sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Você, linda, assim?


Hoje eu subi na balança e me assustei com os números que apareceram no visor: 56,1.

Achei estranho, coloquei o Totonho, mas o peso dele estava normal. Subo de novo e a mesma surpresa. Estranho.

Logo pensei que aquilo era uma prova prática de que quando você esquece de perseguir alguma meta, ela aparece ali, inteira na sua frente. Um minuto depois, decidi procurar por um médico.

Aos 14 anos eu pesava 56 quilos. Aos quinze era uma atleta e tinha seis a mais, conseguidos em menos de três meses. Desde aquela época os 56 eram a minha meta, independente do manequim. Fiz mais exercício do que já fazia, mesmo pedalando algumas dezenas de quilômetros e treinando algumas horas por dia. Restringi a alimentação e cheguei perto, bem perto, de passar da compulsão alimentar, meu extremo, à bulimia.

Experimentei regimes, troquei dietas, aprendi a comer melhor que qualquer pessoa que eu conheço e a valorizar a boa comida, seja ela uma pitanga colhida no mato ou um prato sofisticado - sem contar calorias, embora saiba quantas delas há em cada alimento. E agora me perguntei: e se aos 15 eu tivesse chegado nestes 56? Possivelmente iria querer baixar cada vez mais, até chegar a nenhum limite? Felizmente, não foi isso que aconteceu comigo, mas é o que acontece com um percentual crescente de meninas. O exemplo disso é a figura das modelos nas semanas de moda e de celebridade cada vez mais “enxutas” .

Sim, elas estão longe. A insatisfação com o próprio corpo ou com o peso, não. Ou vai dizer que você nunca desejou perdeu alguns quilinhos, mesmo sem precisar, vai? Da preocupação ao transtorno, a distância é pequena, palavras de especialistas ouvidos por mim, aqui.

E para você, o que importa, minha amiga: sacrificar refeições e um pouco de sua saúde para entrar naquela calça manequim 38 ou assumir seu biótipo e abdicar da busca por esse padrão de beleza? A palavra, agora, é sua.


P.s.: o médico vai ser consultado para saber se há algum problema fisiológico, afinal, foram quatro quilos em duas semanas sem nenhum esforço ou restrição para perdê-los. Há quem diga que seja paixão não resolvida, mas sobre isso, hoje fica o silêncio.

;P

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Relacionamentos..quantas dúvidas!


É..eu sei que esse tema é polêmico e que não há como generalizar e enquadrar vários pensamentos no formato do meu, muito menos explorar em algumas linhas os infinitos desejos de nós mulheres, mas começo falando de relacionamentos amorosos na primeira pessoa do singular.A chave do coração provavelmente será o tema que vocês mais se habituarão a encontrar na "minha bolsa".
Sim, relacionamento é uma coisa complicada mesmo meninas, já passei por alguns(nem tantos assim) e até agora não consigo responder várias das minhas perguntas.
Ao longo dos meus vinte e poucos anos cheguei a uma dolorosa conclusão.
Penso que o coração não deveria ouvir o que a boca pede.É sério!Analisem comigo:
Quando estou num relacionamento daqueles de pizza no sábado a noite, filminho e fantástico todo domingo, implorooo um namorado baladeiro, afinal seria e-mo-cionante virar noites e noites na balada ao som de muita música, bebida e um pouco de agitação não é?
É!bom, pelo menos deveria ser!
Mas quando tenho um namorado que sai de segunda a segunda, adora balada, cerveja e é doidera?
-Aiiinn que saudades de ficar em casa!
Outro exemplo prático.Quem nunca ouviu uma amiga reclamando aos quatro ventos que homem bonito da trabalho?
Gente..experiência própria, homem feio também dá!
Tudo isso é muito complicado!rs e pra complicar um pouco mais eu tenho uma facilidade incrível em mudar de opinião e principalmente me culpar, chega a ser impressionante.Vamos lá:
Se terminou porque não existia amor:
-Talvez eu não estivesse tão afim, não me entreguei o quanto deveria, não fui sincera com o amor dele.
Se terminou por traição:
-É porque eu sei que estou realmente um pouquinho acima do peso, não me cuidei, tô uma monstra, e sabe como é, homem é homem.
Se terminou porque existia amor demais:
-É porque eu sufoquei, não deixei que ele sentisse a minha falta,fiz tudo que podia e não podia pra esse amor dar certo e não deixei que ele cumprisse com o seu papel.
Aff!o que eu quero dos homens então?
É..na verdade quero tudo certinho, sem que me dê trabalho, tenho pavor de ter que ficar pensando aonde ele está, com quem ele está, se está mentindo(isso que não me considero uma pessoa ciumenta)
Quero um homem que me dê um beijo de boa noite de segunda a sexta, curta uma balada nervosa com direito a bebida, sexo e muita música aos sábados(isso não quer dizer que eu goste de sexo só aos sábados!) e no domingo assista ao Fantástico deitado em um colchão no chão da minha sala fazendo cafuné na minha cabeça, me vendo descabelada e mesmo assim dizendo que estou linda.rs
Brigamos, amamos, comemos, rimos...ai ai!é claro que tudo isso sem cair na rotina né..odeio rotina!rs

