A gente acha que só agressão física é violência. Daí milhões de mulheres se sujeitam a ter relacionamentos conturbados, do tipo que o companheiro xinga, humilha, ofende, mas não bate. Histórias de namorado ou marido que bate na mulher são tão comuns quanto as que namorado ou marido agride psicologicamente a parceira. A violência não é escancarada, já que não se bate na cara mas na alma.
Eu tenho conhecidas que já se submeteram a ter relacionamentos assim. Pessoas bem instruídas que até hoje eu não compreendo o porquê de se manterem ao lado de homens que a insultavam em casa, no trabalho e na rua. Alegavam amor e por amor afirmavam que não conseguiam seguir sozinhas, precisavam do companheiro, mesmo que este fosse um verme, ao lado.
A revista TPM desse mês traz um pouco sobre o assunto, dessa violência silenciosa. Recomendo a leitura e uma dose de amor próprio a todas as mulheres que se relacionam com caras que: escancaram seus defeitos; que as comparam com outras mulheres constantemente; que reclamam com frequencia da companhia que tem; que as humilham com palavras muito bem escolhidas, dessas que derrubam qualquer autoestima.
Se o seu namorado lhe nega beijos, sexo e até mesmo mãos dadas, fique atenta. Isso também é violência. Assim como tratá-la com desdenho. Até ausência é violência. Violência que não se enxerga mas que é exacerbadamente dolorida. Para as carentes que nesta época do ano ficam ouriçadas, a procura de um namorado para o próximo dia 12 de junho, fica a dica. Melhor sozinha do que mal acompanhada.
Epitáfio nordestino
Há 2 meses