domingo, 30 de maio de 2010

A soberania da fraternidade



Amigo é o irmão que a gente escolhe. Mas, peraí, se é o irmão, então ser irmão é uma coisa boa, não?
Contudo, quem é que tem irmãos que nunca brigou com eles?
Por outro lado, quem é que nunca defendeu ou foi defendido pelo irmão?
Só quem tem irmão sabe o que é querer matar ele de tanto bater mas não deixar ninguém encostar uma pluma, que seja, nele.
Psicólogos afirmam que a relação entre irmãos é cheia de ambiguidades. Eles não apenas se amam, detestam-se, por vezes. "Sentimentos contraditórios fazem parte da natureza humana, e a relação entre irmãos é uma das quais esta contradição se faz mais presente", afirma a psicóloga infantil Fabiana.
Para ela, quando uma criança vai nascer, os sentimentos vão de medo de perder o lugar na família para o novo bebê até a vontade e, ainda sim, o medo de que ele também não goste dele. "Esta relação é diferente dependendo da idade da criança mais velha, da dinâmica familiar configurada antes da gravidez e essencialmente, da forma como os pais conduzem o processo", explica.
É bom que a família auxilie as crianças a construirem um alicerce forte desde a infância. Isso, contudo, não é muito difícil. Irmãos são, frequentemente, confidentes, amigos e cúmplices - e, na minha opinião, isso torna ainda mais bonita a união fraterna.
Acredito que a relação entre irmãos é uma das mais bonitas que existe. Eu tenho 3 irmãos e somos todos muito unidos. Apesar das brigas, apesar das diferenças. Dos meus irmãos eu aceito as piores críticas, aquelas que não quero mesmo ouvir. E deles ouço, reflito e, volta e meio, me adéquo. E com vocês, meninas e meninos, é assim?

Mais sobre meus irmãos aqui, aqui, e aqui.

sábado, 29 de maio de 2010

Homens não terminam relacionamentos

Nada comprovado cientificamente, apenas observações de quem teve alguns relacionamentos, e, principalmente, de quem presencia os desenlaces alheios.

Exceto uma ou outra, a maioria das mulheres que conheço são as que colocam o ponto final na relação. O “não quero mais”, “chega disso”, “sai da minha vida” é dito por elas. Acredito que isso não chegue a ser uma regra, mas, para mim, homens não terminam relacionamentos, fazem você terminá-los. A nossa amiga Paula falou um tanto sobre o assunto na sua última postagem, quando citou a antropóloga Mirian Goldenberg, revelando que “os homens se acomodam na relação e não têm coragem de por um fim em tudo. Tanto isso é verdade que, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 80% das separações litigiosas são iniciativa das mulheres.”
Quando comento sobre o assunto, afirmando que o sexo masculino estica ao máximo a relação, empurrando-a com a barriga até a companheira dar um basta, a maioria concorda comigo. Uma das minhas amigas admitiu que isso de fato acontece. “Meu ex me deixava louca, ficava com várias gurias, certamente estava querendo que eu terminasse”, concluiu. Ela foi e acabou o namoro. Mas, se não tivesse terminado, ela admite que pudessem estar juntos até hoje. “Se eu não terminasse, nós continuaríamos juntos, afinal era cômodo para ele”.
Um conhecido admitiu que prefere não terminar nada, espera sempre que a mulher tome a atitude. “Mulheres fazem drama demais quando um homem termina o relacionamento. E nós só terminamos quando percebemos que ela, realmente, não vai terminar”, garantiu.
E você, concorda que os homens não terminam o namoro? Pense. Quem terminou seu último caso, ele ou você?

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Pare de reclamar.


Cansa sempre ter algo pra reclamar. Reclamar pra mim mesma cansa e me faz me sentir tão estúpida quanto contar todas as minhas angústias, continuamente, para um mesmo amigo. Cansa escutar reclamação alheia e pra isso existe o verbo fingir. -Oi, tudo bem? -Tudo e você?. Não, não tá tudo bem. Mas é convenção e você não diz, logo na primeira frase da conversa, que está triste. Fingir que a felicidade é contínua ou se acostumar a viver assim, parece ser a saída. O comodismo incomoda. Incomoda também a dessincronização de planos e objetivos entre duas pessoas. Isso também cansa. Tentar ajustar as vontades, tentar fazer alguém gostar mais de você, tentar mudar de foco, tentar outro amor, tentar novas amizades.
A impressão é que a gente passa a vida na tentativa.

E como para tudo existe um “mas”...
mas somente desta maneira aprendemos a enxergar o que existe além do nosso campo de visão.
mas podemos, através das reclamações de outrem, perceber que nossos problemas são pequenos.
mas nos engrandecemos escutando, ainda que mil vezes, a mesma reclamação. E enxergamos com mais clareza nossos próprios defeitos.
mas, falando em defeitos, amenizamos os nossos quando incomodados pelos dos outros.

O clima, a chuva, o salário, a tendinite, o frio, o calor seguido do frio, a espera, o molho na camisa, a música ruim, o pé na bunda, o trânsito, a falta de tempero, a fila, o caixa eletrônico, o governo... valem o tempo da reclamação?!

Eu reclamo. Muito.
Alguém tem mais alguns “mas” pra me emprestar? Pare de reclamar!

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Mcdonald's Gay




Olá garotas, já estava com saudades. Bom, recebi um e-mail sobre um livro que explica os benefícios da amizade entre gays e mulheres. Me interando acerca da obra de
Andrea Franco, posso afirmar que fui desanimando, sobretudo com um comentário da própria autora que diz que ter amigos gays "está na moda, é chique e fashion". Me senti um chaveirinho. Não fosse o fato de eu conhecer bem as amigas com as quais convivo ficaria com um pé atrás. Por outro lado fiquei contente com o comentário de Andrea que diz: "Eu vou amar se ele for honesto, íntegro. E tenho amigos assim, que por acaso são homossexuais. Eles geralmente são pessoas descoladas, de bem com a vida e ótimos para oferecer um ombro amigo". Bem, com deslizes da autora ou não, achei interessante o fato de colocarem a questão da nossa amizade em foco. Eu me sinto inteiramente privilegiado por poder saber dos assuntos da roda feminina e sentir que elas confiam em mim demais. As vezes penso que tenho uma responsabilidade enorme nas mãos, porque queira ou não ainda sou uma opinião masculina. Porque, nós gays. somos homens, mesmo amaaaando o mesmo sexo. Homens. É claro que temos qualidades diferenciadas dos héteros, mas essencialmente, somos homens. Agora, toda essa discussão me deixou curioso sobre a amizade gays e mulheres. Eu sei que existe muita gente no mundo (homens, mulheres, gays, lésbicas,bi...) que seguem conselhos de revistas adolescentes para seguir suas vidas, como por exemplo... "não transe na primeira noite", "espere ele ligar" (mesmo que esteja morrendo, ele que ligue), e nessa lista se encontra... "tenha um amigo gay". Não é o meu caso, graças a Deus, mas imagino muitos gays por esse mundo afora que são encarados desta maneira. Que triste, não? Bom meninas, expressem suas opiniões sobre a nossa amizade e afins... Só deixo uma mensagem... Que nos apaixonemos pelas pessoas pelo que são, por tudo que carregam em suas vidas e corações... E não porque é moda ou fashion... Novamente, obrigado Deus pelas amigas que tenho (ELAS SÃO DE VERDADE), e vamos abrir os olhos dessa sociedade que encara qualquer ser humano como ventríloquo e marionete de revistinhas adolescentes. Coloramos...