Sinceramente, não sei do que eu gosto, não tenho um biotipo de homem ideal:Bonito ou feio, baladeiro ou caseiro, recatado ou assanhado..sei lá!
e vcs aí, o que acham de tudo isso?isso acontece só comigo?

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Amélia não era mulher de verdade

- Gente, vou ao banheiro. Volto já.
- Você não vai com ela?
- Não. Por que?
- ... Já não se fazem mais mulheres como antigamente.

Sim, ir ao banheiro sozinha assusta. Porque os homens estão acostumados com mulheres que andam em grupos, que decidem em grupos, que vivem em grupos. Hoje, entretanto, não somos mais assim. Seguimos sozinhas e sabemos muito bem o caminho que queremos. E, se erramos, não temos medo mudar de direção.

É engraçado isso. Aceitar (?!) que as mulheres ganharam espaços jamais imaginados e pensar que ela não vale nada porque pegou o seu número e ligou no dia seguinte (contrariando o que comentou um leitor em outro texto, porque, quando a gente liga, eles não dão valor). Porque gostou do carinha e foi atrás. Porque gosta de ser mulher, sentir-se mulher e, principalmente, atraente. Porque gosta de valorizar o que tem de melhor e, sim, mostrar o que gosta (isso não significa, no entanto, que você possa fazer algo mais que olhar).

Independência assusta. Mas calma, rapazes, não assusta só a vocês não. Esse mundão de meu Deus também deixa a gente de perna bamba, sem saber o que fazer. Principalmente em relacionamentos. Ontem eu li uma matéria que falava justamente disso. A psicológa entrevistada dizia que "muitos homens têm receio de se envolver com a mulher que paga as contas, sabe usar a furadeira e até toma iniciativa na hora da conquista".

Sim, meus queridos, nós queremos dividir as contas (ou até mesmo pagar, vez ou outra) e já aprendemos há tempos a trocar a lâmpada ou abrir potes de vidro. E vocês continuam na mesma, dizendo que nós queimamos os sutiãs pelos direitos e nos esquecemos que isso certamente implicaria responsabilidades. Entretanto, nós nos damos bem com essas responsabilidades. Aprendemos, como nossas mães e avós, desde cedo, como cuidar de uma casa e de uma família. Sabemos cozinhar, limpar, lavar, passar até ficar tudo brilhando. Aprendemos que devemos cuidar de nós mesmas para arrumarmos, um dia, um marido. Aprendemos a diferenciar um choro de fome de um choro de dor, a ninar um bebezinho no colo e a educar sem precisar bater. Aprendemos a fazer o gosto dos nossos pais e irmãos porque um dia vamos ter que fazer os gostos dos nossos maridos e filhos. Aprendemos a estudar para poder, no futuro, ajudar nossos filhos na tarefa. Quase tudo que aprendemos, em toda a nossa vida, é para alguém que não nós. Então, quando decidimos que podemos, sim, ir ao banheiro sozinhas, entendam.

Afinal, mesmo independentes, nos mantemos presas. Às convenções sociais, especialmente. E, com toda nossa independência, não dividimos tarefas. Assumimos mais. Homens, me desculpem, mas pouquíssimos de vocês conseguiriam ser pais em tempo integral, ter uma carreira em ascensão, cuidar da casa e da esposa e ainda arrumar um tempinho para si. Então, beibes, aproveitem. E não reclamem.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Filho de José com José


