sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

20 e poucos...



A chamam de ‘crise do quarto de vida’. Você começa a se dar conta de que seu círculo de amigos é menor do que há alguns anos. Se dá conta de que é cada vez mais difícil vê-los e organizar horários por diferentes questões: trabalho, estudo, namorado, etc.. E cada vez desfruta mais dessa cervejinha que serve como desculpa para conversar um pouco. As multidões já não são ‘tão divertidas’. .. E as vezes até lhe incomodam. E você estranha o bem-bom da escola, dos grupos, de socializar com as mesmas pessoas de forma constante. Mas começa a se dar conta de que enquanto alguns eram verdadeiros amigos, outros não eram tão especiais depois de tudo. Você começa a perceber que algumas pessoas são egoístas e que, talvez, esses amigos que você acreditava serem próximos não são exatamente as melhores pessoas que conheceu e que o pessoal com quem perdeu contato são os amigos mais importantes para você. Ri com mais vontade, mas chora com menos lágrimas e mais dor. Partem seu coração e você se pergunta como essa pessoa que amou tanto pôde lhe fazer tanto mal. Ou, talvez, a noite você se lembre e se pergunte por que não pode conhecer alguém o suficiente interessante para querer conhecê-lo melhor. Parece que todos que você conhece já estão namorando há anos e alguns começam a se casar. Talvez você também, realmente, ame alguém, mas, simplesmente, não tem certeza se está preparado para se comprometer pelo resto da vida. Os rolês e encontros de uma noite começam a parecer baratos e ficar bêbado e agir como um idiota começa a parecer, realmente, estúpido. Sair três vezes por final de semana lhe deixa esgotado e significa muito dinheiro para seu pequeno salário. Olha para o seu trabalho e, talvez, nao esteja nem perto do que pensava que estaria fazendo. Ou, talvez, esteja procurando algum trabalho e pensa que tem que começar de baixo e isso lhe dá um pouco de medo. Dia a dia, você trata de começar a se entender, sobre o que quer e o que não quer. Suas opiniões se tornam mais fortes. Vê o que os outros estão fazendo e se encontra julgando um pouco mais do que o normal, porque, de repente, você tem certos laços em sua vida e adiciona coisas a sua lista do que é aceitável e do que não é. Às vezes, você se sente genial e invencível, outras… Apenas com medo e confuso.
De repente, você trata de se obstinar ao passado, mas se dá conta de que o passado se distancia mais e que não há outra opção a não ser continuar avançando. Você se preocupa com o futuro, empréstimos, dinheiro… E com construir uma vida para você. E enquanto ganhar a carreira seria grandioso, você não queria estar competindo nela. O que, talvez, você não se dê conta, é que todos que estamos lendo esse textos nos identificamos com ele. Todos nós que temos ‘vinte e tantos’ e gostaríamos de voltar aos 15-16 algumas vezes. Parece ser um lugar instável, um caminho de passagem, uma bagunça na cabeça… Mas TODOS dizem que é a melhor época de nossas vidas e não temos que deixar de aproveitá-la por causa dos nossos medos… Dizem que esses tempos são o cimento do nosso futuro. Parece que foi ontem que tínhamos 16… Então, amanha teremos 30?!?! Assim tão rápido?!? FAÇAMOS VALER NOSSO TEMPO… QUE ELE NÃO PASSE!

Autor desconhecido.

6 comentários:

  1. É, Mari, um dia a vida passa... e a gente compreende que tem que ser assim... e que cada um tem o seu rumo, a gente não pode obrigar os outros a escolherem o mesmo que a gente. Bom que a gente aprende com isso!
    Beijoo

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  2. Até um tempo atrás eu encarava essa mudança como envelhecimento e achava que não estava aproveitando meu presente por conta do passado.
    É verdade, estava vivendo no museu. Aí a gente percebe que isso tudo é amadurecimento e que as coisas mudam, as pessoas mudam, o mundo gira e o tempo passa. É assim.
    E coisas novas aparecem, coisas importantes permanecem e as relações são mais sinceras.
    Hoje eu dou graças! hehehe

    Lindissimo, Mari.

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  3. Ai Mari..e queria ter escrito isso!rs
    ainda não consigo ver isso como amadurecimento somente, me sinto velha mesmo..parece que perdendo tempo!

    Adorei!

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  4. Eu tô nessa, Mari... Com direito a pirralhos que se encostam em mim nas baladas, ainda mais esparsas que a dos tempos de "mocidade"... É a vida, aiai...

    =)

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  5. Adorei esse texto, pena que veio uns 2 anos depois da minha crise existencial dos 20.... Achoq ue é algo por que muitas pessoas passam sem sequer refletir; fica só uma sensação muito triste de que a vida é menor do que a gente pensava e que nós somos muito menos geniais do que gostaríamos. A gente percebe que quem tem 6 anos a menos que a gente está mais por dentro e percebe também que isso só vai piorar com o tempo. A gente sente um cansaço que não sentia antes, uma vontade de coisas mais duradouras... mas sente também um vontade de pariticipar do mundo, de celebrar a juventude... é uma loucura!

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  6. A gente se sente mais forte também, é verdade... eu percebi que estava começcando a aprender como sofrer um pouco menos e isso foi muito bom, muito importante.

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