PS: Coloquei também um vídeo de uma propaganda do McDonalds que acabou de sair na França, (matéria de www.paroutudo.com.br) Um jovem está na lanchonete vendo uma foto com várias pessoas. Recebe uma ligação e diz que está com muitas saudades enquanto acaricia alguém na imagem. Logo, diz que precisa desligar porque o pai está vindo. O pai chega e diz: “É a foto da sua turma? Eu me parecia com você na sua idade. As garotas eram loucas por mim. Pena que só há meninos na sua classe. Você faria muito sucesso”. A resposta do jovem é um sorriso de quem não discorda nem concorda com a afirmação. Por fim, um slogan aparece: “Venha como você é”... PRECISAMOS DISSO POR AQUI, BRASIIIIIL!!!!

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Tamanho é documento????



Desde quando tamanho é documento?

Eu tenho menos de 1.45, já tive muita vergonha e raiva de ter essa estatura, mas hoje fico contente por muitas pessoas falarem que eu tenho menos de 22 anos (salvem meus poucos centímetros!).

Tamanho é documento? Até que ponto eu não sei...Sempre gostei dos homens grandes, dos tipos altos (e dos baixinhos também, lógico), mesmo eu os achando um desafio, já que é como se eu pegasse uma corda para escalá-lo.

Conheci um desses homens altos, ou melhor, homem desafio. É uma pessoa incrível, muito querido e amável, super simpático e fofo, em resumo, para mim seria o homem perfeito, a não ser pelo porém que o mesmo carrega consigo. Tudo nele é proporcional a seu tamanho! (já devem imaginar no que eu estou falando né?). Resultado dessa brincadeira: duas pessoas frustradas.

Ele por não conseguir me oferecer tudo o que queria. E eu por ver a cara dele, além do incomodo, acabei me frustrando. Na hora ele desabafou. “Todo mundo reclama disso!”. O que falar para alguém nessa hora?

Eu sempre sofri com meu complexo de inferioridade, mas ele sofre complexo de maioridade – grandeza - superioridade, o que dizer para alguém nessa situação? Muitas afirmam que quanto maior, melhor. Eu não compartilho dessa opinião...Eu acho que tudo independe de medida. Na verdade existem medidas que agradam e completam, mas o tamanho que para você é perfeito pode não ser para mim. E vocês, o que acham disso?



terça-feira, 25 de maio de 2010

Parabéns pra você... Se chegar lá



Crente, definitivamente, não é uma palavra que me define.
Mais ou menos como aquele São Tomé lá da bíblia, preciso ver para crer, embora para algumas coisas não seja bom tentar tirar a prova - os últimos 27 dias são um bom exemplo.

O que se passa é que eu, em uma das muitas segundas-feiras em que tento encontrar salvação para minha vida sem função, rolava de rir de um blog de uma mulher, assim, meio psicótica como eu, que plantou a ideia do inferno astral na minha rotina.

Para quem, como eu, não sabia, inferno astral é o período de um mês antes do seu aniversário. Neste tempo, dizem os astros, seu universo se desequilibra (ok, eu acredito que o meu é equilibrado) e muitas coisas negativas podem acontecer. Assustador, acreditem. Olhei para o calendário e calculei que faltava pouco mais de uma semana para bater um papinho de perto com o tinhoso dos astros. Claro.

A semana acabou rápido, passei mais uma segunda sem função e na quarta, quando meu mundo cai em forma de um bloco de anotações, um computador e uma página cheia de editorias para eu colocar ok, deu 8h20 no relógio e saí me matando para pegar o ônibus- como faço sempre, quando não atraso dois minutinhos mais. Antes de chegar ao meio do caminho, o ônibus passou, bem antes do combinado. “Tudo bem, é para eu tomar vergonha na cara e sair mais cedo, afinal, faço isso há dois anos, todo dia os mil metros rasos em tempo recorde”, justifiquei. E vim andando pelo mesmo caminho, quando afundei meu pé numa poça de lama, com minha sapatilha preferida. Continuei. Cheguei em casa, peguei o carro.

O carro não pegava de jeito algum. Seis meses comigo e ele nunca tinha dado problema. Minha irmã, que sabe dessas coisas de carro só porque pegou a CNH duas semanas antes que eu, foi lá e depois de tentar umas vinte vezes, fez o carro funcionar. Fui. Até a rodovia. Parei lá no meio, com o carro atravessado e me matei de empurrar para colocar perto do acostamento, o suficiente para eu poder sair correndo como uma condenada atrás do mecânico, que por sorte é casado com minha tia e mora a uns 500 metros de onde fiquei. Por sorte.

Ele levou meu possante meio de arrasto e me deu o dele, com a Clarinha, minha prima, dentro, para que eu fosse dirigindo. Resolvi fazer a volta ali mesmo e pá, não deu, e pum, quando vi estava de ponta quase caindo em uma valetona, com a menina dependurada no parabrisa. Minutos de tensão e suor frio na testa desta que vos fala. Foi quase, por muito pouco, que eu não fico naquela valeta com a gozação e o falatório eternos da minha tia. Nos salvei.

Quarta-feira, 28 de abril, consegui chegar no trabalho somente à tarde, depois de ter acabado com uma cartelinha de aspirina, mais azeda que o suco de limão do almoço. Comecei bem e é óbvio que não parou aí.

Desde então, coisas acontecem.
Bati o carro, sentei em um chiclete, me esborrachei no chão da boate.
Fui picada por uma aranha.
Derrubei molho na camisa, água gelada na calça, uma caneca de chá em cima da cama, outra na minha mesa. Bati os dedos de uma maneira estranha e eles doeram de forma colossal, acumulei hematomas em diversas partes do corpo, progredi de uma para três as batidas acidentais somente na minha sala.
Descobri coisas que não queria saber. Me assustei com essas coisas.
Quebrei minha cama, estraguei meu sapato, perdi meu pen drive com o Segredo de seus olhos, ali, inédito. Hoje eu ainda cortei o pé na minha corrida diária pelo ônibus, que atrasou 40 minutos, mas, em três dias, se acaba. Não que eu acredite, hein?

Por via das dúvidas, passo a tarde jogando tarô online.

P.s.: é claro que eu não acredito nisso. Não vai me dizer que acredita, vai?

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Mulher. E indecisa.



