quinta-feira, 20 de maio de 2010

Quarenta e cinco do segundo tempo.


Sua mãe já disse, seu amigo aconselhou, sua irmã lhe consolou. Só aprendemos a dar valor depois que perdemos.

E como um céu que só mostra sua cor de piscina plástica no último dia da viagem, você decide, insiste. Afinal de contas, se o céu deu esperança, mais um diazinho londrino vale a pena, não?!
E você dorme aguardando o último dia que não estava planejado. E acorda com um chuvisco que encharca seu calçado. É pior que a ‘pedra no sapato’. E atrapalha. Incomoda a vista. Embaça os óculos.
E você pensa que trocar o certo pelo duvidoso foi mais uma daquelas atitudes impulsivas que você está acostumado a tomar. Mas toma porque quer experimentar. Experimenta. E perde o certo.
Então você volta para o sol, para o certo. E vê que lá os óculos não embaçam. É claro.
Mas é ordinário, monótono. Não é Londres.
Agora você já não tem a mão contrária e muito menos os mistérios de Sherlock. Você perdeu o duvidoso.

4 comentários:

  1. E às vezes é o duvidoso que interessa, não o que vem com ele, né?

    Maju, sempre enigmática.
    Passei o dia tentando contextualizar, hehe

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  2. Eu sempre tenho esperança... quem sabe um dia dá certo e nesse dia, vai valer a pena ter esperado!!!!!

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  3. O pior é quando você troca o certo pelo duvidoso e continua na dúvida...

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