domingo, 30 de maio de 2010
A soberania da fraternidade
Amigo é o irmão que a gente escolhe. Mas, peraí, se é o irmão, então ser irmão é uma coisa boa, não?
Contudo, quem é que tem irmãos que nunca brigou com eles?
Por outro lado, quem é que nunca defendeu ou foi defendido pelo irmão?
Só quem tem irmão sabe o que é querer matar ele de tanto bater mas não deixar ninguém encostar uma pluma, que seja, nele.
Psicólogos afirmam que a relação entre irmãos é cheia de ambiguidades. Eles não apenas se amam, detestam-se, por vezes. "Sentimentos contraditórios fazem parte da natureza humana, e a relação entre irmãos é uma das quais esta contradição se faz mais presente", afirma a psicóloga infantil Fabiana.
Para ela, quando uma criança vai nascer, os sentimentos vão de medo de perder o lugar na família para o novo bebê até a vontade e, ainda sim, o medo de que ele também não goste dele. "Esta relação é diferente dependendo da idade da criança mais velha, da dinâmica familiar configurada antes da gravidez e essencialmente, da forma como os pais conduzem o processo", explica.
É bom que a família auxilie as crianças a construirem um alicerce forte desde a infância. Isso, contudo, não é muito difícil. Irmãos são, frequentemente, confidentes, amigos e cúmplices - e, na minha opinião, isso torna ainda mais bonita a união fraterna.
Acredito que a relação entre irmãos é uma das mais bonitas que existe. Eu tenho 3 irmãos e somos todos muito unidos. Apesar das brigas, apesar das diferenças. Dos meus irmãos eu aceito as piores críticas, aquelas que não quero mesmo ouvir. E deles ouço, reflito e, volta e meio, me adéquo. E com vocês, meninas e meninos, é assim?
Mais sobre meus irmãos aqui, aqui, e aqui.
sábado, 29 de maio de 2010
Homens não terminam relacionamentos
Exceto uma ou outra, a maioria das mulheres que conheço são as que colocam o ponto final na relação. O “não quero mais”, “chega disso”, “sai da minha vida” é dito por elas. Acredito que isso não chegue a ser uma regra, mas, para mim, homens não terminam relacionamentos, fazem você terminá-los. A nossa amiga Paula falou um tanto sobre o assunto na sua última postagem, quando citou a antropóloga Mirian Goldenberg, revelando que “os homens se acomodam na relação e não têm coragem de por um fim em tudo. Tanto isso é verdade que, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 80% das separações litigiosas são iniciativa das mulheres.”
Quando comento sobre o assunto, afirmando que o sexo masculino estica ao máximo a relação, empurrando-a com a barriga até a companheira dar um basta, a maioria concorda comigo. Uma das minhas amigas admitiu que isso de fato acontece. “Meu ex me deixava louca, ficava com várias gurias, certamente estava querendo que eu terminasse”, concluiu. Ela foi e acabou o namoro. Mas, se não tivesse terminado, ela admite que pudessem estar juntos até hoje. “Se eu não terminasse, nós continuaríamos juntos, afinal era cômodo para ele”.
Um conhecido admitiu que prefere não terminar nada, espera sempre que a mulher tome a atitude. “Mulheres fazem drama demais quando um homem termina o relacionamento. E nós só terminamos quando percebemos que ela, realmente, não vai terminar”, garantiu.
E você, concorda que os homens não terminam o namoro? Pense. Quem terminou seu último caso, ele ou você?
sexta-feira, 28 de maio de 2010
Pare de reclamar.
A impressão é que a gente passa a vida na tentativa.
E como para tudo existe um “mas”...
mas somente desta maneira aprendemos a enxergar o que existe além do nosso campo de visão.
mas podemos, através das reclamações de outrem, perceber que nossos problemas são pequenos.
mas nos engrandecemos escutando, ainda que mil vezes, a mesma reclamação. E enxergamos com mais clareza nossos próprios defeitos.
mas, falando em defeitos, amenizamos os nossos quando incomodados pelos dos outros.
O clima, a chuva, o salário, a tendinite, o frio, o calor seguido do frio, a espera, o molho na camisa, a música ruim, o pé na bunda, o trânsito, a falta de tempero, a fila, o caixa eletrônico, o governo... valem o tempo da reclamação?!
Eu reclamo. Muito.