Não, não sou apenas eu. A Unilever já confirmou em pesquisa, inclusive, antes da sua campanha do Axe. O estudo foi feito em dez capitais brasileiras, inclusive em Curitiba. E revela que as mulheres são, sim, indecisas.
36% das mulheres, afirma a Unilever, culpam suas mudanças de humor repentinas pela suas dificuldades em transmitir o que realmente querem. É por isso que, de uma hora para a outra, mudam a preferência. São infinitas as razões que mudam o humor feminino repentinamente. Foram entrevistadas 882 mulheres e a pesquisa objetivava decifrar os anseios e preferências femininos. (Veja aqui a campanha que utilizou o resultado da pesquisa.)
Das conclusões, três se destacam:
- Brasileiras mudam de ideia o tempo todo
- Adaptam-se melhor às mudanças
- Têm facilidade para conversar sobre diferentes assuntos
Há quem acredite, inclusive, que a indecisão da mulher também seja causada por serem mais detalhistas na hora da escolha. Fazemos diversas análises antes de qualquer decisão. É possível verificar isso na hora das compras: quem nunca ficou em duvida entre um scarpin lindíssimo e aquela bota dos sonhos? Aí também entra a insegurança e a necessidade de ter - e dar - palpite.
Talvez por essa nossa inconstância que os homens acreditem que seja tão difícil nos entender. Porque, às vezes, nós mesmas não conseguimos.
E isso não acontece apenas em questões simples, como compra de um sapato, por exemplo. O Portal G1 veiculou uma reportagem que afirma que as mulheres também estão indecisas, até o momento, na escolha por um dos presidenciáveis. O levantamento do G1 é do Ibope e tudo indica que a maneira como Dilma e Serra se apresentarem nas propagandas e nos debates que vá fazer com que o público feminino decida - ou não - em quem votar.
Por outro lado, essa indecisão feminina, quando o assunto é relacionamentos, também se dá pelo fato de que as mulheres não se contentam, no geral, com pouca coisa ou com mesmice. Ao contrário do que afirma outra pesquisa sobre os homens. A antropóloga Mirian Goldenberg mostrou que os homens se acomodam na relação e não têm coragem de por um fim em tudo. Tanto isso é verdade que, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 80% das separações litigiosas são iniciativa das mulheres. Mesmo assim, como dizia Oscar Wilde, "As mulheres não sabem o que querem e não dão descanso, enquanto não recebem aquilo que querem". Assim, nós gostamos, está comprovado cientificamente, de sofrer e demoramos para superar um fim, enquanto eles superam mais rápido e tomam novamente seu rumo.
E você, muda muito de opinião? Vive sem saber que rumo tomar, como eu? Ficou interessado na pesquisa? Veja mais aqui.

domingo, 23 de maio de 2010

Pesquisa mostra que homens mentem mais do que mulheres

Uma pesquisa encomendada pelo Museu da Ciência, em Londres, que analisou depoimentos de três mil britânicos, concluiu que os homens têm maior propensão a dizer mentiras e sentem-se menos culpados em mentir do que as mulheres. O estudo indicou que cada homem britânico mente em média três vezes por dia, o que equivale a 1.092 mentiras por ano. Já as mulheres parecem mais honestas: em média mentem duas vezes por dia, ou 728 vezes por ano.
A pesquisa foi encomendada pelo Museu da Ciência, em Londres, para marcar a inauguração de uma nova galeria.
Perguntados sobre o tipo de mentira que contam com mais frequência, os homens entrevistados disseram que a mais comum é dizer que não beberam muito. Entre as mulheres, a mentira mais comum é a clássica "está tudo bem", usada com frequência para esconder seus sentimentos.
Segundo os depoimentos, a pessoa a quem o britânico tende a contar mais mentiras é sua própria mãe.
Um quarto dos homens (25%) admitiu ter mentido para a mãe, em contraste com apenas um quinto (20%) das mulheres
Existe uma mentira aceitável? A maioria, 82%, acha que sim. Por exemplo, mentir para proteger alguém é perfeitamente aceitável para 71% dos entrevistados. E 57% disseram que mentiriam a respeito de um presente de que não gostaram para não ofender quem lhes ofereceu a prenda.

E você? Como reage em relação à mentira e aos mentirosos?

sábado, 22 de maio de 2010

Eu consertava o mundo por vocë!!!!

“Minha filha, se eu pudesse eu consertava o mundo para vocês”. Nessa hora entendi o que significa amor incondicional. Tenho 23 anos e confesso que somente agora percebi o que todos falam sobre o amor de mãe. É lógico que a minha já tinha dado outras milhões de provas, mas foi essa que me tocou. O assunto era o mais corriqueiro, começou com um amigo falando que eu abusava dos meus pais. Contei para ela isso e conversa vai, conversa vem... ela fez uma proposta muito engraçada e ilógica... enquanto ria minha mãe disse isso!
Me lembrei de um livro, o caçador de pipas... no fim ele diz: Por você eu faria isso mil vezes!!

Se faço por merecer, acredito que não... Peco em vários pontos, mas acho que compenso em alguns. Sou fria sim, admito. Nunca disse eu te amo a eles, mas eles sabem. Demonstro sendo a companhia de minha mãe para assistir filmes no ninho de colchões na sala (apesar de que geralmente só vemos os começos). Chorei muito quando meu gatinho morreu atropelado, até hoje sinto um aperto quando lembro dele, mas nunca mais comentei sobre isso, pois foi um acidente e minha mãe nunca se perdoou por tê-lo ocasionado. Isso demonstra carinho? Não sei, penso que sim. É o meu jeito, pelo menos, nas pequenas coisas. Fui criada assim e não sei mudar.
Nunca pensei em ter filhos, imagino que não seria tão boa mãe, a não ser que exista uma mágica que mude a pessoa, sou egoista demais e ser mãe exige imenso desprendimento.
Mas e você percebeu já a sorte de ter ou, para alguns que sonhavam com isso, ser mãe??

sexta-feira, 21 de maio de 2010

A multiplicação dos efeitos femininos

Crise. A palavra crise foi constantemente mencionada no III Fórum Internacional de Comunicação e Sustentabilidade. Os palestrantes frisaram que há a necessidade de transgressão, de mudanças nos mais diversos âmbitos: social, político, econômico, cultural e ambiental. Para as mazelas, carências e, principalmente, para as vergonhas da sociedade foram apontados diversos caminhos, alguns deles já trilhados, que garantem o desenvolvimento de comunidades ou regiões marginalizadas. Das alternativas apontadas, dos trajetos que podem desviar a humanidade do caos, a mulher foi o destaque. Á ela foi atribuído os predicativos transgressora e multiplicadora.
Lucian Tarnowski afirmou que as mulheres causam mais impacto na sociedade do que os homens. “As mulheres são 50% da população mundial e também são mais de 50% das soluções do mundo”, ressaltou. Para ele, investir na força feminina, potencializando suas qualidades, essencialmente às relacionadas à mudança e à liderança, podem mudar o percurso da história.
É o que ele chama de The Girl Effect (Efeito Garota): “Invista numa garota. Não é uma grande coisa, é apenas o futuro da humanidade”, alerta o vídeo do Efeito Garota.Considerando o instinto maternal das mulheres, que se dedicam inteiramente aos seus filhos (doam-se integralmente - e às vezes até se anulam), acredito nesse efeito multiplicador feminino. Creio em mais educação, mais paz, menos fome e fim da miséria (mesmo que tardiamente), e você?

