terça-feira, 20 de julho de 2010

E nem tenho um violão...

Tem apenas sete letras a palavrinha, mas seu significado é maior, bem mais que isso. Acordo e durmo, respiro e me alimento dela, que só me traz melancolia e apaga o sol que só hoje se mostrou pra mim nesse meu novo lar, vazio. Foi um coadjuvante, uma luz bonita num rosto triste.

Descobri, há muito tempo, que é só no português que a saudade existe, a palavra. No coração, quem sabe em todas as línguas, sim, claro, já sabia. Sei o que é, claro, afinal, bom, ela tem sido minha fiel companheira nos últimos tempos, mas aquela que sufoca e mata, que arranha a garganta e salga a saliva, essa é nova. Dói mais, se é que é possível.

Acordo de manhã, fecho os olhos novamente e imagino que você está do meu lado, ressonando. Dói ter o vazio, dói ser vazio, a falta no mesmo quarto todo dia.

E seu coração, dói por alguém?




P.s.: a música, meus amigos, antes era só de uma pessoa, já não é mais. Agora a cantarolo baixinho, desafinada, quando o peito aperta.

3 comentários:

  1. Gracinilda, que lindo post!
    Eu entendo você, pode ter certeza. E se acostuma, menininha, porque com o tempo é pior...
    :)
    Mas faz parte.

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  2. Amo essa música.
    "Aí pergunto a Deus: escute, amigo
    Se foi pra desfazer, por que é que fez?"
    Perfeita .
    Quando o Enzo foi lá para cima, parecia que tinha dado um nó no meu coração e todo dia eu acordava incomodada, por causa da falta dele. Essa coisa seca na garganta dói, bastante.
    Eu sempre sinto saudade de alguém. Sempre. Por isso que às vezes até acredito que sou a saudade em pessoa. Vai saber. rsrs
    Morria de saudade da minha mãe quando morávamos em Gorpa, lembra? Dos meus avós, das minhas amigas de CM. E agora morro de saudade daqueles com quem dividi os 4 anos de faculdade. E, também, há aquela saudade mais aguda, da vontade de ter a pessoa que se gosta perto...

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  3. Meu coração sempre dói, Gra. Sempre tem alguém fazendo falta nele. Mas já senti falta desse polaquinho pelas manhãs, também. O primeiro mês sem vocês, quando terminou a faculdade, foi de choros constantes. Sem fim.
    Fica mal não, logo ele tá aí, com a alegria, a bagunça, o cheiro e o riso que tanto nos encantam...

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