Alguém tem mais alguns “mas” pra me emprestar? Pare de reclamar!
quinta-feira, 27 de maio de 2010
Olá garotas, já estava com saudades. Bom, recebi um e-mail sobre um livro que explica os benefícios da amizade entre gays e mulheres. Me interando acerca da obra de Andrea Franco, posso afirmar que fui desanimando, sobretudo com um comentário da própria autora que diz que ter amigos gays "está na moda, é chique e fashion". Me senti um chaveirinho. Não fosse o fato de eu conhecer bem as amigas com as quais convivo ficaria com um pé atrás. Por outro lado fiquei contente com o comentário de Andrea que diz: "Eu vou amar se ele for honesto, íntegro. E tenho amigos assim, que por acaso são homossexuais. Eles geralmente são pessoas descoladas, de bem com a vida e ótimos para oferecer um ombro amigo". Bem, com deslizes da autora ou não, achei interessante o fato de colocarem a questão da nossa amizade em foco. Eu me sinto inteiramente privilegiado por poder saber dos assuntos da roda feminina e sentir que elas confiam em mim demais. As vezes penso que tenho uma responsabilidade enorme nas mãos, porque queira ou não ainda sou uma opinião masculina. Porque, nós gays. somos homens, mesmo amaaaando o mesmo sexo. Homens. É claro que temos qualidades diferenciadas dos héteros, mas essencialmente, somos homens. Agora, toda essa discussão me deixou curioso sobre a amizade gays e mulheres. Eu sei que existe muita gente no mundo (homens, mulheres, gays, lésbicas,bi...) que seguem conselhos de revistas adolescentes para seguir suas vidas, como por exemplo... "não transe na primeira noite", "espere ele ligar" (mesmo que esteja morrendo, ele que ligue), e nessa lista se encontra... "tenha um amigo gay". Não é o meu caso, graças a Deus, mas imagino muitos gays por esse mundo afora que são encarados desta maneira. Que triste, não? Bom meninas, expressem suas opiniões sobre a nossa amizade e afins... Só deixo uma mensagem... Que nos apaixonemos pelas pessoas pelo que são, por tudo que carregam em suas vidas e corações... E não porque é moda ou fashion... Novamente, obrigado Deus pelas amigas que tenho (ELAS SÃO DE VERDADE), e vamos abrir os olhos dessa sociedade que encara qualquer ser humano como ventríloquo e marionete de revistinhas adolescentes. Coloramos...
PS: Coloquei também um vídeo de uma propaganda do McDonalds que acabou de sair na França, (matéria de www.paroutudo.com.br) Um jovem está na lanchonete vendo uma foto com várias pessoas. Recebe uma ligação e diz que está com muitas saudades enquanto acaricia alguém na imagem. Logo, diz que precisa desligar porque o pai está vindo. O pai chega e diz: “É a foto da sua turma? Eu me parecia com você na sua idade. As garotas eram loucas por mim. Pena que só há meninos na sua classe. Você faria muito sucesso”. A resposta do jovem é um sorriso de quem não discorda nem concorda com a afirmação. Por fim, um slogan aparece: “Venha como você é”... PRECISAMOS DISSO POR AQUI, BRASIIIIIL!!!!
quarta-feira, 26 de maio de 2010
Tamanho é documento????
Desde quando tamanho é documento?
Eu tenho menos de 1.45, já tive muita vergonha e raiva de ter essa estatura, mas hoje fico contente por muitas pessoas falarem que eu tenho menos de 22 anos (salvem meus poucos centímetros!).
Tamanho é documento? Até que ponto eu não sei...Sempre gostei dos homens grandes, dos tipos altos (e dos baixinhos também, lógico), mesmo eu os achando um desafio, já que é como se eu pegasse uma corda para escalá-lo.
Conheci um desses homens altos, ou melhor, homem desafio. É uma pessoa incrível, muito querido e amável, super simpático e fofo, em resumo, para mim seria o homem perfeito, a não ser pelo porém que o mesmo carrega consigo. Tudo nele é proporcional a seu tamanho! (já devem imaginar no que eu estou falando né?). Resultado dessa brincadeira: duas pessoas frustradas.
Ele por não conseguir me oferecer tudo o que queria. E eu por ver a cara dele, além do incomodo, acabei me frustrando. Na hora ele desabafou. “Todo mundo reclama disso!”. O que falar para alguém nessa hora?
Eu sempre sofri com meu complexo de inferioridade, mas ele sofre complexo de maioridade – grandeza - superioridade, o que dizer para alguém nessa situação? Muitas afirmam que quanto maior, melhor. Eu não compartilho dessa opinião...Eu acho que tudo independe de medida. Na verdade existem medidas que agradam e completam, mas o tamanho que para você é perfeito pode não ser para mim. E vocês, o que acham disso?
terça-feira, 25 de maio de 2010
Parabéns pra você... Se chegar lá
Crente, definitivamente, não é uma palavra que me define.