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Quarenta e cinco do segundo tempo.


Sua mãe já disse, seu amigo aconselhou, sua irmã lhe consolou. Só aprendemos a dar valor depois que perdemos.

E como um céu que só mostra sua cor de piscina plástica no último dia da viagem, você decide, insiste. Afinal de contas, se o céu deu esperança, mais um diazinho londrino vale a pena, não?!
E você dorme aguardando o último dia que não estava planejado. E acorda com um chuvisco que encharca seu calçado. É pior que a ‘pedra no sapato’. E atrapalha. Incomoda a vista. Embaça os óculos.
E você pensa que trocar o certo pelo duvidoso foi mais uma daquelas atitudes impulsivas que você está acostumado a tomar. Mas toma porque quer experimentar. Experimenta. E perde o certo.
Então você volta para o sol, para o certo. E vê que lá os óculos não embaçam. É claro.
Mas é ordinário, monótono. Não é Londres.
Agora você já não tem a mão contrária e muito menos os mistérios de Sherlock. Você perdeu o duvidoso.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Se um Ricardo incomoda muita gente...




Minha irmã está namorando de novo. Namorando de novo com um Alex.

“Já sei! É para aproveitar o mesmo anel, não é?”, perguntei, morrendo de rir da piada, enquanto ela dizia que eu estava era passada de inveja. Como eu tinha ligado o fazedor de perguntas e, àquela altura, já estava escolhendo a cor do meu vestido de madrinha no casamento - ela que ouse não me convidar para o posto - vi um sorrisinho de escárnio e ela dizendo que eu não tinha moral para falar dos Alex dela (embora um tivesse o feliz apelido de Sarita), porque passei metade da minha vida envolvida não com um, mas com alguns... Ricardos.

Parei na hora. Como assim?
Pensando bem – ou nem tanto, admiti: tive mais Ricardos do que mereci nessa minha vida, abafando o riso pela piada que me serviu.

Começou na escola, aos seis, com um coleguinha de sardas. Ricardinho, o infeliz. Era meio meu amiguinho e gostava da Vânia - é claro que meu primeiro amor começou com uma carga básica de masoquismo. Ele quebrou meu coração, saibam disso, mas continuou Ricardinho o resto da vida, só uns dez centímetros menor que eu. Casou, não com a Vânia, e somos amigos.

Anos depois, de novo um Ricardinho, mas nem tanto. Na viagem de despedida do terceirão, aos 17, podem crer, enfim alguém me beijou de verdade. Nunca mais o vi, mas não esqueci tão cedo.

Depois teve o Guicardo e a relação mais torta que se possa imaginar. Foram anos que merecem uma dispensa de comentários. Vejo e converso somente pelo que compartilhamos, com a sensação de que um oi e um beijo no rosto é bem mais que o necessário.

Para encerrar, mesmo com o aviso de um grande amigo sobre o nome do sujeito, acho que superei minha sina. Misturei tequila com Fernando Pessoa, foi divertido e não deixou nenhuma marca. Na verdade, quase tinha esquecido. Foi o derradeiro.


Enfim, eu não tenho moral para falar do nome do namorado novo dela, o mesmo dos mais antigos, me disse ela. É claro que o assunto não é relevante, mas acontece que fiquei curiosa: isso é um problema só das irmãs polakwalter ou é caso comum? Na boa, nunca vi, nem nas revistas mais inúteis, estatísticas sobre o assunto, por isso a pergunta, um tanto inútil, admito.

Se você tem ou não algum nome recorrente no seu rol de amores e desamores, manifeste-se. Se alguém tiver mais que um Vandercreysson, ganha um presente!


P.s. : o Ricardão (ô nome), colaborador da empresa em que trabalho, acho que desconfia da minha relação com seus xarás quando segura minha mão mais que o necessário durante o cumprimento cotidiano. Benzadeus, penso eu sempre, que minha cota de Ricardos nessa vida já tenha sido ultrapassada. Mais um não dá, não mesmo.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Tirar ou não? Eis a questão!!!!


Há três anos eu venho sofrendo com as minhas amídalas, elas inflamam de tal forma que eu passo pelo menos dois dias “off line” por conta de tantos remédios e dores pelo corpo todo. Me lembro da ultima vez que inflamou, a sensação era de que eu havia sido atropelada, meu corpo inteiro doía sem exagero.

Fui até meu querido médico que me trata há tempos, e disse: Dr. Eu quero muito tirar as amídalas! Eu não agüento mais tomar antibióticos, ficar de cama, febre e meu corpo dolorido! (detalhe, esta consulta era a quinta consulta em um ano que eu fui para tratar da garganta inflamada)

E o médico foi categórico em sua resposta: Não, você não deve retirar as amídalas! Lógico que eu questionei com um sonoro POR QUE NÃO? E ele me respondeu que não era necessário!

Como não é necessário??? Em um ano cinco vezes minhas amídalas estavam igual a uma couve flor, eu perdi tantas coisas estando em baixo das cobertas com 40 graus de febre tomando o antibiótico mais potente do mercado, passei o ano novo com a garganta inflamada, não pude comer nem tomar nada porque não conseguia(minha mãe faz uma comida muito boa e fiquei irritada por não comer). Hoje se eu tomar um antibiótico para qualquer outra coisa, ele demora para fazer efeito, pois de tanto que já tomei, criei resistência a porcaria do remédio.

E agora, resolveram ligar o ar condicionado no -10°, e hoje quando acordei, adivinhem??? Garganta inflamada novamente!

Vou ao médico novamente, e se ele se recusar a retirar minhas amídalas, eu vou procurar outro médico que o faça!

E me respondam, para que servem as amidalas a não ser para inflamar?

domingo, 16 de maio de 2010

Entrega do Kit Mês da Mulher



Renata Tavares, a sortuda que ganhou o primeiro Kit do Mexendo na Bolsa, recebeu seu prêmio nesse final de semana, ao vir a Campo Mourão. Renata, parabéns! Esperamos que tenha gostado muito e que continue participando.
Grande abraço.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Humano, demasiado humano


Relacionamentos são coisas complicadas. Existem aqueles que acreditam que a vida deve ser totalmente compartilhada, deixar de lado a individualidade em prol das vantagens de ter alguem para dividir os problemas. Mas existem alguns que acreditam que toda relação é uma forma de ter poder sobre o outro. Nessa lista entra o filósofo Nietzsche. Duvida? Então, dá uma lida em um trecho do Humano, demasiado humano:

Houve uma época em nossas vidas em que estávamos tão próximos, que nada parecia obstruir nossa amizade e fraternidade e apenas uma pequena ponte nos separava. Quando você ia subir na ponte, eu lhe perguntei: e Você quer atravessar a ponte até mim? Imediatamente, você deixou de querê-lo e, quando repeti a pergunta, você ficou silente. Desde então, montanhas, rios torrenciais e o que quer que separe e aliene interpuseram-se entre nós e, mesmo que quiséssemos nos reunir não conseguiríamos. Agora, ao pensar na ponte, você perde as palavras e soluça e se maravilha.

