quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Jornalista. E bem pago.


Essa não é a minha realidade. Nem a da maioria dos meus amigos e colegas de profissão. Sofremos acúmulo de função, trabalho excessivo (a carga horária, de acordo com a convenção vigente, é de cinco horas diárias. Há quem trabalhe 12 por dia aqui na cidade) sem a devida remuneração de hora extra, falta de equipamentos adequados, abuso dos chefes...
Quem vê de fora acha que o que fazemos é pouco, porque geralmente não é braçal. Acreditam, também, que somos remunerados de forma exorbitante. Isso que conheço pouquíssimas pessoas que ganhem o piso, então imaginem! Isso tudo porque foi criado um certo glamour para a profissão que, para quem vê de longe, faz parecer que ganhamos o melhor salário do mundo. E não é bem assim.
Além disso, os veículos contratam não-formados e não-jornalistas desde a queda da obrigatoriedade do diploma. Porque é mais barato, mesmo que com menor qualidade. Mesmo que, às vezes, sem qualidade. Sim, eu sei que ter ou não diploma não certifica, a ninguém, qualidade. Mas já dá o direito de exigi-la.
Hoje o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná (Sindijor) está de preto e roxo. E nós abraçamos a causa. Que o salário seja justo. As cargas horárias não sejam abusivas. Que tenhamos tempo para nós mesmos, de vez em quando. Para outros projetos. Outros sonhos. Que tenhamos nossos direitos garantidos.
Profissionais, é preciso que nos mobilizemos. Que nos valorizemos, senão, ninguém mais o fará. Hoje, nos vistamos todos de roxo ou preto. Pelos nossos direitos.

3 comentários:

  1. Eu tô de preto!
    Que venha o aumento e, principalmente, a valorização de nosso trabalho. Porque ser mil e uma utilidades cansa. E cansa!

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  2. Eu de preto. E roxo. Até a alma. E cansa mesmo, Lari.

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  3. Nao sabia disso, sempre vi o pessoal de jornalismo da empresa q trabalho como "elesganhamumafabulaetrabalhampoko" mas agora vou parar de julgar e ver o outro lado.

    bjaum

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