Queridas e queridos. Há muita pauta ainda a ser discutida por aqui, mas durante essa semana recebi uma notícia que gritou pela minha atenção. A Cidade do México aprovou por esses tempos uma lei que iguala os direitos dos homossexuais aos dos heterossexuais. Como os dieitos (todos) são iguais, inclui-se o direito à adoção. Nada mais justo, e um avanço nos dias atuais. Nossa digníssima Igreja Católica, que não possui padres pedófilos que também diz não ser homofóbica e acolher a todos com amor teve que manifestar-se, é claro. Para a instituição os gays querem adotar pois têm "o perverso propósito de usar as crianças para pornografia infantil, abuso sexual, prostituição e outras coisas". Bem, estes dias conversando com minha amiga sobre a questão de adoção, ela chegou a comentar que existem mulheres que não vieram ao mundo para ser mães, vide os casos de mulheres que abandonam as crianças em latas de lixo ou que abusam dos filhos. Diante disso nos questiono: Não podem existir homens gays que tenham nascido para ser pais? Quanto a isso a igreja também se manifesta dizendo que, além de faltar a figura materna, como as crianças vão apoiar-se na figura de um pai? A resposta que eles querem, provavelmente, é que as crianças cresceriam querendo usar salto ou emprestar o batom da amiguinha. Ah, me poupem. Caminhamos tanto para chegar em nada? Eu, particularmente queria tanto ser pai. Poder chegar em casa e ver meu filhinho brincando na sala e poder cobrá-lo do dever de casa. Ir a reuniões escolares e poder levá-lo na natação. E, eu juro, jamais teria a capacidade de querer abusar dele. Por que querem tirar esse direito de mim? Sonho com a sociedade que me olhe sem mácula. Que me perdoe por amar o mesmo sexo. Ou simplesmente que me perdoem, por querer amar.

O tenho medo do futuro, medo do inseguro, dos fantamas da minha voz...


O que tem na minha bolsa hoje?

Hoje tem o medo do futuro...

Abri minha bolsa hoje e tudo estava escuro, muito escuro.

Quando a gente é criança os pais ficam com aquele papinho besta de você vai ter que estudar,formar-se (esse é o que eu tenho mais medo),trabalhar, arranjar um bom marido, povoar o mundo etc e tal. Fico com o me formar e trabalhar, o resto já tem muita gente por ai que faz isso, eu abro mão, obrigada!

Meu conflito é enorme, quando estava no ensino médio cada dia eu queria fazer uma coisa diferente, quando tive que escolher, escolhi o curso de Direito (que não ta sendo tão direito assim), o que particularmente não tem muita coisa a haver comigo, mais enfim, diante do dilema e da indecisão eu fui estudar, e aqui estou no sexto ano do curso de direito (normalmente é cursado em cinco). E cada dia ficava pensando é isso mesmo que eu quero?

E os dias passando, e eu cada vez mais desesperada pensando o que faria com meu tão sonhado canudo de Bacharel em Direito, (muita m****, pregar na parede no maximo ).

E nessa caminhada agonizante que foi minha graduação me deparei com um estagio, em um lugar que muita gente tem pavor, uma delegacia. A primeira coisa que escutei: “Hein mocinha isso não é lugar pra mulher!” Não é lugar pra qualquer mulher, porque pra agüentar o tranco não é qualquer uma. Não pensei duas vezes, e cai de cabeça no estagio. No principio foi chocante, não dormia pensando nas coisas que eu via, na historias que me contavam e tive que ser como a Rita Lee, mais macho que muito homem. Confesso que, não tive medo, apenas me deixei levar pelas novas experiências, e que experiências, em 10 meses que estive lá poderia escrever um livro com as historias que escutei e vivi. E depois de muito bater a cabeça por ai, finalmente encontrei o destino pro meu diploma de bacharel... Vou ser policial, delegada assim espero, arma na cinta, distintivo no pescoço, e um par de algemas (que serão bem úteis em ladrões de todos os gêneros, inclusive os do coração) e saber que tudo que eu estudei não será em vão, isso me trás uma luz no fundo da bolsa, que em breve (eu espero) estará cheia de romances policiais.

Obs. Romances no sentido de narrativas ou historias porque nesse meio policial ter um romance é quase impossivel... (Já tentei, porem sem êxito)

Obs.2 a foto ilustrando é da personagem Lilly Rush do seriado Cold Case da Wanner Channel, que é um dos seriados que eu mais adoro, depois de Bones e CSI.

domingo, 24 de janeiro de 2010

Isso é maldade??