Ou seja, qualquer sentimento ficou perdido ante o medo de perder o livre arbitrio.

No matrimónio existem apenas obrigações e alguns direitos. As convicções são cárceres e o macaco é um animal demasiado simpático para que o homem descenda dele

Não sou tão radical, mas devo dizer que adorei o que o alemãozinho complicado escreveu. E você? Concorda ou não com Nietzsche???

Ps: O homem tornou-se humano demais e esqueceu que é apenas mais um animail. Essa frase eu já tinha ouvido a muito tempo, foi inclusive usada na minha monografia, sempre gostei, mas confesso que nunca fui atrás de descobrir mais sobre ela ou seu autor, Friedrich Nietzsche. Graças à dengue, passei 3 dias de cama tomando soro e aproveitei para terminar de ler um livro sobre ele: Quando Nietzsche chorou. Quem ainda não leu, eu recomendo. Nele, o autor mistura ficção com personagens e nomes da época. Ler as primeiras descobertas de Freud sobre a psique humana é fantástico.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Diferença de idade no casamento diminui expectativa de vida da mulher

O casamento traz mais benefícios aos homens do que às mulheres quando o assunto é expectativa de vida. Segundo uma pesquisa publicada nesta quarta-feira no periódico Demography, homens casados com jovens esposas vivem mais do que mulheres cuja diferença de idade entre o marido - para mais ou para menos - é grande.

Realizado pelo Instituto Max Planck de Pesquisa Demográfica, o estudo mostra que os índices de mortalidade entre homens sete, oito ou nove anos mais velhos do que suas esposas é reduzido a 11% se comparado a casais onde ambas pessoas são da mesma idade. O levantamento também afirmou que maridos mais novos do que suas mulheres morrem mais cedo.

"A teoria de que a diferença de idade tem os mesmos efeitos tanto para homens quanto para mulheres precisa ser reconsiderada", explica Sven Drefhl, especialista que conduziu a pesquisa.

O estudo analisou 2 milhões de casais dinamarqueses e provou que, para a mulher, a melhor escolha é casar com homens de mesma idade. Um marido mais velho pode diminuir a sua expectativa de vida, bem como um marido mais jovem, explicou a pesquisa de Drefhl.

Ainda de acordo com o levantamento alemão, o casamento com um homem sete, oito ou nove anos mais novo aumenta em até 20% a mortalidade entre mulheres.

Nos Estados Unidos, a diferença média de idade entre noivos e noivas é de 2.3 anos, sendo o homem o mais velho da relação.

A pesquisa mostrou ainda que, em ambos os sexos, pessoas casadas vivem mais do que os solteiros.

E você, o que acha disso?

*matéria retirada do site veja.com

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Tal mãe, tal filha*




A mãe
Quando criança, sabia de duas coisas. Sabia que queria ser jornalista, mas, principalmente, sabia que queria ser mãe. Jornalista, por algumas ironias do destino, ela ainda não é. Mãe, sim. E com louvor.


A filha

Quando criança, não sabia o que queria da vida. Apenas imaginava, em suas brincadeiras de boneca, o dia em que teria uma bonequinha de verdade, que falasse, que brincasse, que chorasse, só pra ela. Hoje ela ainda não sabe nada da vida. É jornalista, mais uma vez por ironia do tal destino. E sonha em ser mãe. Tudo ao seu tempo, claro.


A mãe

É estilosa, gosta de moda, tem liderança. Ama ler, assiste a bons filmes, conhece muita coisa. Pinta e desenha muito bem, faz artesanato, fura a parede, martela a estante. É de Goiás mas, quando perguntada, responde prontamente: "Sou paranaense."


A filha

Poderia ser mais estilosa, menos careta e mais descolada. Deveria ler mais, saber escolher melhor aos filmes e estudar mais sobre o mundo. Desenha razoavelmente, nunca pintou. Descobriu-se, por acaso, uma artesã. De ocasião, mesmo assim, uma artesã. Por cautela, chama a mãe quando quer furar a parede. É paranaense e, quando perguntada, responde: "Iguaçuense, não iguassuína."


A mãe

Tem medo, porque é um ser humano normal. Mas é mais forte que eles, e passa por cima. Admite, no entanto, que foi a chegada dos filhos que a fez superar a maioria, para proteger os ‘pequenos’. Tem boas escolhas, quase sempre.


A filha

Não conhece ninguém mais medrosa que ela mesma, e raramente tem coragem de enfrentar seus medos. Imaginem que, até hoje, aos 24 anos, não mata baratas! Cansou das vezes que a pararam na rua perguntando: "Você é filha da Lu? Nossa, há quanto tempo não vejo a Lu... mas você é a cara dela, heim?"


Mãe e filha
Se amam. Amam a vida. Amam o pouco tempo que têm juntas. Amam comemorações em família, sair juntas, almoçar juntas, estudar juntas. E cultivam, também, um grande amor pela escrita. Têm os gostos parecidos no quesito homem, mas jamais brigariam por um. Enfrentam o mundo, movem montanhas uma pela outra. E anunciam isso aos quatro ventos, para quem quiser ouvir. Ou for desatento e, um dia, insinuar que façam uma escolha que já foi feita anos atrás, muito antes de se saberem mãe e filha. Acima de tudo, amigas.



* Texto adaptado à minha nova realidade. Uma homenagem à melhor mãe do mundo, mesmo que um dia depois do dia delas. Porque, na verdade, todos os dias são dela. Te amo, mãe. A primeira foto minha mãe posava pra grande Lylia Pimentel. Na última, seu primeiro porre, ao lado do meu avô, quando ele também ainda tomava porres e descobriram que ela passou no vestibular - em Relações Públicas na UFPR. Texto original aqui.

sábado, 8 de maio de 2010

A tênue linha entre...


Há alguns dias uma notícia apareceu. Coreia do Norte proibiu as mulheres no volante. E, como se não bastasse, no guidão também.
Então, como seqüência da linha de raciocínio, a burca, os pretendentes pré determinados, a virgindade, as violentíssimas penas de morte, o silêncio e tantas negações às vontades das mulheres. Sejam afegãs, indianas, iranianas...
Piadinhas infames sobre mulheres ao volante a parte. Fato é que em alguns países, ainda que conservadores, as representantes femininas estão conquistando espaço e, por que não, parte de sua liberdade, dirigindo táxis. O start se deu no
México quando mulheres sentiram que o assédio dos taxistas não valiam a corrida. A partir de então, Egito, Líbano e outros países com uma carga cultural muito mais rígida passaram a aceitar a idéia pelos mesmos motivos.
Ainda que haja quem aponte o movimento do táxi cor de rosa como sexista, ou que argumente dizendo que as mulheres “não conhecem bem as ruas do Cairo”, elas têm ganhado status e até mesmo reservas de outros países para garantir a segurança das mulheres turistas.
Sexista é dizer que a profissão é perigosa e inadequada para uma mulher. E, defendendo as egípcias, óbvio que elas não conhecem as ruas da cidade. Até então não podiam sair de casa.
O paradoxo é que a necessidade surgiu por conta de problemas causados pelos próprios reclamões. Estava fácil assediar a cliente dentro do táxi?!

