está aí né, minha gente? Mas a Seja Homem! está longe de se parecer com esta. Sabe aqueles pequenos números de páginas que servem de desculpa para a grande maiora, homens ou mulheres, usarem ao dizer que lêem a Playboy? É, aquelas páginas das entrevistas e piadas? "Ah, eu leio Playboy porque as piadas são boas e as entrevistas com pessoas bacanas". AHAM!
Pois então, a Seja Homem! tem, na sua dimensão, uma proporção maior de bons conteúdos. Não quero dizer que os ensaios sensuais ou eróticos, dependendo de como cada modelo define o seu trabalho, não têm lá seu valor. Acho de mau gosto, mas é só o que eu acho e respeito a beleza que cada um possa ver nesses ensaios.
Enfim, propagandas, na grande parte em conotação sexual, alguns pequenos ensaios femininos, matérias sobre boxe, carros e futebol, são o que compõem esta publicação. São os assuntos que nós, mulheres, não temos um pinguinho de interesse, mas que agradam nossos bofes. Devo concordar, até mesmo o fluxograma ou o GUIA CWB, com suas intenções machistas, são inteligentes (não por serem machistas, obviamente).

Explico estas duas partes da revista às quais dou destaque.

O Fluxograma desta primeira edição tem por objetivo determinar se você, homem, fará sexo hoje.
Nesta brincadeira, a intenção é deixar a mulher bêbada mas, apenas o suficiente para que ela continue em pé. Afinal, ela precisa funcionar, não?! Apesar disso, as frases e situações criadas definem bem os gênios femininos. Se a mulher escolheu um filme triste, você, meu caro, definitivamente dormirá sozinho. (hahaha!)

O GUIA CWB tem duas partes. A primeira se trata de
"táticas avançadas na guerra dos sexos". Por isso, existem 4 categorias com "fundos de guerra" que variam de R$50 a R$300. Cada categoria é dividida em 3 partes, o "preparar", "apontar" e "fogo!". Cada parte desta se refere a um lugar (totalizando três lugares ao final da noite) onde o homem pode levar a mulher gastando de acordo com o "fundo de guerra" de cada categoria. Obviamente, a maioria deles acaba em motel, serv car ou boutique sensual.
A segunda parte se trata da
"guerrilha urbana com seus camaradas". No mesmo esquema da primeira parte, mas para aproveitar com os amigos. Você, homem, pode escolher programas que vão de corridas de kart seguidas de churrascaria e strippers de luxo até futebol seguido de churrasquinho e poker.

Tenho lá minhas oposições a algumas frases desta revista, principalmente a um texto publicado no final. Não vou falar a respeito para cumprir minha promessa de não reclamar. A verdade é que achei a publicação muito interessante, bem estruturada e inteligente. Afinal, nossas publicações XX também têm suas futilidades e hipocrisias e um pouquinho disto tudo também não mata.
Aí me veio uma questão. O que vocês achariam de uma revista que se intitula masculina, publicar matérias sobre futebol mas também um "guia da balada gay", e ensaios femininos e masculinos? Aí cada um escolhe o que quer ler! Seria uma revista para todo o público masculino! O público-alvo seria mais abrangente, mas um bom estudo disso poderia resultar numa revista curiosa, não?! Ou, então, satisfazer os curiosos.
"Eu leio por causa dos ensaios femininos". AHAM!

Fica aqui a dica:
www.sejahomem.com.br
é necessário um cadastro para ler online, mas é rapidinho e vale a pena. Até mesmo para nós, mulheres.