terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Filho de José com José


Queridas e queridos. Há muita pauta ainda a ser discutida por aqui, mas durante essa semana recebi uma notícia que gritou pela minha atenção. A Cidade do México aprovou por esses tempos uma lei que iguala os direitos dos homossexuais aos dos heterossexuais. Como os dieitos (todos) são iguais, inclui-se o direito à adoção. Nada mais justo, e um avanço nos dias atuais. Nossa digníssima Igreja Católica, que não possui padres pedófilos que também diz não ser homofóbica e acolher a todos com amor teve que manifestar-se, é claro. Para a instituição os gays querem adotar pois têm "o perverso propósito de usar as crianças para pornografia infantil, abuso sexual, prostituição e outras coisas". Bem, estes dias conversando com minha amiga sobre a questão de adoção, ela chegou a comentar que existem mulheres que não vieram ao mundo para ser mães, vide os casos de mulheres que abandonam as crianças em latas de lixo ou que abusam dos filhos. Diante disso nos questiono: Não podem existir homens gays que tenham nascido para ser pais? Quanto a isso a igreja também se manifesta dizendo que, além de faltar a figura materna, como as crianças vão apoiar-se na figura de um pai? A resposta que eles querem, provavelmente, é que as crianças cresceriam querendo usar salto ou emprestar o batom da amiguinha. Ah, me poupem. Caminhamos tanto para chegar em nada? Eu, particularmente queria tanto ser pai. Poder chegar em casa e ver meu filhinho brincando na sala e poder cobrá-lo do dever de casa. Ir a reuniões escolares e poder levá-lo na natação. E, eu juro, jamais teria a capacidade de querer abusar dele. Por que querem tirar esse direito de mim? Sonho com a sociedade que me olhe sem mácula. Que me perdoe por amar o mesmo sexo. Ou simplesmente que me perdoem, por querer amar.

15 comentários:

  1. Sou a favor do amor! Não importa como!
    A igreja é contra tudo, tem padre ai que faz coisa muito feia e nem por isso é condenado. Agora, quando um casal gay quer dar educação, amor, carinho, etc, são condenados...?
    Esse preconceito tem que acabar!

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  2. Quanto a questão do abuso, eu acho que só um maluco para fazer isso, e aí, não há opção sexual.
    Mas quanto ao desenvolvimento da criança eu acho que é um ponto que tem que ser observado, venhamos e convenhamos, tem homossexual e tem bixas, os homossexuais apenas gostam do mesmo sexo, mas as bixas querem ser mulheres, (entende? Não é uma critica é só uma observação. Creio que todos já perceberam esses dois lado da moeda gay. Já ouvi o termo "Afetado" dito por um homossexual). Pense no desenvolvimento da criança com esse perfil psicológico do pai (dos pais) Acho que nesse caso a criança seria afetada pelo comportamento do pai homossexual sim. (A influência acontece também em casais heteros) Mas em um casal dito normal, a criança ainda tem a opção, de se desenvolver para uma relação normal, ou optar pela homossexual. Mas se os Pais homossexuais forem conscientes e deixarem a criança escolher (e não utilizá-la como um aprendiz de homossexual) acho que não teria problema, (como também acho negativo que uma criança seja educada por pessoas preconceituosas ou pré-deterministas).
    To com preguiça de escrever mais, esse é um tema polemico, mas acho que a pessoa que quer adotar uma criança (seja homossexual ou não) faz isso por querer algo mais, como você diz no seu texto: “Eu, particularmente queria tanto ser pai. Poder chegar em casa e ver meu filhinho brincando na sala e poder cobrá-lo do dever de casa. Ir a reuniões escolares e poder levá-lo na natação”, simplesmente amar. (se bem que quando a criança chegar nos 14 anos vai ser uma revoltada, que vai te xingar e culpar por todos os problemas dela, igual o sobrinho da Larissa vai fazer com ela por ela tirar aquelas fotos dele)