Começo aqui confessando que fujo do assunto principal desse blog. Quem espera que eu fale sobre relacionamentos... desista, eu sou um caso perdido. Para contar qualquer coisa em particular é um desastre total, e algumas pessoas já presenciaram e com certeza dão risada até hoje ao lembrar!! Mas quando entrei para o blog já havia avisado isso, e mesmo assim me aceitaram, como é bom ter amigas!!
Ok, desabafos a parte, vamos ao que interessa: O que tem na minha bolsa hoje?? Reclamações... óbvio! Deixando o bom senso de lado, qual mulher pode dizer que nunca reparou na roupa de outra? Se alguém falar isso, garanto que é mentira!
Não estou dizendo que ando super arrumada, quem me conhece sabe disso, mas gente, algumas convenções sociais precisam ser respeitadas, querem um exemplo?
Semana passada fui a uma formatura (muito boa por sinal). Mas enquanto esperava a entrada da minha amiga formanda, eis que me deparo com uma menina vestida de calça jeans, tamanco plataforma e uma blusinha com alguns brilhos!
Certo, eu não estava de longo super formal, mas gente, o convite dizia claramente que o traje era esporte fino. Mas o mais engraçado dessa história aconteceu no banheiro.
Enquanto descansava meus pezinhos cansados do salto sentada no sofá do banheiro e esperava minha amiga, a digníssima garota da calça jeans entra na fila do banheiro. Uma mulher que estava ao meu lado olhou para ela, arregalou os olhos e fez uma expressão de choque ao olhar para mim e comentar: “Gente eu nunca vi isso”!! Eu ri e fiquei muito feliz porque até aquele momento estava achando que eu era muito ruim por ficar reparando na menina. Será que sou ruim mesmo? Deixo a decisão para vocês!!!

Falando de breguices e bla bla bla

- Você quer casar?
- Eu quero. Respondi faceira, como quem diz sim a um doce.
Um pouco de silêncio, surpresa e olhares feios.
- Mas por que você quer casar?
- Ah, porque eu não rendo solteira. Compensa mais ficar com uma pessoa só. Casada.
- É por isso? Espantam-se.

Eu também me espantei. Que resposta foi essa? Meu lado prático me indicou que eu sairia no lucro se casasse, só porque não pego geral? Tsc, tsc, tsc. Pior, eu expresso essas indicações em alto e bom som.
Quem em sã consciência diz isso? Ninguém. Coisas que só eu faço por mim mesma. Solteiríssima, sem pretendente algum, mas com vontade de casar. Pronto, espantei todas as probabilidades de um pedido de...beijo? (Já que tudo começa por aí). Homens fogem de relacionamentos mais intensos, um pouco mais que apenas beijos e encontros ao acaso, eles se espantam. E eu digo em alto e bom som que quero casar? Assinei meu atestado de solteira para sempre. Ai ai.
Segundo erro, gravíssimo. Quem se auto declara não pegador? Ninguém. Eu também nem precisava, pois tenho amigas que fazem questão de espalhar que já fiz viagens para locais onde a suruba rola solta e que, sabe-se lá porquê, resolvi não participar. Tudo isso, de acordo com elas, é o "meu tratamento de choque”, para ver se me transformo nessas mulheres arrebatadoras, que possuem diversos steps e que conseguem conciliar vários gatos-garotos ao mesmo tempo. Continuo de boa, bem de boa. A mulher fatal que existe em mim continua dormindo (eu tenho esperança que ela exista, mesmo que durma...um dia ela acorda?). É, não sou nenhuma cleptomaníaca de corações.
Brega, totalmente antiquado ser e pensar o que eu confessei para uma mesa rodeada de amigos e nem tão amigos assim. Este é o problema de falar o que se pensa, de não colocar um pano sobre a minha transparência. O outro problema é que, mesmo eu odiando a melosidade e de por vezes agir objetivamente, de ser seca, sem mimos, eu acredito no amor. Daí a minha espera de sentir borboletas no estômago.
Já as senti algumas vezes. O voo das borboletas dentro de mim provocou sensações indescritíveis e o agir sem pensar – o que para uma capricorniana é extremamente inevitável. Não gosto de beijo no vácuo. Sem flerte, sem assunto. Sem posteridade (confesso que na maioria das vezes não quero o dia seguinte, fujo dos flertes e prefiro o silêncio. Complexo não?). O Carpe Diem eu guardo para outros momentos, não estes. Então, eu me pergunto novamente: "por que você quer casar?"
Sincera, comigo mesma, respondo que é porque gosto de andar de mão dadas, porque eu acho lindo a coisa do “para sempre”. De manhã ele do meu lado é bom. Quero alguém junto comigo estendendo o dedão na beira da estrada, sem destino, apenas pelo prazer da companhia e pelo desejo de cair no mundo...Meu romance ainda está em branco, alguém quer escrever a primeira linha?

PS: A pergunta final não é um pedido de casamento. Não preciso, efetivamente, casar. O que importa (e o que eu gosto) é o romance que vou (vamos) inventar.

sábado, 23 de janeiro de 2010

Paradoxo dos gêneros.



