terça-feira, 29 de junho de 2010

Da arte de amar*


Aconteceu com uma amiga minha. Mas poderia ser comigo mesma, ou até mesmo com você. Recém-chegada a uma nova cidade, interessou-se por um rapaz. O sorriso dele a conquistou assim, de primeira. Pelas circunstâncias, até mesmo de trabalho, acabaram se encontrando com certa frequência, até que o inevitável aconteceu: ficaram juntos. Contente, veio me procurar, contar a novidade. Quando ela me disse de quem se tratava, um baque. "Mas ele é casado!"
Minha amiga ficou descrente. Isso, entretanto, não a exime da culpa de ter continuado com ele. Conversou com ele a respeito e ele disse que acreditava que ela soubesse, mas não se importasse, que ele era casado. Ela, que nunca esperou uma coisa dessas para a sua vida, entrou numa crise de consciência mas decidiu continuar com o romance. Mesmo que soubesse que era uma furada.
Sempre que ela me contava, eu ficava tentando entender como alguém se submete a uma situação como essa. Mas, acreditem, queridos, eu mesma os vi juntos e não dava para acreditar que ele era casado. E ela me contava do tempo em que passavam juntos e do quanto ele a fazia feliz. Não, não dava para eu julgar. Nem a ele nem a ela.
Não entro no mérito do 'moralmente correto' da questão. O que quero discutir, hoje, é o que vocês fariam numa situação dessas. Se você descobrisse que a pessoa com quem está tem outra e que, no caso, a outra é você, mas você gosta muito dessa pessoa, o que você faria? E se uma amiga lhe pedisse ajuda, que conselho seria o seu?
Nós geralmente pensamos no lado daquele que foi traído, mas e se nós estivéssemos do outro lado? Como agiríamos?



*Amante é uma palavra que não cai bem, ninguém quer ser. Mas não é quem ama?

8 comentários:

  1. situação meio complicada, e que pude vivenciar...

    a lição que tirei de tudo isso foi que: foi bom enquanto durou!
    ele era bacana, divertido, me fazia bem... mas quando descobri que eu era a segunda opção cai fora, triste mais cai fora.
    Ter uma pessoa pela metade é a mesma coisa que nada!
    Por isso hoje prefiro não me envolver.
    Pego mais não me apego.
    Tenho 847264654762 pés atrás com todos.

    ResponderExcluir
  2. Afff...não gostaria de ser a outra, porque me entrego por inteira e,como a Mari falou,nesses casos a gente tem só a metade da outra pessoa. Eu sei que é fácil falar quando não se está vivendo a situação, porque quando se gosta a intensidade dos sentimentos não nos permite ser tão racional. Entretanto, eu cairia fora o mais rápido possível e nunca mais olharia na cara dele, afinal...agiu como se fosse livre. Se ocorresse com alguém próximo diria para largar mão.

    ResponderExcluir
  3. Complicado. Mas vivi a situação de ficar com um cara casado com outro carinha. Eu não sabia, nem imaginava. Me senti super usado. Demais mesmo. Nunca mais fico, sabe? É um sofrimento que não quero escolher. Poupar meu coração dessas coisas é bom...

    ResponderExcluir
  4. Primeio, na minha opiniaum o cara eh um tremendo d um fdp...
    Pq se naum ta bom em casa, se separe, mas geralmente os homens saum todos assim. Sempre querem uma aventurazinha.
    Agora se for pra dar conselho seria, q se tu gosta do cara mas eh centrada e sabe q naum vai vingar nada positivo nisso, a naum ser momentos d prazer, continue. Mas se tem esperança q isso vai vingar, pule fora, pq isso naum vai acontecer.
    Homem eh muito acomodado d mais para querer trocar o certo pelo duvidoso.
    Ou seja eu acho q esta pessoa ta numa furada, mas se ela quer soh diversaum e eh segura q naum vai deixar se abalar pelo lado emocional e naum vai se elvonver d mais, vai em frente... e boa sorte...

    ResponderExcluir
  5. Então, sou contra na teoria. Nunca aceitaria comigo, mas não critico os outros por isso.
    Não aceitaria pois sou orgulhosa demais para aceitar que outra pessoa fique com os pequenos prazeres de um relacionamento!
    Não aceitaria pois se ele trai a esposa pq não faria o mesmo com você?
    E Não aceitaria porque não consigo ver futuro e se não é para ter futuro, que pare antes de dar mais dor de cabeça.
    Mas cada um tem o direito de escolher o que faz e arcar com as consequencias disso, sejam elas boas ou ruins. A parte ruim de ser 'dona do próprio nariz' são as responsabilidades que vc nunca mais vai conseguir fugir e nem correr para casa chorando!!

    ResponderExcluir
  6. Olha...
    Eu também diria que o cara é um tremendo de um fdp, com conhecimento de causa de situações como a citada, mas seria uma visão unilateral. Cada um entende da sua vida, eu acredito, mas não quero isso pra mim nem para minhas amigas.

    Não me envolveria com alguém casado (ou noivo, namorado, ficante de alguém), não me sentiria bem sabendo que há traição no meio. Meio puritano e insano nos dias atuais, eu sei, mas não faria pensando que o outro lado poderia ser eu.

    ResponderExcluir
  7. Bom, vou contar duas experiencias que acompanhei de perto:
    1. quando eu tinha quinze anos conheci o "prinscantado". O problema é que ele era o recém namorado de uma colega de sala. Tempo vai, tempo vem, me apaixonei. E claro, ele também (eu acreditei). E fui a outra (naquela época era meio platônico, no sex) por quase cinco anos, até o dia em que ele me contou que iria se casar. Com ela. Eu fiquei todo este tempo pensando que estava lutando pelo que eu queria, por quem eu amava, enfim... e independente de me dizer, anos depois, que me amava, foi com ela que ele casou. E acho que é feliz, vá saber.
    2. Nós duas conhecemos uma pessoa que vive uma relação assim há mais de 25 anos. E é infeliz, solitária, incompleta, cheia de problemas. E que hoje se acha velha pra mudar. E que vai levando, mesmo que ele só vá à casa dela uma vez por semana, e fique no computador jogando buraco.
    .
    Eu diria pra sua amiga pensar bem, apesar de ser difícil em assuntos do coração. E de cada caso ser um caso. E se o cara é um grande FDP (e é!), ela consente. Pra ele, minha querida, é não só confortável como agradável esta situação. Ele se sente "O" cara.
    E eu diria pra sua amiga que, independente do que ela espera (sempre se espera algo), ela deve estar preparada pra sofrer. Talvez não pra sempre, mas nos natais, páscoas, dias dos namorados em que ele deve estar com a família (mesmo que seja só a esposa, É a família dele). Em momentos em que ela esteja doente, precisando de alguém e ele não possa ir, pois está com a família. Nas noites em que ela quiser colo, carinho, aconchego ou mesmo sexo, e não tenha pois ele está com a esposa.
    Então, eu diria a ela que não me cabe opinar sobre as coisas do seu coração. Mesmo que já tenha opinado.
    ;P

    ResponderExcluir