segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Vergonha alheia


Não sou, nunca fui, fã da Vera Fischer. Como atriz, na minha humilde opinião, ela é uma porta. Sem sal, sem açúcar. Não sabe se expressar, qualquer reação tem a mesma cara e é uma cara que eu não gosto. A quem gosta, respeito e peço que desculpe minha opinião. Mas a mim não me apetece.
A questão é que a bela, além de atriz, miss Brasil e afins, decidiu virar escritora. Tem duas memórias publicadas e, no último ano, escreveu, à mão, dez livros de ficção que pretende publicar em breve. Não, não li nenhuma das memórias da pornochanchada. Tampouco os manuscritos dos livros. Mas já vi e li entrevistas dela e, sinceramente, não me anima. Quem sabe um dia.
A questão é que os livros ainda nem chegaram às prateleiras e a musa já está dando o que falar.
Primeiro quando declarou que não escrevia pra pobre, que odiava. Agora em uma entrevista à Época que, sinceramente, me deixou com muita vergonha por ela. (Leia aqui a íntegra.)
Ela define muito bem que entende do que faz. "Eu não sofri nada. Não tem esse negócio de ficar descrevendo tudo nos mínimos detalhes, não. Ninguém tem paciência para isso, para livro grosso, muito erudito, só os aficionados da literatura. Hoje em dia, com computador, as pessoas querem tudo rápido. Eu escrevo como vem o pensamento, e meus livros são rápidos de ler porque meu pensamento é rápido". É, minha gente. Daí saem linhas maravilhosas como as que Nelito Fernandes, o repórter a quem Vera concedeu a entrevista, citou, dos seis capítulos que ele recebeu como prévia. "Seu coração parecia estar tão apertado que mal conseguia respirar”. Juro, consigo ver a Vera, totalmente sem expressão, falando isso. Mas ainda tem mais: “as horas se arrastavam lentamente”. Emocionante, não?!
O bom é que ela não tem medo do ridículo. E, se é feliz assim, por que não?
Ah, outra coisa. Se você não escreve sobre sexo é porque é freira, diz ela nas entrelinhas. Porque os livros dela têm porque ela não é. Bonito isso, não!?
#adoroaverafischer

2 comentários:

  1. Nossa. Além de ágil, rápida, ela é clichê demais. Bem a carinha dela. Se até a Geisy Arruda escreveu um livro...

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  2. Então eu abri o blog e vi o título:
    "Maya, o texto é da Paula.!
    Quando vi a foto não tive dúvidas, (re)confirmando à leitura das primeiras palavras...
    o que posso dizer, além de repetir o que falei pra Maya?
    "Conheço minha cria!"
    :)
    Nem preciso comentar mais nada, né não?
    Na verdade acho que tenho que me envergonhar e engolir minhas críticas: putz, até a Vera Fischer escreveu um livro!!!!
    ...

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