Eu tinha um texto pronto, mas gostaria de começar dizendo que as mais visíveis coisas ou as mais fáceis de encontrar na bolsa feminina, são as reclamações e decepções. Isto não se deve somente ao fato de sermos tão passionais, sensíveis e sensitivas. Deve-se a um montão de coisas que se acumulam como bola de neve. Reclamar não nos torna recalcadas, nos torna alertas.
Então, como num período pré-menstrual, a gente começa soltando os cachorros pra depois voltar mansinha e conferir se todo o protesto não foi em vão. Divirtam-se e coloquem suas armaduras, caros machos.
Dando início às minhas reclamações, vou dizer uma coisa! Vou mesmo!
Abaixo a insegurança suportada pelo orgulho!!!
Porque homem é bruto e não chora, mas é mais fresco que mulher quando deve partir pra outra. Mulher tem seus joguinhos, mas, uma vez esquecido, vira falecido. Homem gosta de marcar território, tem que mostrar que ali naquele corpinho ele já passou ou, então, que ele ainda sobrevive e está por aí rondando você e suas amigas.
Instinto animal funciona muito mais para o sexo masculino. Eles têm que suprir suas necessidades sexuais seja com quem for, eles têm que marcar o território e eles têm que armar o bote quando ameaçados. Digo isso porque basta um amigo gay te escrever um recadinho convincentemente heterossexual e... pirilimpimpim!!! O falecido ressuscita. Ele ressurge das trevas, com as armas de um bundão, pra te dizer que não te esqueceu ou para tirar satisfações quanto àquele recado.
Muito bruto este homem. Muito seguro se si.
Depois de te dizer que andava confuso e que amava duas ao mesmo tempo, ele resolve estar sozinho e, então, você o enterra - enquanto ele está sozinho na companhia de outra que ele ainda não ama – para depois ter que encarar o sujeito buscando informações a teu respeito.
Por isso, eu digo que se heterossexuais tivessem o coração dos homos, o mundo seria mais equilibrado. Talvez não tivéssemos tantos desafios e pequenas decepções (mas que eventualmente nos fazem crescer). Mas saber dar valor, fazer um pequeno elogio ou reparar no seu (também) bom-humor, faria grande diferença. Concordo, homens são práticos e mulheres são sentimentais. Mas a praticidade feminina, exceto lá as sofredoras de carteirinha, se eleva quando o interesse já não é mais recíproco.
Por isso que, depois que a ciência teve seu crescimento exponencial nos últimos aglomerados de décadas (e eu falo de dois séculos atrás), e descobriu que os sentimentos não são provindos do coração, só podemos concluir que homens e mulheres pensam com suas respectivas e diferentes cabeças.
Depois vem me dizer que mulher é complicada quando, com duas cabeças, o homem escolhe a menor pra pensar.
Mensagem desacreditada, mas vai ver compensamos o instinto animal dos picos hormonais em pensamentos e reflexões das essências de nossas relações.

Abaixo a vocês, bundões.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Neuras... Pra que as quero??

Quer assunto mais presente na vida de uma mulher que as neuras? Lógico que não conheço todas as pessoas do sexo feminino do globo, mas como sou eu que estou escrevendo, vou satisfazer o meu ego e falar sobre mim mesma, e talvez (só talvez), eu encontre companheiras que também tenham neuroses! Porque, e tenho certeza que muitas vão discordar, nós adoramos falar de nós mesmas. E aqui roubo (nem utilizo mais o verbo emprestar, porque queria mesmo que fossem minhas) as palavras de Drummond ou Shakespeare, não sei ao certo: “todo mundo é capaz de suportar uma dor, exceto quem sente”. Portanto, realmente, não adianta negar, as minhas neuras sempre vão ser piores que as suas, mais constrangedoras; a “minha cólica” sempre será mais forte que a sua.
Agora, falando a verdade, as minhas neuras são as pioresss do mundo! É sério, eu ganho! Para dar um exemplo de como a situação é crítica vou contar o que uma velha amiga minha disse. Aliás, essa é uma daquelas histórias que, no mínimo, seus amigos já ouviram você contar umas cinco vezes, enquanto as pessoas que não são tão tuas amigas ainda estão na contagem de três. Então nem adianta revirar os olhinhos quando você, aí na frente do computador, ouvir (nesse caso, ler) pela sexta vez ou pela quarta. Certa vez, uma amiga minha me contou o que ela havia dito pra mãe dela: “eu pensei que eu era neurótica, mas a Gabi é mais, muito mais!” Bom, não é bem uma história, já que ela não tem tamanho para isso, mas ainda sim vale como exemplo do que foi dito anteriormente.
Já tive medo de estar grávida, mesmo não tendo acontecido nada; tive as fases de querer ser magérrima, logo experimentei todos os regimes do mundo (cuidado com o da proteína, desenvolvido por um tal de “Dr. Atkins”, ele pode fazer seu colesterol subir e depois não voltar mais ao normal). Tenho uma capacidade extraordinária de contar as calorias dos alimentos que como, até já tive um caderninho para anotá-las. Também posso afirmar que sou um pouco hipocondríaca, já que basta alguém me falar que o que eu estou sentindo pode ser um sintoma de determinada doença, para começar a dar lucro para as farmácias. A sacolinha de remédios que carrego para todo lado é a prova disso. Aliás, sacolinha é um eufemismo pro tamanho que ela é. Também sempre acho que ninguém vai gostar do que faço. Resultado: uma dor na boca do estômago que vai e vem. Acho que já devo ter desenvolvido uma gastrite nervosa. E dá-lhe Omeprazol na bolsa.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Afinidade Colorida