Deixando o sarcasmo um pouquinho de lado e apesar do desenrolar sobre as mulheres ao volante, a questão mais complexa por trás disso se dá pela cultura. Até que ponto um fator cultural não invade ou contraria os direitos humanos?
E até onde podemos lutar para que diminuamos o sofrimento de alguns sem interferir em suas origens?

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Meu ex, meu amigo. oO

Não posso beber com meu celular do lado. O fato é que vou caçando, caçando, até encontrar na minha agenda os benditos nomes dos meus ex. Parece que os nomes dos defuntos estão com negrito, itálico e sublinhados na agenda. No meu caso, eu libero o meu ID e tranco meu superego a sete chaves, ninguém me segura. A álcool entra, a verdade auto-sai. Mas é que é assim... Vez em quando passa pela minha cabeça algo como "era pra eu estar com tal pessoa hoje..." ou "se a gente tivesse continuado juntos...". Enfim... Por que me assombram? Com a maioria eu já discuti, briguei, fiz as pazes, rebriguei... e sempre continuo com eles na lembrança. Acho que é carência. No mundo gay um namoro de 3 meses praticamente equivale a um namoro de um ano hétero. Por causa da nossa dificuldade de encontro, não podemos sair em qualquer lugar para não "ferir a moral das pessoas". E esse é um dos fatores que enchem minha agenda do celular com ex. É estranho terminar. Pelo menos comigo sempre é. Eu imagino "caraca, não vou mais beijar ele?" É, nem sempre é assim. Sei que tudo o que passa na nossa história deixa um pedaço e leva um nosso. Mesmo que um relacionamento tenha sido conturbado sempre nos lembramos depois. Existe uma canção de um cantor e compositor uruguaio que um amigo de uma amiga me apresentou. "La trama y el desenlace" é o nome da canção de Jorge Drexler. Linda canção. O refrão diz... "Amar la trama mas que desenlace", ou seja, amar a trama e não o fim. Se todos amássemos os momentos que vivemos dentro de um relacionamento e não focássemos no fim não haveriam desilusões amorosas e logo perdoaríamos nossos ex pelo fim (ou seríamos perdoados). Nessa ótica, dá até para termos amigos ex. Eu tenho vários. Mas a maioria das pessoas tem inimigos ex. E como é com você? Você tem muitos amigos ou inimigos ex? Acha possível a amizade depois do fim? Ama a trama ou o desenlace? Beijos gatas. E vamos colorir o mundo. Assista ao vídeo de la cancion : http://www.youtube.com/watch?v=M2rG8HZFIP4

quinta-feira, 6 de maio de 2010

É, domingo é Dia das Mães

Com ele encaixado no meu colo, olho no olho, eu segurando duas mãozinhas abertas no meu rosto, um pouquinho de pretensão:

-Você gosta de mim mais que tudo ou um tantinho menos que mais que tudo?
-Eu gosto docê, mamãe. Bip-biiiiip, buzina de caminhão.

E riu, desvencilhando as mãos rápidas para transformar meu nariz em um volante barulhento.



Não gosto do Dia das Mães.
Não me agradava quando era criança e fazia cartão na escola. Fiquei com raiva quando minha avó morreu em um deles, na adolescência. Continuei não sendo simpática depois que comecei a comprar presentes. Ainda não consegui me acostumar com o fato de que também é meu dia. Mas, às vezes, eu me emociono com as propagandas sobre o dia de comprar presentes para as mães, como aconteceu ontem com o comercial da Renner. Pensei em quem faz plano, imagina, sonha em ser mãe. E não consegue.



Lembrei da Valdivânia. Recordei a emoção dela em pegar o Marco Antônio no colo, a vontade desenhada nos olhos de ter uma criança para si, o pedido brincalhão, mas sincero, de que eu gerasse um filho para ela. Em tempo: não planejei ser mãe e não inclui emoções muito saudáveis na gestação. Imaginei muito pouco o rosto que teria meu filho e o que eu faria com ele depois, apenas deixar levar, sem mapa e sem GPS. Inacreditavelmente, deu certo - e muito, mas sem eu deixar de questionar o quanto a vida é sarcástica.

Parece brincadeira do destino que mulheres que nunca sonharam com a maternidade tenham filhos indesejados. É cruel que aquelas que sonham com isso todos os dias nunca possam experimentar a sensação de olhar para uma criança agarrada no peito e perceber que a vida sem aquele pedacinho de gente não faria sentido.

É mais cruel ainda que algumas mulheres experimentem a maternidade com um filho que, de repente, não é tão seu como se pensava, como aconteceu com a Queila e a Elaine em Goiás.

É desumano que algumas, como a Ana Carolina, percam os filhos e passem o domingo só com a lembrança dos parabéns e do abraço que poderiam receber. É lamentável, mas humano e comum, que muitas pessoas só tenham a lembrança da mãe.

E, sim, é meio idiota eu não gostar da data, mas fundamental eu não esquecer dela nos outros dias do ano – do lado de cá e de lá da corrente.

P.s.: o itálico do começo é um motivo forte para eu não gostar do Dia das Mães, mas amar cada um dos meus momentos de mãe. Eles valem bem mais a pena que os cumprimentos e as flores que virão pela data.

quarta-feira, 5 de maio de 2010



Em visita ao site da revista Veja, eu me deparei com a matéria abaixo, e logo pensei, tenho que compartilhar isso com minhas amigas!

Leia e opine. Você prefere sozinha ou acompanhada?

Não precisa casar. Sozinho é melhor

O psiquiatra decreta a morte do amor romântico e diz que a vida de solteiro é um caminho viável para a felicidade

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Duda Teixeira


"Para os meus pacientes, eu sempre digo: se você tiver de escolher entre o amor ea individualidade, opte pelo segundo."

Com 41 anos de clínica, o médico psiquiatra Flávio Gikovate acompanhou os fatos mais marcantes que mudaram a sexualidade no Brasil e no mundo. Por meio de mais de 8.000 pessoas atendidas, assistiu ao impacto da chegada da pílula anticoncepcional na década de 60 e a constituição das famílias contemporâneas, que agregam pessoas vindas de casamentos do passado. Suas reflexões sobre o amor ao longo de esse tempo foram condensadas no seu 26º livro, Uma História de Amor... com Final Feliz. Na obra, a oitava sobre o tema, Gikovate ataca o amor romântico e defende o individualismo, entendido não como descaso pelos outros e sim como uma maneira de aumentar o conhecimento de si próprio. Tendo sido um dos primeiros a publicar um estudo no país sobre sexualidade, atuou em diversos meios de comunicação, como jornais e revistas e na televisão. Atualmente, possui um programa na rádio, em que responde perguntas feitas por ouvintes. Aos 65 anos, ele atendeu a reportagem de Veja em seu consultório no elegante bairro dos Jardins, em São Paulo.