Mais ou menos como aquele São Tomé lá da bíblia, preciso ver para crer, embora para algumas coisas não seja bom tentar tirar a prova - os últimos 27 dias são um bom exemplo.
O que se passa é que eu, em uma das muitas segundas-feiras em que tento encontrar salvação para minha vida sem função, rolava de rir de um blog de uma mulher, assim, meio psicótica como eu, que plantou a ideia do inferno astral na minha rotina.
Para quem, como eu, não sabia, inferno astral é o período de um mês antes do seu aniversário. Neste tempo, dizem os astros, seu universo se desequilibra (ok, eu acredito que o meu é equilibrado) e muitas coisas negativas podem acontecer. Assustador, acreditem. Olhei para o calendário e calculei que faltava pouco mais de uma semana para bater um papinho de perto com o tinhoso dos astros. Claro.
A semana acabou rápido, passei mais uma segunda sem função e na quarta, quando meu mundo cai em forma de um bloco de anotações, um computador e uma página cheia de editorias para eu colocar ok, deu 8h20 no relógio e saí me matando para pegar o ônibus- como faço sempre, quando não atraso dois minutinhos mais. Antes de chegar ao meio do caminho, o ônibus passou, bem antes do combinado. “Tudo bem, é para eu tomar vergonha na cara e sair mais cedo, afinal, faço isso há dois anos, todo dia os mil metros rasos em tempo recorde”, justifiquei. E vim andando pelo mesmo caminho, quando afundei meu pé numa poça de lama, com minha sapatilha preferida. Continuei. Cheguei em casa, peguei o carro.
O carro não pegava de jeito algum. Seis meses comigo e ele nunca tinha dado problema. Minha irmã, que sabe dessas coisas de carro só porque pegou a CNH duas semanas antes que eu, foi lá e depois de tentar umas vinte vezes, fez o carro funcionar. Fui. Até a rodovia. Parei lá no meio, com o carro atravessado e me matei de empurrar para colocar perto do acostamento, o suficiente para eu poder sair correndo como uma condenada atrás do mecânico, que por sorte é casado com minha tia e mora a uns 500 metros de onde fiquei. Por sorte.
Ele levou meu possante meio de arrasto e me deu o dele, com a Clarinha, minha prima, dentro, para que eu fosse dirigindo. Resolvi fazer a volta ali mesmo e pá, não deu, e pum, quando vi estava de ponta quase caindo em uma valetona, com a menina dependurada no parabrisa. Minutos de tensão e suor frio na testa desta que vos fala. Foi quase, por muito pouco, que eu não fico naquela valeta com a gozação e o falatório eternos da minha tia. Nos salvei.
Quarta-feira, 28 de abril, consegui chegar no trabalho somente à tarde, depois de ter acabado com uma cartelinha de aspirina, mais azeda que o suco de limão do almoço. Comecei bem e é óbvio que não parou aí.
Desde então, coisas acontecem.
Bati o carro, sentei em um chiclete, me esborrachei no chão da boate.
Fui picada por uma aranha.
Derrubei molho na camisa, água gelada na calça, uma caneca de chá em cima da cama, outra na minha mesa. Bati os dedos de uma maneira estranha e eles doeram de forma colossal, acumulei hematomas em diversas partes do corpo, progredi de uma para três as batidas acidentais somente na minha sala.
Descobri coisas que não queria saber. Me assustei com essas coisas.
Quebrei minha cama, estraguei meu sapato, perdi meu pen drive com o Segredo de seus olhos, ali, inédito. Hoje eu ainda cortei o pé na minha corrida diária pelo ônibus, que atrasou 40 minutos, mas, em três dias, se acaba. Não que eu acredite, hein?
Por via das dúvidas, passo a tarde jogando tarô online.
P.s.: é claro que eu não acredito nisso. Não vai me dizer que acredita, vai?
segunda-feira, 24 de maio de 2010
Mulher. E indecisa.
Não, não sou apenas eu. A Unilever já confirmou em pesquisa, inclusive, antes da sua campanha do Axe. O estudo foi feito em dez capitais brasileiras, inclusive em Curitiba. E revela que as mulheres são, sim, indecisas.
36% das mulheres, afirma a Unilever, culpam suas mudanças de humor repentinas pela suas dificuldades em transmitir o que realmente querem. É por isso que, de uma hora para a outra, mudam a preferência. São infinitas as razões que mudam o humor feminino repentinamente. Foram entrevistadas 882 mulheres e a pesquisa objetivava decifrar os anseios e preferências femininos. (Veja aqui a campanha que utilizou o resultado da pesquisa.)