Porque um gay escrevendo num blog feminino? Simples! Em toda bolsa feminina você pode encontrá-lo: O amigo gay. Bem, como estamos apenas nos conhecendo hoje, permita-me a uma apresentação. Meu nome é Homem da Capa Rosa. Ganhei esse nome da grande cúpula feminina. Já que o rosa é, por convenção, a cor feminina, nada como contrástá-lo com a figura do homem, nasce assim o homem feminino. Não se trata de uma opção sexual, se fosse para optar de qual sexo gostar eu escolheria gostar de mulheres, elas são (na maior parte) mais sensíveis, gostam de conversar, gostam de discutir detalhes da relação , adoram olhar vitrines, são loucas por roupas e acessórios, leem romances, assistem comédias românticas comendo pipoca e tomando um chocolate quente em dias frios no colchão na sala, fazem brigadeiro de panela, embelezam-se maravilhosamente bem para ir a um barzinho ou a uma balada, ficam descalsas nos finais de formatura, choram ao telefone, dormem na casa da amiga, se matam na academia por (sempre) estarem acima do peso (e nunca estão assim tão acima), fazem progressiva em cabelos lisos, trocam de roupa umas três vezes antes de sair, e algumas até têm calcinha própria para a atividade sexual. Se não fosse o fato de eu gostar do mesmo sexo, claro, elas seriam a melhor opção. Por isso nossa paixão, agora falando por todos os gays, pelas mulheres. Nossas afinidades é que nos unem. Então vamos embora, deixemos mais assuntos para as próximas, ainda há muito o que colorir nesse mundo. Beijos gatas.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

E o telefone não tocou...


Nós mulheres, somos bichos estranhos...

E vou dizer porquê:

Estamos lá, no bem com o gato, está tudo como você quis, maior clima de romance. E você pensa: “ Nossa, agora sim, com esse vai dar certo”. Faz mil planos, às vezes chega até em pensar no nome dos filhos (confesso que já fiz isso) e no outro dia, nada, o telefone não toca, nenhuma mensagem, e-mail, recado no Orkut, nada, o gato simplesmente desapareceu da face da terra. Daí bate aquela insegurança, ligar ou não ligar, eis a questão...

Não ligo! Daí o tempo acaba passando, você conhece outro gato, e esquece aquele, e o ciclo recomeça. Sabe por que ele não ligou? Não foi porque ele viu sua calcinha cor de chocolate (que sinceramente, deixa qualquer um desmotivado), foi porque os homens, em geral, gostam de ser adulados, paparicados e em algumas vezes disputados.

Também, eles querem, literalmente, que você se rasteje aos pés dele. Nós, mulheres, não temos mais tempo para isso, e ,convenhamos, nossa capacidade de viver sem eles está cada dia aumentando. Além, é claro, de que quando uma mulher se torna independente, transmitindo essa independência, causa medo no sexo forte, porque de frágil não temos nada...Se o telefone tocar, não se faça de difícil. Atenda (e esqueça do papo de que não precisamos mais deles)!

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Aqui tem

Uma câmera.
Um bloco.
Duas canetas.

Uma necessaire com maquiagem. Três balas. Uma barra de cereal. Uma cartela de analgésicos pela metade.

Uma agenda de 2009 cheia de anotações entrecortadas. Um postal de Chicago. Uma, duas, três moedas de diferentes valores. Uma carteira manchada pela água do mar e da chuva. Uma sacola plástica para quando surgir outro banho de chuva. Uma colônia para melhorar a situação depois desse banho.

Um carnê de pagamento. Um prendedor de cabelos. Um molho de chaves...( P*** que pariu cadê o molho de chaves? No fundo, beibe, bem no fundo). Uma embalagem vazia de chiclete. Um carrinho da Hot Wheels vermelho. Uma embalagem vazia de chocolate. Um MP4 sem bateria. Um livro de Vinícius sem pressa.

