
“É realmente espantoso que, em pleno século 21, milhões de pessoas ainda abram mão da sua liberdade de escolha, de sua racionalidade, de suas convicções íntimas e aceitem que alguma suposta autoridade (papa, igreja, presidente, general) lhes diga o que é certo ou errado e como devem viver as suas próprias vidas”. Renato Khair, no Balaio do Kotscho.
Esses dias estávamos conversando sobre a última eleição, a respeito da influência da religião na vida das pessoas. Muitos brasileiros não votaram na Dilma, presidente eleita, por causa do que ouviram dos pastores e padres acerca do aborto e do casamento entre pessoas do mesmo sexo. As igrejas condenam tais procedimentos, logo, a candidata, por apoiar tais, tornou-se o diabo em forma de gente.
O interessante é que, mesmo com tantas informações, com as ultras tecnologias e as inúmeras e imensas discussões sobre sexualidade, direitos femininos e igualdade sexual entre homens-mulheres-gays, a população ainda se prende às ideias dos líderes religiosos. Ideias estas impregnadas de preconceito e de irresponsabilidade, como o não uso da camisinha propagado pelo atual Papa Bento 16.
A gente pensa que ninguém os ouve, mas tem gente (bastante) que escuta. Escuta e faz aquilo que os líderes religiosos determinam. Os evangélicos são mais metódicos, conheço vários deles que fizeram campanha contra a Dilma ou votaram nulo porque o pastor pediu. Temos sorte – talvez essa não seja a palavra mais adequada a ser usada – dos católicos serem relapsos em sua maioria. Pois se eles seguissem seu líder maior as doenças sexualmente transmissíveis dobrariam, já que é difícil católicos e católicas que se ‘guardam’ para o casamento.
E você? Tem ido à igreja?
Eu sou suspeita pra falar. Já fui rato de igreja e essas coisas absurdas é um dos motivos que fizeram eu me afastar. Mas esses líderes religiosos se esquecem de um princípio básico quando 'obrigam' os fieis a fazerem isso: o livre arbítrio. É osso.
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