Das conclusões, três se destacam:
- Brasileiras mudam de ideia o tempo todo
- Adaptam-se melhor às mudanças
- Têm facilidade para conversar sobre diferentes assuntos
Há quem acredite, inclusive, que a indecisão da mulher também seja causada por serem mais detalhistas na hora da escolha. Fazemos diversas análises antes de qualquer decisão. É possível verificar isso na hora das compras: quem nunca ficou em duvida entre um scarpin lindíssimo e aquela bota dos sonhos? Aí também entra a insegurança e a necessidade de ter - e dar - palpite.
Talvez por essa nossa inconstância que os homens acreditem que seja tão difícil nos entender. Porque, às vezes, nós mesmas não conseguimos.
E isso não acontece apenas em questões simples, como compra de um sapato, por exemplo. O Portal G1 veiculou uma reportagem que afirma que as mulheres também estão indecisas, até o momento, na escolha por um dos presidenciáveis. O levantamento do G1 é do Ibope e tudo indica que a maneira como Dilma e Serra se apresentarem nas propagandas e nos debates que vá fazer com que o público feminino decida - ou não - em quem votar.
Por outro lado, essa indecisão feminina, quando o assunto é relacionamentos, também se dá pelo fato de que as mulheres não se contentam, no geral, com pouca coisa ou com mesmice. Ao contrário do que afirma outra pesquisa sobre os homens. A antropóloga Mirian Goldenberg mostrou que os homens se acomodam na relação e não têm coragem de por um fim em tudo. Tanto isso é verdade que, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 80% das separações litigiosas são iniciativa das mulheres. Mesmo assim, como dizia Oscar Wilde, "As mulheres não sabem o que querem e não dão descanso, enquanto não recebem aquilo que querem". Assim, nós gostamos, está comprovado cientificamente, de sofrer e demoramos para superar um fim, enquanto eles superam mais rápido e tomam novamente seu rumo.
E você, muda muito de opinião? Vive sem saber que rumo tomar, como eu? Ficou interessado na pesquisa? Veja mais aqui.
domingo, 23 de maio de 2010
Pesquisa mostra que homens mentem mais do que mulheres
A pesquisa foi encomendada pelo Museu da Ciência, em Londres, para marcar a inauguração de uma nova galeria.
Perguntados sobre o tipo de mentira que contam com mais frequência, os homens entrevistados disseram que a mais comum é dizer que não beberam muito. Entre as mulheres, a mentira mais comum é a clássica "está tudo bem", usada com frequência para esconder seus sentimentos.
Segundo os depoimentos, a pessoa a quem o britânico tende a contar mais mentiras é sua própria mãe.
Um quarto dos homens (25%) admitiu ter mentido para a mãe, em contraste com apenas um quinto (20%) das mulheres
Existe uma mentira aceitável? A maioria, 82%, acha que sim. Por exemplo, mentir para proteger alguém é perfeitamente aceitável para 71% dos entrevistados. E 57% disseram que mentiriam a respeito de um presente de que não gostaram para não ofender quem lhes ofereceu a prenda.
E você? Como reage em relação à mentira e aos mentirosos?
sábado, 22 de maio de 2010
Eu consertava o mundo por vocë!!!!
Se faço por merecer, acredito que não... Peco em vários pontos, mas acho que compenso em alguns. Sou fria sim, admito. Nunca disse eu te amo a eles, mas eles sabem. Demonstro sendo a companhia de minha mãe para assistir filmes no ninho de colchões na sala (apesar de que geralmente só vemos os começos). Chorei muito quando meu gatinho morreu atropelado, até hoje sinto um aperto quando lembro dele, mas nunca mais comentei sobre isso, pois foi um acidente e minha mãe nunca se perdoou por tê-lo ocasionado. Isso demonstra carinho? Não sei, penso que sim. É o meu jeito, pelo menos, nas pequenas coisas. Fui criada assim e não sei mudar.
Nunca pensei em ter filhos, imagino que não seria tão boa mãe, a não ser que exista uma mágica que mude a pessoa, sou egoista demais e ser mãe exige imenso desprendimento.
sexta-feira, 21 de maio de 2010
A multiplicação dos efeitos femininos
Lucian Tarnowski afirmou que as mulheres causam mais impacto na sociedade do que os homens. “As mulheres são 50% da população mundial e também são mais de 50% das soluções do mundo”, ressaltou. Para ele, investir na força feminina, potencializando suas qualidades, essencialmente às relacionadas à mudança e à liderança, podem mudar o percurso da história.
