sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Você, linda, assim?


Hoje eu subi na balança e me assustei com os números que apareceram no visor: 56,1.

Achei estranho, coloquei o Totonho, mas o peso dele estava normal. Subo de novo e a mesma surpresa. Estranho.

Logo pensei que aquilo era uma prova prática de que quando você esquece de perseguir alguma meta, ela aparece ali, inteira na sua frente. Um minuto depois, decidi procurar por um médico.

Aos 14 anos eu pesava 56 quilos. Aos quinze era uma atleta e tinha seis a mais, conseguidos em menos de três meses. Desde aquela época os 56 eram a minha meta, independente do manequim. Fiz mais exercício do que já fazia, mesmo pedalando algumas dezenas de quilômetros e treinando algumas horas por dia. Restringi a alimentação e cheguei perto, bem perto, de passar da compulsão alimentar, meu extremo, à bulimia.

Experimentei regimes, troquei dietas, aprendi a comer melhor que qualquer pessoa que eu conheço e a valorizar a boa comida, seja ela uma pitanga colhida no mato ou um prato sofisticado - sem contar calorias, embora saiba quantas delas há em cada alimento. E agora me perguntei: e se aos 15 eu tivesse chegado nestes 56? Possivelmente iria querer baixar cada vez mais, até chegar a nenhum limite? Felizmente, não foi isso que aconteceu comigo, mas é o que acontece com um percentual crescente de meninas. O exemplo disso é a figura das modelos nas semanas de moda e de celebridade cada vez mais “enxutas” .

Sim, elas estão longe. A insatisfação com o próprio corpo ou com o peso, não. Ou vai dizer que você nunca desejou perdeu alguns quilinhos, mesmo sem precisar, vai? Da preocupação ao transtorno, a distância é pequena, palavras de especialistas ouvidos por mim, aqui.

E para você, o que importa, minha amiga: sacrificar refeições e um pouco de sua saúde para entrar naquela calça manequim 38 ou assumir seu biótipo e abdicar da busca por esse padrão de beleza? A palavra, agora, é sua.


P.s.: o médico vai ser consultado para saber se há algum problema fisiológico, afinal, foram quatro quilos em duas semanas sem nenhum esforço ou restrição para perdê-los. Há quem diga que seja paixão não resolvida, mas sobre isso, hoje fica o silêncio.

;P

8 comentários:

  1. Graci, to orgulhosa que você alcançou a sua meta. Mas vá mesmo a um médico. E engorde um pouco, pq quando vc estava com 58 já estava esqualida demais!
    Amei seu texto. Sempre amo.
    Para mim, queria ter mais força de vontade para sacrificar uma ou outra refeição... mas acho tããããão difícil!!!
    Se cuida!

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  2. Aliás... acho mulheres magras demais feias. Só para constar.

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  3. Como a Paulinha disse, mulheres magras são feiassss de mais mesmo!
    eu tenho 1.50 (arredondei a altura odeio numeros quebrados) e ja cheguei a pesar 39 kilos.
    eu era praticamente pele e osso.
    Engordei 12 kilos quando fui pro peru, que não consegui perdelos.
    Atualmente to com 54 batalhando pra chegar no 50.
    Prefiro eu cheinha do que magrinha
    Cheinha tem carne onde pegar! e as magérrimas são sacos de ossos!
    haiuhaiuhaiuahiauhaiuhaiuhaia
    mais nunca descuide da saúde!

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  4. Sabe o que é Graci?? é a seu inconsciente desejando entrar no meu vestidinho bordô. hehehheheh!! Se cuide!

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  5. É meninas... Saúde é coisa séria. Ficamos alienados pela sociedade que dita uma magreza infindável e sofremos as consequências pesadas disso. A questão é estar bem com aquilo que é. Se a saúde está boa não há motivo para mudar. No caso oposto já é diferente... Olhem no espelho e vejam outro tipo de beleza... Aquela que somente vocês têm... Beijos, amo vocês.

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  6. Oooo Graci, que poder vc! Mas se cuida menina...eu ainda chego a minha meta tb. O que não pode é ficar neura com isso. Magreza demais nunca é bom né. Beijos

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  7. Ooo gente! 56 já é menos do que eu preciso, por isso mesmo tô me policiando e me entupindo de comida, haha...

    Prometo que só fico bem magra até usar o vestido da Mari!

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  8. Sobre esse assunto, prefiro não comentar. Mas já comentando: Invejo seu metabolismo. Hahaha.
    Beijos, Gracibíades

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