terça-feira, 18 de maio de 2010

Se um Ricardo incomoda muita gente...




Minha irmã está namorando de novo. Namorando de novo com um Alex.

“Já sei! É para aproveitar o mesmo anel, não é?”, perguntei, morrendo de rir da piada, enquanto ela dizia que eu estava era passada de inveja. Como eu tinha ligado o fazedor de perguntas e, àquela altura, já estava escolhendo a cor do meu vestido de madrinha no casamento - ela que ouse não me convidar para o posto - vi um sorrisinho de escárnio e ela dizendo que eu não tinha moral para falar dos Alex dela (embora um tivesse o feliz apelido de Sarita), porque passei metade da minha vida envolvida não com um, mas com alguns... Ricardos.

Parei na hora. Como assim?
Pensando bem – ou nem tanto, admiti: tive mais Ricardos do que mereci nessa minha vida, abafando o riso pela piada que me serviu.

Começou na escola, aos seis, com um coleguinha de sardas. Ricardinho, o infeliz. Era meio meu amiguinho e gostava da Vânia - é claro que meu primeiro amor começou com uma carga básica de masoquismo. Ele quebrou meu coração, saibam disso, mas continuou Ricardinho o resto da vida, só uns dez centímetros menor que eu. Casou, não com a Vânia, e somos amigos.

Anos depois, de novo um Ricardinho, mas nem tanto. Na viagem de despedida do terceirão, aos 17, podem crer, enfim alguém me beijou de verdade. Nunca mais o vi, mas não esqueci tão cedo.

Depois teve o Guicardo e a relação mais torta que se possa imaginar. Foram anos que merecem uma dispensa de comentários. Vejo e converso somente pelo que compartilhamos, com a sensação de que um oi e um beijo no rosto é bem mais que o necessário.

Para encerrar, mesmo com o aviso de um grande amigo sobre o nome do sujeito, acho que superei minha sina. Misturei tequila com Fernando Pessoa, foi divertido e não deixou nenhuma marca. Na verdade, quase tinha esquecido. Foi o derradeiro.


Enfim, eu não tenho moral para falar do nome do namorado novo dela, o mesmo dos mais antigos, me disse ela. É claro que o assunto não é relevante, mas acontece que fiquei curiosa: isso é um problema só das irmãs polakwalter ou é caso comum? Na boa, nunca vi, nem nas revistas mais inúteis, estatísticas sobre o assunto, por isso a pergunta, um tanto inútil, admito.

Se você tem ou não algum nome recorrente no seu rol de amores e desamores, manifeste-se. Se alguém tiver mais que um Vandercreysson, ganha um presente!


P.s. : o Ricardão (ô nome), colaborador da empresa em que trabalho, acho que desconfia da minha relação com seus xarás quando segura minha mão mais que o necessário durante o cumprimento cotidiano. Benzadeus, penso eu sempre, que minha cota de Ricardos nessa vida já tenha sido ultrapassada. Mais um não dá, não mesmo.

6 comentários:

  1. hahahaha
    Tem coisa que se repete e parece que é para aprendermos.
    O meu problema está na profissão. Se eu encontrar mais um arquiteto na minha frente, juro, eu mato.

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  2. Mas há lógica na vida? Não entendo o motivo de buscar a lógica...Apenas viva e quem sabe logo aparece um Ricardo "dos bons" e se a vida não lhe fizer sentir repulsa pelo vulgo o Ricardão vai ser só seu, sem se preocupar se ele vai frequentar o armário da vizinha.

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  3. Ah, eu já devo ter comentado sobre algo parecido com você, né, Graci? Mas eu não sou perseguida muitas vezes pelo mesmo nome e, sim, algumas vezes por alguns nomes. Teorizei comigo mesma que eu tenho a síndrome dos 12 apóstolos. Ainda não completei a rodinha, mas se alguém conhecer algum Judas, Matias, Simão, Tomé ou Bartolomeu disponíveis, favor passar meu contato. Hahaha. xP
    Beijos, Graci. Adorei o texto.

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  4. hahaha... realmente. chega! vamos variar!
    rsrs
    minha maior 'repetencia' eh de marcelos. 3, pelas minhas contas... rsrsrs...
    mas nenhum trauma, benzadeus! rsrsrs...
    mas preciso dizer que quase morri de rir da Camis... soh vc, flor!
    rsrs
    adorei o texto, Gra!
    beijoo

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  5. Nunca parei pra pensar nisso...
    Fato interessante!
    Vou fazer uma relação aqui pra ver os nomes que batem!
    hahahahahahahahaha
    Mandou bem no texto!!!
    bjussssssssssssssss

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  6. Vixi, tenho problemas nesse caso. Acho que nenhum nome, por mais estranho que seja, deixou de passar pela minha lista. Pelo que me consta, Rodrigo foi mais, só não me pergunte quantos, Graci. Não seja indiscreta!! Já tive Ricardo, Graci. Já tive também quase todos os apóstolos, acho que faltou o Judas, Cami. Marcelo também, Paulete!! Afff, melhor parar por aqui..

    Bjus, adorei o blog...

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