É o que ele chama de The Girl Effect (Efeito Garota): “Invista numa garota. Não é uma grande coisa, é apenas o futuro da humanidade”, alerta o vídeo do Efeito Garota.Considerando o instinto maternal das mulheres, que se dedicam inteiramente aos seus filhos (doam-se integralmente - e às vezes até se anulam), acredito nesse efeito multiplicador feminino. Creio em mais educação, mais paz, menos fome e fim da miséria (mesmo que tardiamente), e você?
quinta-feira, 20 de maio de 2010
Quarenta e cinco do segundo tempo.
E como um céu que só mostra sua cor de piscina plástica no último dia da viagem, você decide, insiste. Afinal de contas, se o céu deu esperança, mais um diazinho londrino vale a pena, não?!
E você dorme aguardando o último dia que não estava planejado. E acorda com um chuvisco que encharca seu calçado. É pior que a ‘pedra no sapato’. E atrapalha. Incomoda a vista. Embaça os óculos.
E você pensa que trocar o certo pelo duvidoso foi mais uma daquelas atitudes impulsivas que você está acostumado a tomar. Mas toma porque quer experimentar. Experimenta. E perde o certo.
Então você volta para o sol, para o certo. E vê que lá os óculos não embaçam. É claro.
Mas é ordinário, monótono. Não é Londres.
Agora você já não tem a mão contrária e muito menos os mistérios de Sherlock. Você perdeu o duvidoso.
terça-feira, 18 de maio de 2010
Se um Ricardo incomoda muita gente...
Minha irmã está namorando de novo. Namorando de novo com um Alex.
“Já sei! É para aproveitar o mesmo anel, não é?”, perguntei, morrendo de rir da piada, enquanto ela dizia que eu estava era passada de inveja. Como eu tinha ligado o fazedor de perguntas e, àquela altura, já estava escolhendo a cor do meu vestido de madrinha no casamento - ela que ouse não me convidar para o posto - vi um sorrisinho de escárnio e ela dizendo que eu não tinha moral para falar dos Alex dela (embora um tivesse o feliz apelido de Sarita), porque passei metade da minha vida envolvida não com um, mas com alguns... Ricardos.
Parei na hora. Como assim?
Pensando bem – ou nem tanto, admiti: tive mais Ricardos do que mereci nessa minha vida, abafando o riso pela piada que me serviu.
Começou na escola, aos seis, com um coleguinha de sardas. Ricardinho, o infeliz. Era meio meu amiguinho e gostava da Vânia - é claro que meu primeiro amor começou com uma carga básica de masoquismo. Ele quebrou meu coração, saibam disso, mas continuou Ricardinho o resto da vida, só uns dez centímetros menor que eu. Casou, não com a Vânia, e somos amigos.
Anos depois, de novo um Ricardinho, mas nem tanto. Na viagem de despedida do terceirão, aos 17, podem crer, enfim alguém me beijou de verdade. Nunca mais o vi, mas não esqueci tão cedo.
Depois teve o Guicardo e a relação mais torta que se possa imaginar. Foram anos que merecem uma dispensa de comentários. Vejo e converso somente pelo que compartilhamos, com a sensação de que um oi e um beijo no rosto é bem mais que o necessário.
Para encerrar, mesmo com o aviso de um grande amigo sobre o nome do sujeito, acho que superei minha sina. Misturei tequila com Fernando Pessoa, foi divertido e não deixou nenhuma marca. Na verdade, quase tinha esquecido. Foi o derradeiro.
Enfim, eu não tenho moral para falar do nome do namorado novo dela, o mesmo dos mais antigos, me disse ela. É claro que o assunto não é relevante, mas acontece que fiquei curiosa: isso é um problema só das irmãs polakwalter ou é caso comum? Na boa, nunca vi, nem nas revistas mais inúteis, estatísticas sobre o assunto, por isso a pergunta, um tanto inútil, admito.
Se você tem ou não algum nome recorrente no seu rol de amores e desamores, manifeste-se. Se alguém tiver mais que um Vandercreysson, ganha um presente!
P.s. : o Ricardão (ô nome), colaborador da empresa em que trabalho, acho que desconfia da minha relação com seus xarás quando segura minha mão mais que o necessário durante o cumprimento cotidiano. Benzadeus, penso eu sempre, que minha cota de Ricardos nessa vida já tenha sido ultrapassada. Mais um não dá, não mesmo.
segunda-feira, 17 de maio de 2010
Tirar ou não? Eis a questão!!!!
Há três anos eu venho sofrendo com as minhas amídalas, elas inflamam de tal forma que eu passo pelo menos dois dias “off line” por conta de tantos remédios e dores pelo corpo todo. Me lembro da ultima vez que inflamou, a sensação era de que eu havia sido atropelada, meu corpo inteiro doía sem exagero.