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"Os solteiros que estão mal são os que ainda sonham com o amor romântico. Pensam que precisam de outra pessoa para se completar. Como Vinicius de Moraes, acham que que 'é impossível ser feliz sozinho'. Isso caducou. Daí, vivem tristes e deprimidos."

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Veja - O senhor diria para a maioria das pessoas que o casamento pode não ser uma boa decisão na vida?
Gikovate - Sim. As pessoas que estão casadas e são felizes são uma minoria. Com base nos atendimentos que faço e nas pessoas que conheço, não passam de 5%. A imensa maioria é a dos mal casados. São indivíduos que se envolveram em uma trama nada evolutiva e pouco saudável. Vivem relacionamentos possessivos em que não há confiança recíproca nem sinceridade. Por algum tempo depois do casamento, consideram-se felizes e bem casados porque ganham filhos e se estabelecem profissionalmente. Porém, lá entre sete e dez anos de casamento, eles terão de se deparar com a realidade e tomar uma decisão drástica, que normalmente é a separação.

Veja - Ficar sozinho é melhor, então?
Gikovate - Há muitos solteiros felizes. Levam uma vida serena e sem conflitos. Quando sentem uma sensação de desamparo, aquele "vazio no estômago" por estarem sozinhos, resolvem a questão sem ajuda. Mantêm-se ocupados, cultivam bons amigos, lêem um bom livro, vão ao cinema. Com um pouco de paciência e treino, driblam a solidão e se dedicam às tarefas que mais gostam. Os solteiros que não estão bem são geralmente os que ainda sonham com um amor romântico. Ainda possuem a idéia de que uma pessoa precisa de outra para se completar. Pensam, como Vinicius de Moraes, que "é impossível ser feliz sozinho". Isso caducou. Daí, vivem tristes e deprimidos.

Veja - Por que os casamentos acabam não dando certo?
Gikovate - Quase todos os casamentos hoje são assim: um é mais extrovertido, estourado, de gênio forte. É vaidoso e precisa sempre de elogios. O outro é mais discreto, mais manso, mais tolerante. Faz tudo para agradar o primeiro. Todo mundo conhece pelo menos meia-dúzia de casais assim, entre um egoísta e um generoso. O primeiro reclama muito e, assim, recebe muito mais do que dá. O segundo tem baixa auto-estima e está sempre disposto a servir o outro. Muitos homens egoístas fazem questão que a mulher generosa esteja do lado dele enquanto ele assiste na televisão os seus programas preferidos. Mulheres egoístas não aceitam que seus esposos joguem futebol. Consideram isso uma traição. De um jeito ou de outro, o generoso sempre precisa fazer concessões para agradar o egoísta, ou não brigar com ele. Em nome do amor, deixam sua individualidade em segundo plano. E a felicidade vai junto. O casamento, então, começa a desmoronar. Para os meus pacientes, eu sempre digo: se você tiver de escolher entre amor e individualidade, opte pelo segundo.

Veja - Viver sozinho não seria uma postura muito individualista?
Gikovate - Não há nada de errado em ser individualista. Muitos dos autores contemporâneos têm uma postura crítica em relação a isso. Confundem individualismo com egoísmo ou descaso pelos outros. São conceitos diferentes. Outros dizem que o individualismo é liberal e até mesmo de direita. Eu não penso assim. O individualismo corresponde a um crescimento emocional. Quando a pessoa se reconhece como uma unidade, e não como uma metade desamparada, consegue estabelecer relações afetivas de boa qualidade. Por tabela, também poderá construir uma sociedade mais justa. Conhecem melhor a si próprio e, por isso, sabem das necessidades e desejos dos outros. O individualismo acabará por gerar frutos muito interessantes e positivos no futuro. Criará condições para um avanço moral significativo.

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"As colunas e programas de rádio que eu faço não me trazem clientes. Às vezes, só atrapalham. Em 1982, aceitei trabalhar com o Corinthians. Era a democracia corinthiana. Foi um balde de água fria na clínica."

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Veja - Por que os casamentos normalmente ocorrem entre egoístas e generosos?
Gikovate - A idéia geral na nossa sociedade é a de que os opostos se atraem. E isso acontece por vários motivos. Na juventude, não gostamos muito do nosso modo de ser e admiramos quem é diferente de nós. Assim, egoístas e generosos acabam se envolvendo. O egoísta, por ser exibicionista, também atrai o generoso, que vê no outro qualidades que ele não possui. Por fim, nossos pais e avós são geralmente uniões desse tipo, e nós acabamos repetindo o erro deles.

Veja - Para quem tem filhos não é melhor estar em um casamento? E, para os filhos, não é melhor ter pais casados?
Gikovate - Para quem pretende construir projetos em comum – e ter filhos é o mais relevantes deles – o melhor é jogar em dupla. Crianças dão muito trabalho e preocupação. É muito mais fácil, então, quando essa tarefa é compartilhada. Do ponto de vista da criança, o mais provável é que elas se sintam mais amparadas quando crescem segundo os padrões culturais que dominam no seu meio-ambiente. Se elas são criadas pelo padrasto, vivem com os filhos de outros casamentos da mãe, mas estudam em uma escola de valores fortemente conservadores e religiosos, poderão sentir algum mal-estar. Do ponto de vista emocional, não creio que se possa fazer um julgamento definitivo sobre as vantagens da família tradicional sobre as constituídas por casais gays ou por um pai ou mãe solteiros. Estamos em um processo de transição no qual ainda não estão constituídos novos valores morais. É sempre bom esperar um pouco para não fazer avaliações precipitadas.

Veja - Que conselhos você daria para um jovem que acaba de começar na vida amorosa?
Gikovate - É preciso que o jovem entenda que o amor romântico, apesar de aparecer o tempo todo nos filmes, romances e novelas, está com os dias contados. Esse amor, que nasceu no século XIX com a revolução industrial, tem um caráter muito possessivo. Segundo esse ideal, duas pessoas que se amam devem estar juntas em todos os seus momentos livres, o que é uma afronta à individualidade. O mundo mudou muito desde então. É só olhar como vivem as viúvas. Estão todas felizes da vida. Contudo, como muitos jovens ainda sonham com esse amor romântico, casam-se, separam-se e casam-se de novo, várias vezes, até aprender essa lição. Se é que aprendem. Se um jovem já tem a noção de não precisa se casar par ser feliz, ele pulará todas essas etapas que provocam sofrimento.