Um celular que nãotoca, nãotoca, nãotoca.


Pendurada na alça, uma incógnita.

domingo, 17 de janeiro de 2010

Ah o mundo, ai os outros!!!

Você já reparou em como a idade muda a pessoa? Gente, grande parte da personalidade e da forma como o mundo te enxerga é decidida pela idade. Em uma discussão extremamente filosófica durante um intervalo comercial ( aproximadamente uns 10 minutos), eu e um amigo constatamos essa triste realidade. Duvida? Ok, vamos então aos fatos!
Quando você tem 17 ou 18 anos existe a certeza de que se fizer tudo certo, o que planejou vai acontecer. Se você estudar, trabalhar e ganhar o seu dinheiro, logo vai ser independente e a vida dos seriados vai ser a sua realidade. Mas o pior não é isso, o problema é que as pessoas a sua volta acreditam nessa ilusão. Familiares e amigos sempre vão acreditar em você, mesmo que saibam que a realidade é cruel.
Se você está nessa fase não desanime, ela é ótima e necessária, acredite!!
Próxima fase? Tentativas!!
Aos 22, 23 anos o tempo de sonhar já passou e as conquistas onde estão? Nesse momento, a cobrança é interna. Para superar o peso na consciência, advindo da percepção da realidade, uma tática muito usada é planejar. Nessa hora, minha amiga, tudo é válido. Planos de que o que você está passando é uma fase, que isso é uma experiência necessária para que um pouco mais a frente, o sucesso seja conquistado. E o pior você tem a certeza absoluta que é só se dedicar um pouco mais que vai dar certo.
E os outros, como te vêem nessa história? Ah, os outros....
Bom, nesse período ainda acreditam em você, mas o medo das suas tentativas serem frustadas e você perder suas poucas conquistas já começam a surgir. É nessa fase que muitos se frustram ao falar de suas idéias, principalmente para pessoas mais velhas. Apesar da idade, minha amiga, o medo e as incertezas continuam lá.
O lado bom dessa fase? Todas as conquistas, por menores que sejam, tem um gostinho muito especial de esperança.
Minha amiga leitora, a partir desse momento uso da experiência alheia para orientá-la. Você sabia que certos diretores só aceitam atores que passaram por situações dramáticas? Eles não descobriram o quanto é possível aprender com as experiências de outros. Uso desse recurso para orientá-la.
Lembra do meu amigo que começou toda a discussão durante o intervalo? Então, ele está no que eu chamo de terceira e decisiva fase.
Aos 30 anos, o sonho de muita gente, e me incluo nessas pessoas, é ter conquistado estabilidade. Mas e quando isso ainda não aconteceu? Nesse caso minha querida amiga, a cobrança deixa de ser interna. E a esperança dos outros em você deixa de ser um incentivo. Cobranças externas sobre família, emprego e casa própria, começam a ser martelados na cabeça dos trintões. Há quem consiga transformar a cobrança em um degrau, mas a grande maioria não lida tão bem com isso.
Peço agora licença para pular alguns anos... e aterrissar nos cinquentinha! Você que está na primeira ou segunda etapa tem falado de planos futuros com pessoas dessa fase? Se ainda não teve essa idéia, cuidado ao colocá-la em prática. Ao passar pela fase da cobrança muitos traumas são guardados. A cada vez que eles pensam em algo novo, os riscos e o medo da volta das incertezas e cobranças serve como um freio.
A vantagem dessa fase? A experiência.
Um dos maiores dilemas dos administradores hoje é decidir o que priorizar: Se a vontade de mudar o mundo, ou a experiência de quem já viveu neste mesmo mundo.
Agora, minha amiga, você que teve a paciência de ler até aqui esperando uma resposta, sobre qual fase é a melhor, ou como superar cada uma com tranqüilidade, sinto ter de desapontá-la.
Como disse acima, ainda estou na segunda fase. Não pretendo mais mudar o mundo, mas ainda quero conquistar um pedacinho dele para mim!! E você?

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

24 é quase 30 ?