Fui até meu querido médico que me trata há tempos, e disse: Dr. Eu quero muito tirar as amídalas! Eu não agüento mais tomar antibióticos, ficar de cama, febre e meu corpo dolorido! (detalhe, esta consulta era a quinta consulta em um ano que eu fui para tratar da garganta inflamada)
E o médico foi categórico em sua resposta: Não, você não deve retirar as amídalas! Lógico que eu questionei com um sonoro POR QUE NÃO? E ele me respondeu que não era necessário!
Como não é necessário??? Em um ano cinco vezes minhas amídalas estavam igual a uma couve flor, eu perdi tantas coisas estando em baixo das cobertas com 40 graus de febre tomando o antibiótico mais potente do mercado, passei o ano novo com a garganta inflamada, não pude comer nem tomar nada porque não conseguia(minha mãe faz uma comida muito boa e fiquei irritada por não comer). Hoje se eu tomar um antibiótico para qualquer outra coisa, ele demora para fazer efeito, pois de tanto que já tomei, criei resistência a porcaria do remédio.
E agora, resolveram ligar o ar condicionado no -10°, e hoje quando acordei, adivinhem??? Garganta inflamada novamente!
Vou ao médico novamente, e se ele se recusar a retirar minhas amídalas, eu vou procurar outro médico que o faça!
E me respondam, para que servem as amidalas a não ser para inflamar?
domingo, 16 de maio de 2010
Entrega do Kit Mês da Mulher
sexta-feira, 14 de maio de 2010
Humano, demasiado humano
Houve uma época em nossas vidas em que estávamos tão próximos, que nada parecia obstruir nossa amizade e fraternidade e apenas uma pequena ponte nos separava. Quando você ia subir na ponte, eu lhe perguntei: e Você quer atravessar a ponte até mim? Imediatamente, você deixou de querê-lo e, quando repeti a pergunta, você ficou silente. Desde então, montanhas, rios torrenciais e o que quer que separe e aliene interpuseram-se entre nós e, mesmo que quiséssemos nos reunir não conseguiríamos. Agora, ao pensar na ponte, você perde as palavras e soluça e se maravilha.
Ou seja, qualquer sentimento ficou perdido ante o medo de perder o livre arbitrio.
No matrimónio existem apenas obrigações e alguns direitos. As convicções são cárceres e o macaco é um animal demasiado simpático para que o homem descenda dele
Não sou tão radical, mas devo dizer que adorei o que o alemãozinho complicado escreveu. E você? Concorda ou não com Nietzsche???
Ps: O homem tornou-se humano demais e esqueceu que é apenas mais um animail. Essa frase eu já tinha ouvido a muito tempo, foi inclusive usada na minha monografia, sempre gostei, mas confesso que nunca fui atrás de descobrir mais sobre ela ou seu autor, Friedrich Nietzsche. Graças à dengue, passei 3 dias de cama tomando soro e aproveitei para terminar de ler um livro sobre ele: Quando Nietzsche chorou. Quem ainda não leu, eu recomendo. Nele, o autor mistura ficção com personagens e nomes da época. Ler as primeiras descobertas de Freud sobre a psique humana é fantástico.
quarta-feira, 12 de maio de 2010
Diferença de idade no casamento diminui expectativa de vida da mulher
Realizado pelo Instituto Max Planck de Pesquisa Demográfica, o estudo mostra que os índices de mortalidade entre homens sete, oito ou nove anos mais velhos do que suas esposas é reduzido a 11% se comparado a casais onde ambas pessoas são da mesma idade. O levantamento também afirmou que maridos mais novos do que suas mulheres morrem mais cedo.
"A teoria de que a diferença de idade tem os mesmos efeitos tanto para homens quanto para mulheres precisa ser reconsiderada", explica Sven Drefhl, especialista que conduziu a pesquisa.
O estudo analisou 2 milhões de casais dinamarqueses e provou que, para a mulher, a melhor escolha é casar com homens de mesma idade. Um marido mais velho pode diminuir a sua expectativa de vida, bem como um marido mais jovem, explicou a pesquisa de Drefhl.
Ainda de acordo com o levantamento alemão, o casamento com um homem sete, oito ou nove anos mais novo aumenta em até 20% a mortalidade entre mulheres.
Nos Estados Unidos, a diferença média de idade entre noivos e noivas é de 2.3 anos, sendo o homem o mais velho da relação.
A pesquisa mostrou ainda que, em ambos os sexos, pessoas casadas vivem mais do que os solteiros.
E você, o que acha disso?
*matéria retirada do site veja.com
segunda-feira, 10 de maio de 2010
Tal mãe, tal filha*
A mãe
Quando criança, sabia de duas coisas. Sabia que queria ser jornalista, mas, principalmente, sabia que queria ser mãe. Jornalista, por algumas ironias do destino, ela ainda não é. Mãe, sim. E com louvor.
