quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Ok, agora nada me surpreende

Cada coisa que acontece nesta minha cidadezinha, vou te contar hein...

Eis que no início do ano, uma colega de profissão muda de lado, ao invés de dar as notícias, ela é a notícia. Para quem não ficou sabendo (acho difícil, porque virou notícia nacional, ganhou o jornal da globo e as páginas dos principais sites de notícias, até para a BBC foi) o assunto já foi até discutido aqui no mexendo na bolsa, mas agora, me surpreendeu.
Ontem por acaso, olhando o comunique-se – site sobre comunicação – leio o seguinte: “Sou inocente”, confira entrevista exclusiva com repórter acusada de ligação com o tráfico.”
Como sabia que seria ela, fui ler e fiquei sabendo um pouco mais do livro que ela diz que estará pronto em dois meses. Seguem alguns trechos..

Você mantinha um relacionamento amoroso com chefe da quadrilha, como afirma a polícia?
Eu prefiro não falar sobre isso, mas vou contar em detalhes no livro que estou escrevendo.

Do que fala o livro? Quando deve ser lançado?
Comecei a escrever ele na cadeia, pelo sofrimento que estava passando. Mas também quero mostra a vida de um repórter policial, como é o jornalismo investigativo, o que o repórter passa. Também vou falar do que aconteceu e como aconteceu, da acusação, da minha prisão, vou contar detalhes desse caso. Estou tendo apoio do pessoal da produtora, aqui onde eu trabalho e já estamos procurando uma editora. Devo terminar em uns 60 dias.

Gente, que é fácil se promover eu sabia, mas dessa vez, me surpreendeu. A cartilha da Geise foi seguida à risca.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Ser mulher é fácil...acredite!

A gente reclama da TPM, porque TPM é foda! A gente reclama de ter que se arrumar mais que os homens, de ter que passar maquiagem, de escovar os cabelos. De ter que, às vezes, usar salto quando o que se queria mesmo era um bom e confortável rasteirinho. Reclamamos de não poder ficar sem sutiã para sempre. A gente reclama que ser mulher dá trabalho, mais trabalho do que ser homem, que não se preocupa tanto com a aparência. Homens não têm a visita mensal. Homens, independente de terem um tanquinho de lavar roupa ou uma bola de futebol como abdômen, podem andar sem camisa no calor dos nossos trópicos. Também, é mais comum violência contra mulheres do que contra o sexo oposto. E, claro, há diferenças salariais e no tratamento dado à mulher no mercado de trabalho. Ser mulher não é fácil. Será?
Mesmo com tantas peculiaridades, aprendi que ser mulher é muito mais fácil do que imaginamos, do que realmente acreditamos. Há prazer e orgulho em ser mulher quando se é mulher em corpo de mulher. Entendem? Pois quando se é mulher em corpo de mulher tudo é mais fácil e nada é tão complicado como falamos, como argumentamos. É gostoso se arrumar, vestir-se para ‘matar’ e se olhar no espelho, sentindo-se bonita, bem. Isso nos deixa segura, com a sensação de que podemos dominar o mundo, porque somos mulheres, femininas que gostamos, apesar de muitas vezes enchê-los de defeitos e críticas, de homens. E se fossemos mulheres com corpo de mulheres mas não nos sentíssemos mulheres? É difícil saber da sensação que isso causa, de ser mulher sem querer ser, com jeito e pensamento de homem. Por exemplo, ser mulher e usar uma faixa para apertar o seio, pois é ruim tê-los, é quase um martírio viver com eles. Ver-se no espelho e não ter orgulho nenhum, apenas raiva, desgosto, tristeza. Eu estou falando de pessoas transgêneras, conhecem? Elas enfrentam um preconceito maior que os homossexuais, porque o “problema” delas aparece na infância geralmente, o que choca muitos pais, muitos professores. Muita gente! São poucos aqueles que conseguem lidar com as questões transgêneras. É demasiadamente complexo. É para pensar!

Depois de ver o vídeo, conclui que ser mulher é fácil, fácil demais. Não acham?

Mundo, mundo, vasto mundo...a gente nunca sabe de tudo, a gente nunca viu tudo.