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  3. Akeryus, entendo seu ponto de vista, mas se o cara for "afetado" ou "bicha" como você diz, a criança vai ter que crescer usando gliter? E qual seria o problema nisso? Vamos criar mais gays para o mundo? Concordo com você em deixar as crianças livres, e por isso mesmo se elas quiserem também ser bichas, fiquem a vontade. No meu caso eu orientaria meu filho para não ser um bicha devido ao sofrimento que essa classe acaba passando pelo preconceito. Mas como não temos domínio sobre isso e nascem "bichas" de casais héteros também, fica assim. Também é direito para todos. Não há como ter uma lei que diga: Vocês são um casal que não dá muita pinta então podem adotar. E também sobre os problemas na adolescência, sempre há. Principalmente com adotados. Nada que não possa ser superado. Abraço, querido.

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  4. Sabe que a foto desta postagem já chama muito a atenção? Antes mesmo de complementarmos nossa surpresa com o conteúdo.
    O engraçado é que, mesmo apoiando os direitos iguais e a adoção de crianças geradas por mães, literalmente, desnaturadas, a imagem me chamou a atenção.
    Apesar de todo o apoio que oferecemos, ainda não estamos 100% acostumados com situações como estas. E isso me envergonha. Por isso reparamos tanto em coisas que deveriam ser de praxe.
    Com educação, valores e amor, que estas crianças sejam acolhidas independente da estrutura do casal, sejam heteros, gays ou solteiros.

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  5. Fiquei me pergutando se me suprenderia ver, ao vivo, um casal gay com crianças. Achei normal, porque acredito que a adoção é um imenso gesto de amor e que nem td o homossexual é pervertido. Acho que é também porque duvido de td mundo, sempre falava para o meu irmão ter cuidado com quem deixava o meu sobrinho, pq qualquer pessoa podia ser pedófila, qualquer pessoas podia bater nele ou fazer um outro mal. Conheço um avô aqui de CM mesmo que passou anos abusando da neta, td mundo na casa sabia, inclusive a vó, a mulher dele e a mãe por duas vezes (é o que dizem que são as avós). Ninguém nunca fez nada para conter o velho tarado de imagem boa e de carater jamais duvidado. As aparências enganam e o fechar os olhos é mt mais fácil...Logo, existem pessoas que não nascem para serem pais e outras que possuem o dom natural de ser, gays podem e devem ter esse dom, visto que são gente como a gente!

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  6. Verdade mesmo Maju. Ontem mesmo conversava a respeito disso com minhas amigas. Eu perguntei a elas: "Vocês dizem apoiar mas já imaginaram MESMO um casal de homens cuidando de uma criancinha?" Ficou um ponto de interrogação no ar por parte de uma. Outra disse que não estamos mais na era do preconceito. Sabe o que é? É que é muito incomum inaginar família Gay. Estamos acostumados com os gays. Mas não com os gays constituindo famílias.

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  7. Larissa, você consegue enxergar à frente de muita gente. Inteligente, demais.

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  8. É Mr.R. Talvez um mundo com mais gays faça o preconceito ficar menor, e a terceira classe, e os filhos dela, possam ser mais livres para suas escolhas.
    Quando disse sobre os 14 anos me referia ao geral. É normal, independente da opção sexual do pais.

    PS: queria ter escrito o que a Larissa escreveu.

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  9. Este comentário foi removido pelo autor.

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  10. Realmente um assunto que me xama a atenção..
    eu adoraria ser pai junto a outro pai..
    apesar de ainda em assustar com a sociedade, e a forma com que ela enxerga essa situação..
    mas nos homosexuais, ja por natureza propria.. na grande maioria passamos por algum tipo de abuso..
    pq motivo iriamos adotar uma criança para agir da mesma forma.. é a mesma coisa de uma criança criada por um casal HT.. depois que cresce não quer comenter os mesmos erros de seus criadores..
    nos homosexuais temos a tendencia de nos superarmos em tudo que fazemos.. para suprirmos uma imagem que o ser humano tem de nos..
    então concerteza nessa situação não seria diferente..saberiamos como criar uma criança assim como qualquer outro pai ou mãe.. esta em nosso sangue o ato de proteção.
    independente da situação sexual ( pois não é opção)o amor se origina e se expande da mesma forma.