A filha
Quando criança, não sabia o que queria da vida. Apenas imaginava, em suas brincadeiras de boneca, o dia em que teria uma bonequinha de verdade, que falasse, que brincasse, que chorasse, só pra ela. Hoje ela ainda não sabe nada da vida. É jornalista, mais uma vez por ironia do tal destino. E sonha em ser mãe. Tudo ao seu tempo, claro.
A mãe
É estilosa, gosta de moda, tem liderança. Ama ler, assiste a bons filmes, conhece muita coisa. Pinta e desenha muito bem, faz artesanato, fura a parede, martela a estante. É de Goiás mas, quando perguntada, responde prontamente: "Sou paranaense."
A filha
Poderia ser mais estilosa, menos careta e mais descolada. Deveria ler mais, saber escolher melhor aos filmes e estudar mais sobre o mundo. Desenha razoavelmente, nunca pintou. Descobriu-se, por acaso, uma artesã. De ocasião, mesmo assim, uma artesã. Por cautela, chama a mãe quando quer furar a parede. É paranaense e, quando perguntada, responde: "Iguaçuense, não iguassuína."
A mãe
Tem medo, porque é um ser humano normal. Mas é mais forte que eles, e passa por cima. Admite, no entanto, que foi a chegada dos filhos que a fez superar a maioria, para proteger os ‘pequenos’. Tem boas escolhas, quase sempre.
A filha
Não conhece ninguém mais medrosa que ela mesma, e raramente tem coragem de enfrentar seus medos. Imaginem que, até hoje, aos 24 anos, não mata baratas! Cansou das vezes que a pararam na rua perguntando: "Você é filha da Lu? Nossa, há quanto tempo não vejo a Lu... mas você é a cara dela, heim?"
Mãe e filha
Se amam. Amam a vida. Amam o pouco tempo que têm juntas. Amam comemorações em família, sair juntas, almoçar juntas, estudar juntas. E cultivam, também, um grande amor pela escrita. Têm os gostos parecidos no quesito homem, mas jamais brigariam por um. Enfrentam o mundo, movem montanhas uma pela outra. E anunciam isso aos quatro ventos, para quem quiser ouvir. Ou for desatento e, um dia, insinuar que façam uma escolha que já foi feita anos atrás, muito antes de se saberem mãe e filha. Acima de tudo, amigas.
* Texto adaptado à minha nova realidade. Uma homenagem à melhor mãe do mundo, mesmo que um dia depois do dia delas. Porque, na verdade, todos os dias são dela. Te amo, mãe. A primeira foto minha mãe posava pra grande Lylia Pimentel. Na última, seu primeiro porre, ao lado do meu avô, quando ele também ainda tomava porres e descobriram que ela passou no vestibular - em Relações Públicas na UFPR. Texto original aqui.
sábado, 8 de maio de 2010
A tênue linha entre...
Então, como seqüência da linha de raciocínio, a burca, os pretendentes pré determinados, a virgindade, as violentíssimas penas de morte, o silêncio e tantas negações às vontades das mulheres. Sejam afegãs, indianas, iranianas...
Piadinhas infames sobre mulheres ao volante a parte. Fato é que em alguns países, ainda que conservadores, as representantes femininas estão conquistando espaço e, por que não, parte de sua liberdade, dirigindo táxis. O start se deu no México quando mulheres sentiram que o assédio dos taxistas não valiam a corrida. A partir de então, Egito, Líbano e outros países com uma carga cultural muito mais rígida passaram a aceitar a idéia pelos mesmos motivos.
Ainda que haja quem aponte o movimento do táxi cor de rosa como sexista, ou que argumente dizendo que as mulheres “não conhecem bem as ruas do Cairo”, elas têm ganhado status e até mesmo reservas de outros países para garantir a segurança das mulheres turistas.
Sexista é dizer que a profissão é perigosa e inadequada para uma mulher. E, defendendo as egípcias, óbvio que elas não conhecem as ruas da cidade. Até então não podiam sair de casa.
O paradoxo é que a necessidade surgiu por conta de problemas causados pelos próprios reclamões. Estava fácil assediar a cliente dentro do táxi?!
E até onde podemos lutar para que diminuamos o sofrimento de alguns sem interferir em suas origens?
sexta-feira, 7 de maio de 2010
Meu ex, meu amigo. oO
quinta-feira, 6 de maio de 2010
É, domingo é Dia das Mães
-Você gosta de mim mais que tudo ou um tantinho menos que mais que tudo?