Me lembro quando fiz meus quinze anos, pra mim que sempre fui considerada responsável e "madura" pra tal idade, essa data era considerada como os dezoito anos de uma menina normal. Nos meus quinze anos não houve bolo cor de rosa, valsa e presentes para a menina que está prestes a se tornar moça. Os meus interesses naquela época eram outros que comentarei em uma outra ocasião.
Eu me sentia bem com toda essa responsabilidade que me era dada, na verdade nunca reclamei do que a vida me ofereceu, mas hoje acho que não deveria ter sido assim.
Os meus dias foram passando cada vez mais rápido pela janela da minha vida, hoje estou com 24 anos ( e meio) e me sinto como se estivesse com 30! É verdade, às vezes eu me apavoro com a velocidade dos anos, e me sinto digamos "amarrada" em relação ao que eu tenho feito para aproveitar eles.
A minha vontade de beijar todos os gatinhos da balada não sumiu, mas diminui consideravelmente! Já não vejo mais graça em bebedeiras desenfreadas durante todo o fim de semana, e pra chegar na minha cama, só passando pela sala! rs
Acho que preciso me redescobrir, sinto que mais uma vez estou mudando de fase precocemente e isso me confunde. Me imaginei com 30 anos, independente financeiramente, com marido e filhos. A independência financeira não está tão distante, já não posso dizer o mesmo do marido e dos filhos...
É...hoje é sexta-feira, e eu troquei uma reunião (como sempre animada) com as amigas desse blog, pela solidão da minha casa vazia, assistindo um filme melancólico que só me dá vontade de chorar.

Obs: Antes que as minhas amigas de 30 anos se rebelem, não há nada contra os 30, há contra o que eu sonhei pra mim nessa fase.

Cenas de uma noite de verão

- Mas aqui?!
- É, gatinha, por que não?
- A gente tá na balada!!!
- Ninguém tá olhando. Todo mundo tá preocupado com a sua conquista. E você acha que fizeram esse corredorzinho escuro aqui no meio pra quê?
- Ai, será?
- Vamos...
E avançou pra cima dela. Ela, meio a contragosto - ou nada a contragosto - mostou o canto mais escuro do corredor. O clima foi esquentando. Mão naquilo, aquilo na mão. Já não se sabia mais quem tinha atiçado quem. E, quando ele coloca a mão por baixo do vestido dela, ela pula.
- Calma!
- Ah, gatinha... tá tão gostoso... Prometo que não vou fazer nada que você não goste.
Bobinho.
- Não é isso. É que... peraí...
E pega a bolsa. Fuça daqui, fuça dali... Mesmo em balada, bolsa de mulher sempre tem tudo - e mais um pouco.
- Achei!
Ele olha, incrédulo. Ela tirara da bolsa um pacote de camisinhas. Ele, que pensava apenas em animar um pouquinho a garota e quem sabe conseguir arrastá-la pra algum motel tinha levado um golpe ainda maior do que o que pretendia.
- Mas aqui?
- É... ou você acha que ia me deixar passando vontade?
- Eu tinha pensado em ir em um lugar mais íntimo...
- Ué, você mesmo disse que aqui ninguém ia ver...
- É, mas...
- Ah, não, a minha amiga tá ali do lado, eu não posso deixá-la sozinha. Tem que ser aqui.
- Você tem certeza?
A resposta foi um pulo. Pra cima dele. Se ajeitaram como podiam, ele meio que a segurando, ela com uma das pernas em torno dele. Ela nem se preocupou com a amiga, que assistia, ao lado, a cena inteira de camarote. Ou com os seguranças, que ficaram animadíssimos com a ousadia. Entre eles, comentavam:
- Se deu bem o malandro, heim?
- E como! Esse aí é dos meus, garanhão.
- Também. Encontrou uma fácil. Biscate assim, até eu.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Abrindo o zíper

“Deixe-me ver tua bolsa que eu te direi quem és”.
Sim, é possível desvendar uma mulher por meio da bolsa, daquilo que ela carrega consigo. Os apetrechos carregados na bolsa constituem enredos, é o fio da meada e pode ser o começo, meio e fim de uma história.
Já salvei um homem da tortura de uma cólica, possivelmente renal, porque na minha bolsa tinha remédio para isso. Ele estava no ônibus e de estrada tínhamos pelo menos mais umas 15 horas. Ele me agradeceu inúmeras vezes durante o percurso e a mulher dele, antes de eu descer do ônibus (eles tinham mais estrada pela frente), fez questão de frisar: “Você salvou meu marido!”.
Pois é. Na bolsa carregamos tudo aquilo que precisamos, que achamos que vamos precisar e que temos certeza que nunca vamos usar (mas, qualquer coisa tá ali, é só pegar). Cientes ou não do conteúdo de nossas bolsas, esperamos despejá-lo aqui, expondo nossos dias de chuva e de sol, o nosso lado filha-irmã-mãe-tia.
Mexendo na bolsa falaremos de amor, do não amor e de um possível amor. Também vamos nos deliciar narrando nossas pitorescas aventuras de solteiras. Amantes do sexo masculino, destinaremos a eles um tanto de nossos versos (com ou sem rima) e de nossas prosas. Pode abrir o zíper. Vasculhem as nossas bolsas!