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  11. Muitos Ht’s ainda* se sentem ofendidos quando vêem um casal gay; e imaginem só como se corroem ao imaginar gays adotando crianças; com toda certeza o mundo não está livre do preconceito; agressões e muito menos do abuso sexual de menores; é gritantemente intragável que isso aconteça, mais somos meros mortais sujeitos a “ver” certas coisas que nunca conseguiremos nos adaptar; e nem devemos! Já no caso de homens e mulheres escolherem alguém do mesmo sexo para se relacionar o mundo terá que se adaptar; e que isso seja LOGO!!! Pois sem preconceito seriamos bem mais felizes & acredito SIM, que crianças vivam felizes mesmo que adotadas por casal gay; pois crianças adotadas ou não que muitas vezes vivem só com o pai ou a mãe; mesmo não tendo a figura do outro sexo... nem sempre viraram gay’s! ahhhh 'eu asho! Enfim... Adotados no geral se revoltam [/fato]; e concordando com a Mari “Sou a favor do Amor” & independente de guerra/paz dos sexos; cor e estilo de vida o Amor e a Felicidade pode modificar muitas coisas. [/neah!?]
    Homem da capa rosa tenho certeza que um dia você vai ver seu filhinho fazendo muita bagunça em sua sala; a parte Gay do meu ♥ que descobri á pouco, que diz! [/fé]
    Cada dia que passa encanto mais & mais com esse Blog; Suuuper Parabéns ‘Mexendo na Bolsa’ Besos e até logo :*

    [ignoremoserrosOk:$]

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  12. Adoção, na minha opinião, é uma grande demostração de amor. E se é amor, vale a pena. Sempre. De qualquer maneira.

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  13. "Enfim... Adotados no geral se revoltam [/fato]"
    Preciso discordar disso. Poderia dar uma lista de pessoas que foram adotadas e não são nada revoltadas com isso...
    [;)]

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  14. Concordo paulinha..também conheço pessoas bem próximas que ao invés dessa"revoltam" sentem amor, gratidão, até mais que um filho de sangue.
    Quanto a adoção por um casal homossexual, acredito que por enquanto ainda choca mesmo as pessoas, (e eu me incluo nisso) mas as coisas estão mudando mesmo, como diria a minha avó, rs!Aos poucos isso se torna normal, e a idéia já não é tão absurda.
    Crianças precisam de amor e dedicação independente do sexo dos pais, muitas mães(ou pais) criam os filhos sem a ajuda de ninguém, sozinhos e nem por isso a sociedade põe o bedelho alegando que essas crianças serão ou não prejudicadas por tal situação.

    Como diria a Lari
    A favor do amor e do respeito S2

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  15. Eu conheço um rapaz que foi criado por um casal homossexual, do sexo feminino. A diferença é que ele não foi adotado, foi gerado pela mãe, mas não era estranho. O mais legal, observando tanto preconceito mundo afora, é que eu nunca ouvi nenhum comentário dos meus colegas sobre isso, mesmo com as mães tão próximas (eram professoras na minha escola, uma delas minha treinadora de futsal).


    Mas, infelizmente, muita gente não vai entender, criar caso e espalhar preconceito em um dos atos mais lindos. Quando casos como esse forem mais comuns http://noticias.terra.com.br/brasil/interna/0,,OI1264399-EI306,00.html, quem sabe não haverá tanta criança em situação de abandono neste País.

    Vai lá, Homem da Capa Rosa!

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