-Eu gosto docê, mamãe. Bip-biiiiip, buzina de caminhão.
E riu, desvencilhando as mãos rápidas para transformar meu nariz em um volante barulhento.
Não gosto do Dia das Mães.
Não me agradava quando era criança e fazia cartão na escola. Fiquei com raiva quando minha avó morreu em um deles, na adolescência. Continuei não sendo simpática depois que comecei a comprar presentes. Ainda não consegui me acostumar com o fato de que também é meu dia. Mas, às vezes, eu me emociono com as propagandas sobre o dia de comprar presentes para as mães, como aconteceu ontem com o comercial da Renner. Pensei em quem faz plano, imagina, sonha em ser mãe. E não consegue.
Lembrei da Valdivânia. Recordei a emoção dela em pegar o Marco Antônio no colo, a vontade desenhada nos olhos de ter uma criança para si, o pedido brincalhão, mas sincero, de que eu gerasse um filho para ela. Em tempo: não planejei ser mãe e não inclui emoções muito saudáveis na gestação. Imaginei muito pouco o rosto que teria meu filho e o que eu faria com ele depois, apenas deixar levar, sem mapa e sem GPS. Inacreditavelmente, deu certo - e muito, mas sem eu deixar de questionar o quanto a vida é sarcástica.
Parece brincadeira do destino que mulheres que nunca sonharam com a maternidade tenham filhos indesejados. É cruel que aquelas que sonham com isso todos os dias nunca possam experimentar a sensação de olhar para uma criança agarrada no peito e perceber que a vida sem aquele pedacinho de gente não faria sentido.
É mais cruel ainda que algumas mulheres experimentem a maternidade com um filho que, de repente, não é tão seu como se pensava, como aconteceu com a Queila e a Elaine em Goiás.
É desumano que algumas, como a Ana Carolina, percam os filhos e passem o domingo só com a lembrança dos parabéns e do abraço que poderiam receber. É lamentável, mas humano e comum, que muitas pessoas só tenham a lembrança da mãe.
E, sim, é meio idiota eu não gostar da data, mas fundamental eu não esquecer dela nos outros dias do ano – do lado de cá e de lá da corrente.
P.s.: o itálico do começo é um motivo forte para eu não gostar do Dia das Mães, mas amar cada um dos meus momentos de mãe. Eles valem bem mais a pena que os cumprimentos e as flores que virão pela data.
quarta-feira, 5 de maio de 2010
Em visita ao site da revista Veja, eu me deparei com a matéria abaixo, e logo pensei, tenho que compartilhar isso com minhas amigas!
Não precisa casar. Sozinho é melhor
O psiquiatra decreta a morte do amor romântico e diz que a vida de solteiro é um caminho viável para a felicidade
Duda Teixeira
"Para os meus pacientes, eu sempre digo: se você tiver de escolher entre o amor ea individualidade, opte pelo segundo."
Com 41 anos de clínica, o médico psiquiatra Flávio Gikovate acompanhou os fatos mais marcantes que mudaram a sexualidade no Brasil e no mundo. Por meio de mais de 8.000 pessoas atendidas, assistiu ao impacto da chegada da pílula anticoncepcional na década de 60 e a constituição das famílias contemporâneas, que agregam pessoas vindas de casamentos do passado. Suas reflexões sobre o amor ao longo de esse tempo foram condensadas no seu 26º livro, Uma História de Amor... com Final Feliz. Na obra, a oitava sobre o tema, Gikovate ataca o amor romântico e defende o individualismo, entendido não como descaso pelos outros e sim como uma maneira de aumentar o conhecimento de si próprio. Tendo sido um dos primeiros a publicar um estudo no país sobre sexualidade, atuou em diversos meios de comunicação, como jornais e revistas e na televisão. Atualmente, possui um programa na rádio, em que responde perguntas feitas por ouvintes. Aos 65 anos, ele atendeu a reportagem de Veja em seu consultório no elegante bairro dos Jardins, em São Paulo.
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"Os solteiros que estão mal são os que ainda sonham com o amor romântico. Pensam que precisam de outra pessoa para se completar. Como Vinicius de Moraes, acham que que 'é impossível ser feliz sozinho'. Isso caducou. Daí, vivem tristes e deprimidos." |
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"As colunas e programas de rádio que eu faço não me trazem clientes. Às vezes, só atrapalham. Em 1982, aceitei trabalhar com o Corinthians. Era a democracia corinthiana. Foi um balde de água fria na clínica." |
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"As razões que levavam as mulheres a ter necessidade de casar não se sustentam mais. Nas universidades, o número de moças é superior ao de rapazes. Em poucas décadas elas ganharão mais |
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