Veja - As mulheres são mais ansiosas em casar do que os homens? Por quê?
Gikovate - As mulheres têm obsessão por casamento. É uma visão totalmente antiquada, que os homens não possuem. Uma vez, quando eu ainda escrevia para a revista Cláudia, o pessoal da redação fez uma pesquisa sobre os desejos das pessoas. O maior sonho de 100% das moças de 18 a 20 anos de idade era se casar e ter filho. Entre os homens, quase nenhum respondeu isso. Queriam ser bons profissionais, fazer grandes viagens. Essa diferença abismal acontece por razões derivadas da tradição cultural. No passado, o casamento era do máximo interesse das mulheres porque só assim poderiam ter uma vida sexual socialmente aceitável. Poderiam ter filhos e um homem que as protegeria e pagaria as contas. Os homens, por sua vez, entendiam apenas que algum dia eles seriam obrigados a fazer isso. Nos dias que correm, as razões que levavam mulheres a ter necessidade de casar não se sustentam. Nas universidades, o número de moças é superior ao de rapazes. Em poucas décadas, elas ganharão mais que eles. Resta acompanhar o que irá acontecer com as mulheres, agora livres sexualmente, nem sempre tão interessadas em ter filhos e independentes economicamente.

Veja - Como será o amor do futuro?
Gikovate - Os relacionamentos que não respeitam a individualidade estão condenados a desaparecer. Isso de certa forma já ocorre naturalmente. No Brasil, o número de divórcios já é maior que o de casamentos no ano. Atualmente, muitos homens e mulheres já consideram que ficarão sozinhos para sempre ou já aceitam a idéia de aguardar até o momento em que encontrarão alguém parecido tanto no caráter quanto nos interesses pessoais. Se isso ocorrer, terão prazer em estar juntos em um número grande de situações. Nesse novo cenário, em que há afinidade e respeito pelas diferenças, a individualidade é preservada. Eu estou no meu segundo casamento. Minha mulher gosta de ópera. Quando ela quer ir, vai sozinha. E não há qualquer problema nisso.

Veja - Quando duas pessoas decidem morar juntas, a individualidade não sofre um abalo?
Gikovate - Não necessariamente elas precisarão morar juntas. Em um dos meus programas de rádio, um casal me perguntou se estavam sendo ousados demais em se casar e continuarem morando separados. Isso está ficando cada dia mais comum. Há outros tantos casais que moram juntos, mas em quartos separados. Se o objetivo é preservar a individualidade, não há razão para vergonha. O interessante é a qualidade do vínculo que existirá entre duas pessoas. No primeiro mundo, esse comportamento já é normal. Muitos casais moram até em cidades diferentes.

Veja - É possível ser fiel morando em casas ou cidades diferentes?
Gikovate - A fidelidade ocorre espontaneamente quando se estabelece um vínculo de qualidade. Em um clima assim, o elemento erótico perde um pouco seu impacto. Por incrível que pareça, essas relações são monogâmicas. É algo difícil de explicar, mas que acontece.

Veja - Com o fim do amor romântico, como fica o sexo?
Gikovate - Um dos grandes problemas ligados à questão sentimental é justamente o de que o desejo sexual nem sempre acompanha a intimidade efetiva, aquela baseada em afinidade e companheirismo. É incrível como de vez em quando amor e sexo combinam, mas isso não ocorre com facilidade. Por outro lado, o sexo com um parceiro desconhecido, ou quase isso, é quase sempre muito pouco interessante. Quando acaba, as pessoas sentem um grande vazio. Não é algo que eu recomendaria. Hoje, as normas de comportamento são ditadas pela indústria pornográfica e se parece com um exercício físico. O sexo então tem mais compromisso com agressividade do que com amor e amizade. Jovens que têm amigos muito chegados e queridos dizem que transar com eles não tem nada a ver. Acham mais fácil transar com inimigos do que com o melhor amigo. Penso que, com o amadurecimento emocional, as pessoas tenderão a se abster desse tipo de prática.

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"As razões que levavam as mulheres a ter necessidade de casar não se sustentam mais. Nas universidades, o número de moças é superior ao de rapazes. Em poucas décadas elas ganharão mais
que eles."

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Veja - As desilusões com o primeiro casamento têm ajudado as pessoas a tomar as decisões corretas?
Gikovate - No início da epidemia de divórcios brasileira, na década de 70, as pessoas se separavam e atribuíam o desastre da união a problemas genéricos. Alguns diziam que o amor acabou. Outros, o parceiro era muito chato. Não se davam conta de que as questões eram mais complexas. Então, acabavam se unindo à outras pessoas muito parecidas com as que tinham acabado de descartar. Hoje, os indivíduos estão mais críticos. Aceitam ficar mais tempo sozinhos e fazem autocríticas mais consistentes. Por causa disso, conseguem evoluir emocionalmente e percebem que terão que mudar radicalmente os critérios de escolha do parceiro. Se antes queriam alguém diferente, hoje a tendência é buscarem uma pessoa com afinidades.

Veja - O senhor já escreveu colunas para jornais, revistas, atuou na televisão e agora tem um programa na rádio. O senhor se considera um marqueteiro?
Gikovate - Sempre gostei de trabalhar com os meios de comunicação. Psicologia não é assunto para especialistas, mas de todo mundo. Faço essas coisas também porque é uma forma de entrar em contato com um público diferente do que eu encontro normalmente. Na rádio, respondo perguntas de gente tacanha, que jamais teriam condição de pagar uma consulta. Estão em um outro patamar financeiro. Mas o que dizem, é ouro puro. As colunas e programas de rádio que eu faço não me trazem clientes. Às vezes, só atrapalham. Em 1982, aceitei trabalhar com o Corinthians. Era a democracia corinthiana. Foi um balde de água fria na clínica. Imagine só, o Corinthians! Não foi o tipo de notícia que meus pacientes gostaram de ouvir. Eu fiquei lá dois anos. Meu pai ficava chocado com essas coisas, porque naquele tempo médico de bom nível não fazia essas coisas. Não estava nem aí. Quando eu me interesso por alguma coisa, eu vou. No mais, se eu fosse um simples marqueteiro, não teria durado 41 anos.

Veja - Apesar de todo esse tempo de clínica, o senhor atuou sozinho, longe das universidades. Por quê?
Gikovate - O mundo acadêmico está cheio de papagaios, que repetem fórmulas prontas. Citam sempre outros pensadores, mas nunca vão a lugar algum. Não têm coragem para disso. Esse universo, do qual eu acabei me afastando, é extremamente conservador. Não são eles que produzem as novas idéias. Muitos fingem que eu não existo. Diziam à pequena que eu era um cara muito pragmático, que levava em conta muito os resultados, o que é verdade. Os que mais gostam do que eu faço não são da minha área. São os filósofos, como o Renato Janine Ribeiro e a Olgária Matos. De minha parte, eu sempre fugi dos rótulos. Não me inscrevi membro da Sociedade de Psicanálise. Não sou membro de qualquer sociedade dogmática. Não sou sócio de nenhum clube. Sou uma pessoa de mente aberta. Nunca quis discípulos. Os meus discípulos, se um dia existirem, pensarão por conta própria. Se tiverem um monte de opiniões diferentes das minhas, seria ótimo.